Fenomenologia e fenomenismo em Husserl e Mach
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2009 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Scientiae Studia (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/ss/article/view/11184 |
Resumo: | Como conciliar as repetidas críticas ao fenomenismo de Mach, um pouco por toda a obra de Husserl, com o papel proeminente que Husserl parece nele reconhecer em seus últimos trabalhos, quanto à gênese de sua própria fenomenologia? Para responder a essa questão, examinaremos, primeiramente, a relação estreita que Husserl estabelece entre o método fenomenológico e o descritivismo de Mach à luz do debate que opõe nativismo e empirismo sobre a origem da percepção do espaço. Em seguida, examinaremos dois aspectos da crítica que Husserl faz ao positivismo de Mach: o primeiro se refere ao fenomenismo e sua doutrina dos elementos, enquanto o segundo, ao princípio de economia de pensamento, que Husserl associa a uma forma de psicologismo em Prolegômenos. A hipótese que nos guiará nesse estudo é que as opiniões aparentemente contraditórias de Husserl sobre o positivismo de Mach se explicam em parte pelo estatuto duplo que a fenomenologia recebe em seus últimos trabalhos: enquanto programa filosófico, ela se opõe explicitamente ao positivismo; enquanto método, ela se aparenta ao descritivismo de Mach. Concluiremos com a ideia de que esses dois filósofos de origem checa perseguiam o objetivo comum de apreender o sentido originário de positividade. |
id |
USP-16_f4e08dbe73a3d903bd1dbc57e52f530f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:revistas.usp.br:article/11184 |
network_acronym_str |
USP-16 |
network_name_str |
Scientiae Studia (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Fenomenologia e fenomenismo em Husserl e Mach FenomenologiaPositivismoFenomenismoDescritivismoHusserlMachPhenomenologyPositivismPhenomenismDescriptivismHusserlMach Como conciliar as repetidas críticas ao fenomenismo de Mach, um pouco por toda a obra de Husserl, com o papel proeminente que Husserl parece nele reconhecer em seus últimos trabalhos, quanto à gênese de sua própria fenomenologia? Para responder a essa questão, examinaremos, primeiramente, a relação estreita que Husserl estabelece entre o método fenomenológico e o descritivismo de Mach à luz do debate que opõe nativismo e empirismo sobre a origem da percepção do espaço. Em seguida, examinaremos dois aspectos da crítica que Husserl faz ao positivismo de Mach: o primeiro se refere ao fenomenismo e sua doutrina dos elementos, enquanto o segundo, ao princípio de economia de pensamento, que Husserl associa a uma forma de psicologismo em Prolegômenos. A hipótese que nos guiará nesse estudo é que as opiniões aparentemente contraditórias de Husserl sobre o positivismo de Mach se explicam em parte pelo estatuto duplo que a fenomenologia recebe em seus últimos trabalhos: enquanto programa filosófico, ela se opõe explicitamente ao positivismo; enquanto método, ela se aparenta ao descritivismo de Mach. Concluiremos com a ideia de que esses dois filósofos de origem checa perseguiam o objetivo comum de apreender o sentido originário de positividade. How to conciliate the recurrent criticisms to Mach's phenomenism, a bit in all Husserl's work, with the outstanding role Husserl seems to recognise in phenomenism in his last works, as to the genesis of his own phenomenology? In order to answer this question, we examine, first, the close relationship stablished by Husserl between the phenomenological method and Mach's descriptivism in light of the debate that opposes nativism and empiricism regarding the origin of the perception of space. Next, we examine two features of Husserl's criticism to Mach's positivism: the first refers to phenomenism ans its doctrine of elements, and the second, to the principle of economy of thought, which Husserl associates to a kind of psychologism in Prolegomena. Our leading hypotheses in this study is that Husserl's apparently contradictory oppinions about Mach's positivism can be understood in part by the double character ascribed to phenomenology in his last works: as philosophical program, phenomenology explicitly opposes positivism, and as method, phenomenology resembles Mach's descriptivism. We conclude with the idea that these two philosophers of Czech descent pursued the common aim of grasping the originary meaning of positivity. Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2009-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ss/article/view/1118410.1590/S1678-31662009000400002Scientiae Studia; v. 7 n. 4 (2009); 535-576Scientiae Studia; Vol. 7 Núm. 4 (2009); 535-576Scientiae Studia; Vol. 7 No. 4 (2009); 535-5762316-89941678-3166reponame:Scientiae Studia (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ss/article/view/11184/12952Fisette, Denisinfo:eu-repo/semantics/openAccess2014-09-08T11:19:32Zoai:revistas.usp.br:article/11184Revistahttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=1678-3166&lng=pt&nrm=isoPUBhttps://www.revistas.usp.br/ss/oaiariconda@usp.br2316-89941678-3166opendoar:2014-09-08T11:19:32Scientiae Studia (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Fenomenologia e fenomenismo em Husserl e Mach |
title |
Fenomenologia e fenomenismo em Husserl e Mach |
spellingShingle |
Fenomenologia e fenomenismo em Husserl e Mach Fisette, Denis Fenomenologia Positivismo Fenomenismo Descritivismo Husserl Mach Phenomenology Positivism Phenomenism Descriptivism Husserl Mach |
title_short |
Fenomenologia e fenomenismo em Husserl e Mach |
title_full |
Fenomenologia e fenomenismo em Husserl e Mach |
title_fullStr |
Fenomenologia e fenomenismo em Husserl e Mach |
title_full_unstemmed |
Fenomenologia e fenomenismo em Husserl e Mach |
title_sort |
Fenomenologia e fenomenismo em Husserl e Mach |
author |
Fisette, Denis |
author_facet |
Fisette, Denis |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Fisette, Denis |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Fenomenologia Positivismo Fenomenismo Descritivismo Husserl Mach Phenomenology Positivism Phenomenism Descriptivism Husserl Mach |
topic |
Fenomenologia Positivismo Fenomenismo Descritivismo Husserl Mach Phenomenology Positivism Phenomenism Descriptivism Husserl Mach |
description |
Como conciliar as repetidas críticas ao fenomenismo de Mach, um pouco por toda a obra de Husserl, com o papel proeminente que Husserl parece nele reconhecer em seus últimos trabalhos, quanto à gênese de sua própria fenomenologia? Para responder a essa questão, examinaremos, primeiramente, a relação estreita que Husserl estabelece entre o método fenomenológico e o descritivismo de Mach à luz do debate que opõe nativismo e empirismo sobre a origem da percepção do espaço. Em seguida, examinaremos dois aspectos da crítica que Husserl faz ao positivismo de Mach: o primeiro se refere ao fenomenismo e sua doutrina dos elementos, enquanto o segundo, ao princípio de economia de pensamento, que Husserl associa a uma forma de psicologismo em Prolegômenos. A hipótese que nos guiará nesse estudo é que as opiniões aparentemente contraditórias de Husserl sobre o positivismo de Mach se explicam em parte pelo estatuto duplo que a fenomenologia recebe em seus últimos trabalhos: enquanto programa filosófico, ela se opõe explicitamente ao positivismo; enquanto método, ela se aparenta ao descritivismo de Mach. Concluiremos com a ideia de que esses dois filósofos de origem checa perseguiam o objetivo comum de apreender o sentido originário de positividade. |
publishDate |
2009 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2009-12-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/ss/article/view/11184 10.1590/S1678-31662009000400002 |
url |
https://www.revistas.usp.br/ss/article/view/11184 |
identifier_str_mv |
10.1590/S1678-31662009000400002 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/ss/article/view/11184/12952 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas |
dc.source.none.fl_str_mv |
Scientiae Studia; v. 7 n. 4 (2009); 535-576 Scientiae Studia; Vol. 7 Núm. 4 (2009); 535-576 Scientiae Studia; Vol. 7 No. 4 (2009); 535-576 2316-8994 1678-3166 reponame:Scientiae Studia (Online) instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
instname_str |
Universidade de São Paulo (USP) |
instacron_str |
USP |
institution |
USP |
reponame_str |
Scientiae Studia (Online) |
collection |
Scientiae Studia (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Scientiae Studia (Online) - Universidade de São Paulo (USP) |
repository.mail.fl_str_mv |
ariconda@usp.br |
_version_ |
1800222736197353472 |