Resposta estomática ao aumento da concentração do CO2 atmosférico e ao estresse hídrico de espécies de Eucalyptus
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2003 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Scientia Agrícola (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/sa/article/view/21839 |
Resumo: | Cinco espécies de Eucalyptus (E. grandis, E. urophylla, E. Camaldulensis, E. torelliana e E. phaeotrica), dentre as dez espécies mais utilizadas em plantações florestais de larga escala, foram submetidas ao aumento do CO2 e à interação deste com estresse hídrico para avaliar seu comportamento estomático. As três primeiras espécies pertencem ao subgênero Symphyomyrtus, a quarta espécie é do subgênero Corymbia e o E. Phaeotrica pertence ao subgênero Monocalyptus. Mudas destas espécies com idade de 2,5 meses foram cultivadas em quatro pares de câmaras de topo aberto, com duas plantas de cada espécie por câmara e quatro repetições em duas concentrações de CO2: 350 ± 30 mimol mol-1 e 700 ± 30 mimol mol-1. Após 100 dias de crescimento nas câmaras, medições de trocas gasosas foram realizadas, após o que metade das plantas em cada câmara foi submetida ao estresse hídrico pela supressão da irrigação, permanecendo as demais plantas sob irrigação diária. O estresse hídrico reduziu a condutância estomática, a fotossíntese e as taxas de transpiração em todas as espécies. O efeito do estresse hídrico no fechamento dos estômatos foi similar em ambas as concentrações de CO2, embora os efeitos positivos do aumento do CO2 sobre a fotossíntese e a eficiência do uso da água se mantivessem por um período comparativamente mais longo. A taxa fotossintética do E. Phaeotrica permaneceu alta mesmo após o quarto dia do estresse hídrico. O estresse hídrico aumentou a fotoinibição da fotossíntese, medida por fluorescência da clorofila, que variou entre as espécies, assim como em relação à concentração de CO2. Os resultados mostram diferenças na resposta estomática entre espécies dos subgêneros Symphyomyrtus e Monocalyptus. |
id |
USP-18_5e38fd61cd6518a6579b41fc0901a3aa |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:revistas.usp.br:article/21839 |
network_acronym_str |
USP-18 |
network_name_str |
Scientia Agrícola (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Resposta estomática ao aumento da concentração do CO2 atmosférico e ao estresse hídrico de espécies de Eucalyptus Stomatal responses of Eucalyptus species to elevated CO2 concentration and drought stress fisiologia do eucaliptoeficiência do uso da águatolerância à secaadaptação ao aumento da concentração de CO2eucalyptus physiologywater use efficiencydrought toleranceCO2 adaptation Cinco espécies de Eucalyptus (E. grandis, E. urophylla, E. Camaldulensis, E. torelliana e E. phaeotrica), dentre as dez espécies mais utilizadas em plantações florestais de larga escala, foram submetidas ao aumento do CO2 e à interação deste com estresse hídrico para avaliar seu comportamento estomático. As três primeiras espécies pertencem ao subgênero Symphyomyrtus, a quarta espécie é do subgênero Corymbia e o E. Phaeotrica pertence ao subgênero Monocalyptus. Mudas destas espécies com idade de 2,5 meses foram cultivadas em quatro pares de câmaras de topo aberto, com duas plantas de cada espécie por câmara e quatro repetições em duas concentrações de CO2: 350 ± 30 mimol mol-1 e 700 ± 30 mimol mol-1. Após 100 dias de crescimento nas câmaras, medições de trocas gasosas foram realizadas, após o que metade das plantas em cada câmara foi submetida ao estresse hídrico pela supressão da irrigação, permanecendo as demais plantas sob irrigação diária. O estresse hídrico reduziu a condutância estomática, a fotossíntese e as taxas de transpiração em todas as espécies. O efeito do estresse hídrico no fechamento dos estômatos foi similar em ambas as concentrações de CO2, embora os efeitos positivos do aumento do CO2 sobre a fotossíntese e a eficiência do uso da água se mantivessem por um período comparativamente mais longo. A taxa fotossintética do E. Phaeotrica permaneceu alta mesmo após o quarto dia do estresse hídrico. O estresse hídrico aumentou a fotoinibição da fotossíntese, medida por fluorescência da clorofila, que variou entre as espécies, assim como em relação à concentração de CO2. Os resultados mostram diferenças na resposta estomática entre espécies dos subgêneros Symphyomyrtus e Monocalyptus. Five species of Eucalyptus (E. grandis, E. urophylla, E. camaldulensis, E. torelliana, and E. phaeotrica), among the ten species most commonly used in large scale plantations, were selected for studies on the effects of elevated CO2 concentration [CO2] and drought stress on stomatal responses of 2.5-month old seedlings. The first three species belong to the subgenus Smphyomyrtus, whereas the fourth species belongs to the subgenus Corymbia and E. phaeotrica is from the subgenus Monocalyptus. Seedlings were grown in four pairs of open-top chambers, arranged to have 2 plants of each species in each chamber, with four replications in each of two CO2 concentrations: 350 ± 30 mumol mol-1 and 700 ± 30 mumol mol-1. After 100 days in the chambers, a series of gas exchange measurements were made. Half the plants in each chamber, one plant per species per chamber, were drought-stressed by withholding irrigation, while the remaining plants continued to be watered daily. Drought stress decreased stomatal conductance, photosynthesis and transpiration rates in all the species. The effect of drought stress on stomatal closure was similar in both [CO2]. The positive effects of elevated [CO2] on photosynthesis and water use efficiency were maintained longer during the stress period than under well-watered conditions. The photosynthetic rate of E. phaeotrica was higher even in the fourth day of the drought stress. Drought stress increased photoinhibition of photosynthesis, as measured by chlorophyll fluorescence, which varied among the species, as well as in relation to [CO2]. The results are in agreement with observed differences in stomatal responses between some eucalyptus species of the subgenera Symphyomyrtus and Monocalyptus. Universidade de São Paulo. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz2003-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/sa/article/view/2183910.1590/S0103-90162003000200005Scientia Agricola; v. 60 n. 2 (2003); 231-238Scientia Agricola; Vol. 60 Núm. 2 (2003); 231-238Scientia Agricola; Vol. 60 No. 2 (2003); 231-2381678-992X0103-9016reponame:Scientia Agrícola (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPenghttps://www.revistas.usp.br/sa/article/view/21839/23863Copyright (c) 2015 Scientia Agricolainfo:eu-repo/semantics/openAccessLima, Walter de PaulaJarvis, PaulRhizopoulou, Sophia2015-07-07T16:31:55Zoai:revistas.usp.br:article/21839Revistahttp://revistas.usp.br/sa/indexPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpscientia@usp.br||alleoni@usp.br1678-992X0103-9016opendoar:2015-07-07T16:31:55Scientia Agrícola (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Resposta estomática ao aumento da concentração do CO2 atmosférico e ao estresse hídrico de espécies de Eucalyptus Stomatal responses of Eucalyptus species to elevated CO2 concentration and drought stress |
title |
Resposta estomática ao aumento da concentração do CO2 atmosférico e ao estresse hídrico de espécies de Eucalyptus |
spellingShingle |
Resposta estomática ao aumento da concentração do CO2 atmosférico e ao estresse hídrico de espécies de Eucalyptus Lima, Walter de Paula fisiologia do eucalipto eficiência do uso da água tolerância à seca adaptação ao aumento da concentração de CO2 eucalyptus physiology water use efficiency drought tolerance CO2 adaptation |
title_short |
Resposta estomática ao aumento da concentração do CO2 atmosférico e ao estresse hídrico de espécies de Eucalyptus |
title_full |
Resposta estomática ao aumento da concentração do CO2 atmosférico e ao estresse hídrico de espécies de Eucalyptus |
title_fullStr |
Resposta estomática ao aumento da concentração do CO2 atmosférico e ao estresse hídrico de espécies de Eucalyptus |
title_full_unstemmed |
Resposta estomática ao aumento da concentração do CO2 atmosférico e ao estresse hídrico de espécies de Eucalyptus |
title_sort |
Resposta estomática ao aumento da concentração do CO2 atmosférico e ao estresse hídrico de espécies de Eucalyptus |
author |
Lima, Walter de Paula |
author_facet |
Lima, Walter de Paula Jarvis, Paul Rhizopoulou, Sophia |
author_role |
author |
author2 |
Jarvis, Paul Rhizopoulou, Sophia |
author2_role |
author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Lima, Walter de Paula Jarvis, Paul Rhizopoulou, Sophia |
dc.subject.por.fl_str_mv |
fisiologia do eucalipto eficiência do uso da água tolerância à seca adaptação ao aumento da concentração de CO2 eucalyptus physiology water use efficiency drought tolerance CO2 adaptation |
topic |
fisiologia do eucalipto eficiência do uso da água tolerância à seca adaptação ao aumento da concentração de CO2 eucalyptus physiology water use efficiency drought tolerance CO2 adaptation |
description |
Cinco espécies de Eucalyptus (E. grandis, E. urophylla, E. Camaldulensis, E. torelliana e E. phaeotrica), dentre as dez espécies mais utilizadas em plantações florestais de larga escala, foram submetidas ao aumento do CO2 e à interação deste com estresse hídrico para avaliar seu comportamento estomático. As três primeiras espécies pertencem ao subgênero Symphyomyrtus, a quarta espécie é do subgênero Corymbia e o E. Phaeotrica pertence ao subgênero Monocalyptus. Mudas destas espécies com idade de 2,5 meses foram cultivadas em quatro pares de câmaras de topo aberto, com duas plantas de cada espécie por câmara e quatro repetições em duas concentrações de CO2: 350 ± 30 mimol mol-1 e 700 ± 30 mimol mol-1. Após 100 dias de crescimento nas câmaras, medições de trocas gasosas foram realizadas, após o que metade das plantas em cada câmara foi submetida ao estresse hídrico pela supressão da irrigação, permanecendo as demais plantas sob irrigação diária. O estresse hídrico reduziu a condutância estomática, a fotossíntese e as taxas de transpiração em todas as espécies. O efeito do estresse hídrico no fechamento dos estômatos foi similar em ambas as concentrações de CO2, embora os efeitos positivos do aumento do CO2 sobre a fotossíntese e a eficiência do uso da água se mantivessem por um período comparativamente mais longo. A taxa fotossintética do E. Phaeotrica permaneceu alta mesmo após o quarto dia do estresse hídrico. O estresse hídrico aumentou a fotoinibição da fotossíntese, medida por fluorescência da clorofila, que variou entre as espécies, assim como em relação à concentração de CO2. Os resultados mostram diferenças na resposta estomática entre espécies dos subgêneros Symphyomyrtus e Monocalyptus. |
publishDate |
2003 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2003-01-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/sa/article/view/21839 10.1590/S0103-90162003000200005 |
url |
https://www.revistas.usp.br/sa/article/view/21839 |
identifier_str_mv |
10.1590/S0103-90162003000200005 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
eng |
language |
eng |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/sa/article/view/21839/23863 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2015 Scientia Agricola info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2015 Scientia Agricola |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz |
dc.source.none.fl_str_mv |
Scientia Agricola; v. 60 n. 2 (2003); 231-238 Scientia Agricola; Vol. 60 Núm. 2 (2003); 231-238 Scientia Agricola; Vol. 60 No. 2 (2003); 231-238 1678-992X 0103-9016 reponame:Scientia Agrícola (Online) instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
instname_str |
Universidade de São Paulo (USP) |
instacron_str |
USP |
institution |
USP |
reponame_str |
Scientia Agrícola (Online) |
collection |
Scientia Agrícola (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Scientia Agrícola (Online) - Universidade de São Paulo (USP) |
repository.mail.fl_str_mv |
scientia@usp.br||alleoni@usp.br |
_version_ |
1800222786109571072 |