Firmas multiprodutos, dinâmica das firmas e o mix de produção das indústrias brasileiras
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Estudos Econômicos (São Paulo) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ee/article/view/128752 |
Resumo: | Este artigo analisa a indústria manufatureira no Brasil na perpsectiva da literatura de firmas heterogêneas. A análise focou i) nas características das firmas multi-produto (MP), multi-setor e multi-indústria; e ii) no escopo das firmas, incluindo os determinantes da alteração de produtos, comportamento ao longo do ciclo econômico, e relação com demais características de cada empresa. Firmas do tipo MP representam 37% do total, mas geram 81% do valor da produção (VP). Elas empregam mais funcionários, têm maior probabilidade de serem exportadoras, maior produtividade do trabalho e maior produtividade total dos fatores (PTF). A margem extensiva proveniente da adição e retirada de produtos do leque produtivo contribui mais para o crescimento do VP do que o movimento de entrada e saída de firmas do mercado. Todas as margens correlacionam-se positivamente com o crescimento do PIB: a margem intensiva apresenta correlação quase perfeita, seguida pela margem de produto, com valores em torno de 0,91, e depois pela margem das firmas, cuja correlação ficou em torno de 0,60. Ao analisar as firmas sobreviventes, metade do crescimento do VP (de 2005 a 2009) teve origem naquelas que promoveram algum tipo de alteração no escopo produtivo. As firmas que adicionaram (retiraram) produtos ao (do) leque de produção obtiveram maior (menor) crescimento do VP, do número de empregados e da PTF. Firmas com maior PTF, com mais trabalhadores e as exportadoras têm maior probabilidade de somente adicionar ou somente retirar produtos do seu escopo produtivo. |
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Firmas multiprodutos, dinâmica das firmas e o mix de produção das indústrias brasileirasMultiproduct firms, firm dynamics, and the productive mix of Brazilian manufacturing firmsMultiproductscopetotal factor productivityheterogeneous firmsextensive marginintensive marginexportMultiprodutoEscopoProdutividade total dos fatoresFirmas heterogêneasMargem extensivaMargem intensivaFirmas exportadorasEste artigo analisa a indústria manufatureira no Brasil na perpsectiva da literatura de firmas heterogêneas. A análise focou i) nas características das firmas multi-produto (MP), multi-setor e multi-indústria; e ii) no escopo das firmas, incluindo os determinantes da alteração de produtos, comportamento ao longo do ciclo econômico, e relação com demais características de cada empresa. Firmas do tipo MP representam 37% do total, mas geram 81% do valor da produção (VP). Elas empregam mais funcionários, têm maior probabilidade de serem exportadoras, maior produtividade do trabalho e maior produtividade total dos fatores (PTF). A margem extensiva proveniente da adição e retirada de produtos do leque produtivo contribui mais para o crescimento do VP do que o movimento de entrada e saída de firmas do mercado. Todas as margens correlacionam-se positivamente com o crescimento do PIB: a margem intensiva apresenta correlação quase perfeita, seguida pela margem de produto, com valores em torno de 0,91, e depois pela margem das firmas, cuja correlação ficou em torno de 0,60. Ao analisar as firmas sobreviventes, metade do crescimento do VP (de 2005 a 2009) teve origem naquelas que promoveram algum tipo de alteração no escopo produtivo. As firmas que adicionaram (retiraram) produtos ao (do) leque de produção obtiveram maior (menor) crescimento do VP, do número de empregados e da PTF. Firmas com maior PTF, com mais trabalhadores e as exportadoras têm maior probabilidade de somente adicionar ou somente retirar produtos do seu escopo produtivo.This is a pioneer study on the Brazilian manufacturing sector focused on: i) the role and characteristics of multi-product (MP) plants; and ii) on the determinants and impact of product switching within firms. MP corresponds to 37% of the manufacturing firms, but generates 81% of the output. They employ more workers, are more likely to be exporters, have higher labor productivity and higher TFP. The extensive margin due to adding and retirement of products contributes more to output growth than entry and exit of firms. Among continuing firms, half of the annual output growth (from 2005 to 2009) was originated in firms that switched products. Firms that have net added (dropped) items had higher (smaller) increase in output, in employers, and in the TFP. Higher TFP, more employers, or being exporter increased the probability of only adding or only droping items in the future. Universidade de São Paulo. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade2018-09-30info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ee/article/view/12875210.1590/0101-41614831jamEstudos Econômicos (São Paulo); v. 48 n. 3 (2018); 349-3891980-53570101-4161reponame:Estudos Econômicos (São Paulo)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ee/article/view/128752/147246Copyright (c) 2018 Juliana Dias Alves, Mauro Sayar Ferreirahttp://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessAlves, Juliana DiasFerreira, Mauro Sayar2020-11-26T17:27:16Zoai:revistas.usp.br:article/128752Revistahttps://www.revistas.usp.br/eePUBhttps://www.revistas.usp.br/ee/oaiestudoseconomicos@usp.br||aldrighi@usp.br1980-53570101-4161opendoar:2020-11-26T17:27:16Estudos Econômicos (São Paulo) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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