Papel da ferritina na tolerância de arroz ao excesso de ferro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silveira, Vivian Chagas da
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Fadanelli, Cristina, Sperotto, Raul Antonio, Stein, Ricardo José, Basso, Luiz Augusto, Santos, Diógenes Santiago, Vaz Junior, Itabajara da Silva, Dias, Johnny Ferraz, Fett, Janette Palma
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Scientia Agrícola (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/sa/article/view/22491
Resumo: Deficiência de ferro (Fe) ocorre freqüentemente em plantas, uma vez que este mineral é pouco disponível em condições aeróbicas. Plantas de arroz cultivadas sob alagamento, no entanto, estão sujeitas ao excesso de Fe, que pode ser extremamente tóxico. Alguns cultivares de arroz são resistentes a altas concentrações de ferro, mas os mecanismos fisiológicos responsáveis por essa resistência são pouco conhecidos. A ferritina é uma proteína de ampla distribuição e capaz de armazenar ferro, sendo considerada importante para a homeostase deste metal. Acúmulo de ferritina em condições de alta disponibilidade de ferro já foi descrito em algumas espécies vegetais. Entretanto, o papel da ferritina no mecanismo de tolerância de plantas de arroz ao excesso de ferro não é conhecido. Neste trabalho, expressamos ferritina de arroz em E. coli, produzimos um anticorpo policlonal anti-ferritina de arroz e este foi utilizado para avaliar o acúmulo de ferritina em dois cultivares de arroz (Oryza sativa) considerados suscetível (BR-IRGA 409) e tolerante (EPAGRI 108) ao excesso de ferro. O anticorpo foi capaz de reconhecer ferritina purificada de sementes de ervilha, assim como ferritina de folhas de arroz. Aumentos nos níveis de mRNA e proteína foram observados nos dois cultivares sob excesso de ferro, com maior acúmulo da proteína no cultivar EPAGRI 108. Quando submetidas a excesso do elemento, plantas deste mesmo cultivar atingiram concentrações de Fe mais baixas do que plantas do cultivar BR-IRGA409, principalmente nas partes aéreas. Sugere-se que o mecanismo de tolerância ao excesso de ferro no cultivar EPAGRI 108 inclui limitação da translocação de Fe e aumento do acúmulo de ferritina. Este é o primeiro trabalho que mostra maior acúmulo da proteína ferritina em um cultivar de Oryza sativa tolerante ao excesso de Fe, fornecendo evidência de um possível papel desta proteína nos mecanismos de tolerância a este metal.
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