Resistência ao cancro-da-haste, à cercosporiose e ao oídio de linhagens de soja sem lipoxigenases nas sementes
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2002 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Scientia Agrícola (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/sa/article/view/21788 |
Resumo: | A cultura da soja [Glycine max (L.) Merrill] ocupa lugar de destaque na economia brasileira, tanto em termos de área plantada, quanto de produção de grãos. A presença de gosto de feijão cru tem sido limitante para o consumo de derivados de soja pelos povos ocidentais. Esse sabor característico é proporcionado pelas enzimas lipoxigenases (Lox1, Lox2 e Lox3). A eliminação dessas enzimas, pela manipulação genética dos alelos que as codificam, é a maneira mais adequada de contornar os problemas associados ao sabor desagradável. Visando elucidar a participação das lipoxigenases, no processo de resistência da soja a patógenos, variedades normais de soja (FT-Cristalina RCH, Doko RC e IAC-12) e suas respectivas linhagens obtidas por retrocruzamentos, sem as três lipoxigenases nas sementes (triplo-nulas - TN) e com as três lipoxigenases (triplo-positivas - TP), foram testadas quanto às suas resistências ao cancro-da-haste (Diaporthe phaseolorum f.sp. meridionalis), à cercosporiose (Cercospora sojina Hara) e ao oídio (Microsphaera diffusa Cke. & Pk.). Todos os materiais genéticos foram resistentes ao cancro-da-haste. Com relação à cercosporiose, FT-Cristalina RCH e Doko-RC e suas respectivas linhagens com ou sem lipoxigenases mostraram-se resistentes, enquanto IAC-12 e suas linhagens derivadas mostraram índices de doença mais elevados, sendo que as linhagens IAC-12 TP e TN foram mais suscetíveis, indicando perda de gene de resistência nos retrocruzamentos. Não houve relação entre retirada dos genes que codificam lipoxigenases nas sementes com a resistência à cercosporiose. No caso do oídio, as linhagens TP ou TN apresentaram-se similares ou pouco mais resistentes que seus respectivos progenitores recorrentes, os quais se mostraram suscetíveis na seguinte ordem: IAC-12, menos suscetível, Doko-RC, intermediário e FT-Cristalina RCH, mais suscetível. |
id |
USP-18_6fd273208693467f31cf26f4a91d8460 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:revistas.usp.br:article/21788 |
network_acronym_str |
USP-18 |
network_name_str |
Scientia Agrícola (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Resistência ao cancro-da-haste, à cercosporiose e ao oídio de linhagens de soja sem lipoxigenases nas sementes Resistance to stem canker, frogeye leaf spot and powdery mildew of soybean lines lacking lipoxigenases in the seeds Glycine maxbreedinggeneticsGlycine maxmelhoramentogenética A cultura da soja [Glycine max (L.) Merrill] ocupa lugar de destaque na economia brasileira, tanto em termos de área plantada, quanto de produção de grãos. A presença de gosto de feijão cru tem sido limitante para o consumo de derivados de soja pelos povos ocidentais. Esse sabor característico é proporcionado pelas enzimas lipoxigenases (Lox1, Lox2 e Lox3). A eliminação dessas enzimas, pela manipulação genética dos alelos que as codificam, é a maneira mais adequada de contornar os problemas associados ao sabor desagradável. Visando elucidar a participação das lipoxigenases, no processo de resistência da soja a patógenos, variedades normais de soja (FT-Cristalina RCH, Doko RC e IAC-12) e suas respectivas linhagens obtidas por retrocruzamentos, sem as três lipoxigenases nas sementes (triplo-nulas - TN) e com as três lipoxigenases (triplo-positivas - TP), foram testadas quanto às suas resistências ao cancro-da-haste (Diaporthe phaseolorum f.sp. meridionalis), à cercosporiose (Cercospora sojina Hara) e ao oídio (Microsphaera diffusa Cke. & Pk.). Todos os materiais genéticos foram resistentes ao cancro-da-haste. Com relação à cercosporiose, FT-Cristalina RCH e Doko-RC e suas respectivas linhagens com ou sem lipoxigenases mostraram-se resistentes, enquanto IAC-12 e suas linhagens derivadas mostraram índices de doença mais elevados, sendo que as linhagens IAC-12 TP e TN foram mais suscetíveis, indicando perda de gene de resistência nos retrocruzamentos. Não houve relação entre retirada dos genes que codificam lipoxigenases nas sementes com a resistência à cercosporiose. No caso do oídio, as linhagens TP ou TN apresentaram-se similares ou pouco mais resistentes que seus respectivos progenitores recorrentes, os quais se mostraram suscetíveis na seguinte ordem: IAC-12, menos suscetível, Doko-RC, intermediário e FT-Cristalina RCH, mais suscetível. The soybean [Glycine max (L.) Merrill] crop holds a prominent position in the Brazilian economy because of the extension of the planted area and volume of grain production, but the beany flavor has been a limiting factor for soybean derivatives consumption by western population. This flavor is produced mainly by action of lipoxygenase enzymes (Lox1, Lox2 and Lox3), present in some commercial varieties. The genetic elimination of the alleles that codify these enzymes is the most appropriate way to avoid problems associated to this deleterious flavor. To elucidate the effect of seed lipoxygenase elimination on the resistance to plant pathogens, normal varieties of soybean (FT-Cristalina RCH, Doko RC and IAC-12) and their backcross-derived lines, both with the three lipoxygenases present in their seeds (triple-positive, TP) and without the three lipoxygenases (triple-null, TN), were tested for their resistance to stem canker (Diaporthe phaseolorum f.sp. meridionalis), frogeye leaf spot (Cercospora sojina Hara), and powdery mildew (Microsphaera diffusa Cke. & Pk.). All genetic materials studied were resistant to stem canker. FT-Cristalina RCH and Doko-RC and their TP and TN lines were resistant to frogeye leaf spot. IAC-12 and its derived lines not only presented a higher disease index, but also the derived lines, TP and TN, were more susceptible, indicating the loss of genes for disease resistance in the backcrosses. There was no association between the elimination of lipoxygenases from the seeds with the resistance to frogeye leaf spot. In relation to the powdery mildew, TP or TN lines presented similar or higher resistance than their respective recurrent parents whose susceptibility appeared in the following order: IAC-12, less susceptible, Doko-RC, intermediate and FT-Cristalina RCH, more susceptible. Universidade de São Paulo. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz2002-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/sa/article/view/2178810.1590/S0103-90162002000400013Scientia Agricola; v. 59 n. 4 (2002); 701-705Scientia Agricola; Vol. 59 Núm. 4 (2002); 701-705Scientia Agricola; Vol. 59 No. 4 (2002); 701-7051678-992X0103-9016reponame:Scientia Agrícola (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPenghttps://www.revistas.usp.br/sa/article/view/21788/23812Copyright (c) 2015 Scientia Agricolainfo:eu-repo/semantics/openAccessMartins, Carlos Alberto OsórioSediyama, Carlos SigueyukiOliveira, Maria Goreti de AlmeidaReis, Múcio SilvaRocha, Valterley SoaresMoreira, Maurílio AlvesGomes, José Luiz Lopes2015-07-07T16:14:06Zoai:revistas.usp.br:article/21788Revistahttp://revistas.usp.br/sa/indexPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpscientia@usp.br||alleoni@usp.br1678-992X0103-9016opendoar:2015-07-07T16:14:06Scientia Agrícola (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Resistência ao cancro-da-haste, à cercosporiose e ao oídio de linhagens de soja sem lipoxigenases nas sementes Resistance to stem canker, frogeye leaf spot and powdery mildew of soybean lines lacking lipoxigenases in the seeds |
title |
Resistência ao cancro-da-haste, à cercosporiose e ao oídio de linhagens de soja sem lipoxigenases nas sementes |
spellingShingle |
Resistência ao cancro-da-haste, à cercosporiose e ao oídio de linhagens de soja sem lipoxigenases nas sementes Martins, Carlos Alberto Osório Glycine max breeding genetics Glycine max melhoramento genética |
title_short |
Resistência ao cancro-da-haste, à cercosporiose e ao oídio de linhagens de soja sem lipoxigenases nas sementes |
title_full |
Resistência ao cancro-da-haste, à cercosporiose e ao oídio de linhagens de soja sem lipoxigenases nas sementes |
title_fullStr |
Resistência ao cancro-da-haste, à cercosporiose e ao oídio de linhagens de soja sem lipoxigenases nas sementes |
title_full_unstemmed |
Resistência ao cancro-da-haste, à cercosporiose e ao oídio de linhagens de soja sem lipoxigenases nas sementes |
title_sort |
Resistência ao cancro-da-haste, à cercosporiose e ao oídio de linhagens de soja sem lipoxigenases nas sementes |
author |
Martins, Carlos Alberto Osório |
author_facet |
Martins, Carlos Alberto Osório Sediyama, Carlos Sigueyuki Oliveira, Maria Goreti de Almeida Reis, Múcio Silva Rocha, Valterley Soares Moreira, Maurílio Alves Gomes, José Luiz Lopes |
author_role |
author |
author2 |
Sediyama, Carlos Sigueyuki Oliveira, Maria Goreti de Almeida Reis, Múcio Silva Rocha, Valterley Soares Moreira, Maurílio Alves Gomes, José Luiz Lopes |
author2_role |
author author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Martins, Carlos Alberto Osório Sediyama, Carlos Sigueyuki Oliveira, Maria Goreti de Almeida Reis, Múcio Silva Rocha, Valterley Soares Moreira, Maurílio Alves Gomes, José Luiz Lopes |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Glycine max breeding genetics Glycine max melhoramento genética |
topic |
Glycine max breeding genetics Glycine max melhoramento genética |
description |
A cultura da soja [Glycine max (L.) Merrill] ocupa lugar de destaque na economia brasileira, tanto em termos de área plantada, quanto de produção de grãos. A presença de gosto de feijão cru tem sido limitante para o consumo de derivados de soja pelos povos ocidentais. Esse sabor característico é proporcionado pelas enzimas lipoxigenases (Lox1, Lox2 e Lox3). A eliminação dessas enzimas, pela manipulação genética dos alelos que as codificam, é a maneira mais adequada de contornar os problemas associados ao sabor desagradável. Visando elucidar a participação das lipoxigenases, no processo de resistência da soja a patógenos, variedades normais de soja (FT-Cristalina RCH, Doko RC e IAC-12) e suas respectivas linhagens obtidas por retrocruzamentos, sem as três lipoxigenases nas sementes (triplo-nulas - TN) e com as três lipoxigenases (triplo-positivas - TP), foram testadas quanto às suas resistências ao cancro-da-haste (Diaporthe phaseolorum f.sp. meridionalis), à cercosporiose (Cercospora sojina Hara) e ao oídio (Microsphaera diffusa Cke. & Pk.). Todos os materiais genéticos foram resistentes ao cancro-da-haste. Com relação à cercosporiose, FT-Cristalina RCH e Doko-RC e suas respectivas linhagens com ou sem lipoxigenases mostraram-se resistentes, enquanto IAC-12 e suas linhagens derivadas mostraram índices de doença mais elevados, sendo que as linhagens IAC-12 TP e TN foram mais suscetíveis, indicando perda de gene de resistência nos retrocruzamentos. Não houve relação entre retirada dos genes que codificam lipoxigenases nas sementes com a resistência à cercosporiose. No caso do oídio, as linhagens TP ou TN apresentaram-se similares ou pouco mais resistentes que seus respectivos progenitores recorrentes, os quais se mostraram suscetíveis na seguinte ordem: IAC-12, menos suscetível, Doko-RC, intermediário e FT-Cristalina RCH, mais suscetível. |
publishDate |
2002 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2002-12-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/sa/article/view/21788 10.1590/S0103-90162002000400013 |
url |
https://www.revistas.usp.br/sa/article/view/21788 |
identifier_str_mv |
10.1590/S0103-90162002000400013 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
eng |
language |
eng |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/sa/article/view/21788/23812 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2015 Scientia Agricola info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2015 Scientia Agricola |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz |
dc.source.none.fl_str_mv |
Scientia Agricola; v. 59 n. 4 (2002); 701-705 Scientia Agricola; Vol. 59 Núm. 4 (2002); 701-705 Scientia Agricola; Vol. 59 No. 4 (2002); 701-705 1678-992X 0103-9016 reponame:Scientia Agrícola (Online) instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
instname_str |
Universidade de São Paulo (USP) |
instacron_str |
USP |
institution |
USP |
reponame_str |
Scientia Agrícola (Online) |
collection |
Scientia Agrícola (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Scientia Agrícola (Online) - Universidade de São Paulo (USP) |
repository.mail.fl_str_mv |
scientia@usp.br||alleoni@usp.br |
_version_ |
1800222785933410304 |