Modernity: an “impression”
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | InCID |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/incid/article/view/118747 |
Resumo: | Da Gramatologia de Derrida à Arqueologia dos Saberes de Foucault, um pensamento filosófico-bibliográfico se consolida, mas tem seu nascimento nas primeiras “aparições” da filosofia ocidental, nas disputas entre parmenídicos e heraclitianos, entre sofistas e socráticos, entre uma cultura clássica e o helenismo. Um certo metaforismo do livro, colaborador direto da construção conceitual de “modernas” concepções de mundo, desde os gregos, se apresenta à história do pensamento. O conceito de “gramatização” tem aqui papel preponderante: ele relaciona objetivamente as transformações do pensamento junto das transformações da linguagem. A proposta desta reflexão filosófica é discutir a relação ubíqua, em um longo decurso histórico, das conexões subjacentes entre uma teoria conhecimento e uma teoria bibliográfica, que “desemboca” atualmente nos discursos tecidos entre tecnologia e linguagem, os quais resultam, por sua vez, na centralidade do papel da Bibliografia, como gesto, arte, ciência. A inflexão histórica tem papel preponderante aqui não por conta da demarcação de uma historiografia das tecnologias da linguagem, mas na possibilidade de realização de suturas no tempo-espaço de afirmação de um ethos bibliográfico que está costurado na passagem das culturas nômades para uma racionalidade sedentária, dependente de memórias estáveis. Deste modo, de uma teoria do conhecimento como “transformação moderna” do pensamento anti-mitológico na Antiguidade (pré-século V antes de Cristo), às novas tecnologias da linguagem pós-1960, uma epistemologia prática, ou seja, uma teoria bibliográfica do conhecimento se estabelece lentamente, constituindo uma episteme distinta em paralelo à história do próprio projeto histórico do pensamento filosófico |
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