Formas do vivo e no vivo: imitar e/ou reproduzir a vida

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marcovich, Anne
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Scientiae Studia (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/ss/article/view/11124
Resumo: As questões relativas às formas e à morfologia adquiriram depois do século xviii uma posição central nas ciências e, particularmente, na biologia. Desde 1890, as formas surgiram na bioquímica a partir da noção de especificidade (fala-se da adequação entre moléculas como daquela entre uma chave e uma fechadura). As diferentes orientações na biologia (particularmente depois da revolução da biologia molecular, do desenvolvimento da biologia sistêmica, da biologia sintética e dos trabalhos claramente orientados para as escalas nanométricas) produziram significações diferenciadas das noções de forma e de especificidade. As diferentes perspectivas, nas quais elas são utilizadas, principalmente, na questão das fronteiras entre vivo e não vivo, entre natureza e artifício, ou, ao contrário, nas quais elas são eliminadas, substituídas, por exemplo, pelas noções de informação e de código, poderiam fornecer a chave para compreender a epistemologia profunda da pesquisa nesses domínios e os "paradigmas" que congregam pesquisadores que trabalham originalmente em comunidades científicas distintas. As análises aqui propostas apóiam-se principalmente na idéia de invariabilidade dos conceitos e das idéias que, mais ou menos explicitamente, possam assemelhar-se a princípios organizadores das atividades científicas.
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