Sistemas de cultivo orgânico e convencional de tomateiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bettiol, Wagner
Data de Publicação: 2004
Outros Autores: Ghini, Raquel, Galvão, José Abrahão Haddad, Siloto, Romildo Cássio
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Scientia Agrícola (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/sa/article/view/21981
Resumo: Diversos sistemas agrícolas alternativos têm sido desenvolvidos e, dentre eles, a agricultura orgânica tem recebido destaque, despertando interesse por parte dos agricultores. Compararam-se o sistema orgânico (SO) e o convencional (SC) de tomates da variedade Débora e Santa Clara, por meio de um estudo interdisciplinar. O experimento foi conduzido em blocos casualizados com seis repetições, com parcelas medindo 25 ´ 17 m, em um Argissolo Vermelho-Amarelo distrófico. Todas as práticas culturais foram realizadas de acordo com as técnicas utilizadas pelos agricultores convencionais ou orgânicos da região. No SO a fertilização foi realizada aplicando, em cada cova, composto orgânico, superfosfato simples e calcário dolomítico (5 L, 60 g e 60 g) e pulverizando biofertilizante duas vezes por semana. No SC, foi utilizado 200 g 4-14-8 (NPK) por cova e, após o plantio, 30 g N, 33 g K and 10,5 g P por cova; a partir de 52 dias após o plantio, as plantas foram pulverizadas com adubo foliar uma vez por semana. No SC, para o controle dos problemas fitossanitários, foram realizadas aplicações de mistura de inseticidas, fungicidas e acaricidas duas vezes por semana. Para o SO o controle foi realizado pulverizando-se extratos de pimenta-do-reino, de alho e de eucalipto; calda bordaleza e biofertilizante duas vezes por semana. O vira-cabeça foi a principal doença do SO, resultando em menor desenvolvimento de plantas, número de inflorescência e produção. No SC, a doença foi mantida sob controle, sendo que a população de tripes, vetor do vírus, ocorreu em níveis inferiores que no SO. A variedade Santa Clara apresentou maior incidência da virose e, por esse motivo, teve desempenho inferior à Débora, especialmente no SO. A ocorrência de Liriomysa spp. foi significativamente menor no SO, possivelmente devido à maior freqüência de Chrysoperla. O SC apresentou menor incidência de manchas foliares causadas por Septoria lycopersici e Xanthomonas vesicatoria, entretanto a pinta preta e a podridão de frutos causados por Alternaria solani ocorreram em maiores proporções. Não foram observadas diferenças quanto às comunidades de fungos e bactérias do filoplano e quanto à ocorrência de plantas invasoras.
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No SO a fertilização foi realizada aplicando, em cada cova, composto orgânico, superfosfato simples e calcário dolomítico (5 L, 60 g e 60 g) e pulverizando biofertilizante duas vezes por semana. No SC, foi utilizado 200 g 4-14-8 (NPK) por cova e, após o plantio, 30 g N, 33 g K and 10,5 g P por cova; a partir de 52 dias após o plantio, as plantas foram pulverizadas com adubo foliar uma vez por semana. No SC, para o controle dos problemas fitossanitários, foram realizadas aplicações de mistura de inseticidas, fungicidas e acaricidas duas vezes por semana. Para o SO o controle foi realizado pulverizando-se extratos de pimenta-do-reino, de alho e de eucalipto; calda bordaleza e biofertilizante duas vezes por semana. O vira-cabeça foi a principal doença do SO, resultando em menor desenvolvimento de plantas, número de inflorescência e produção. No SC, a doença foi mantida sob controle, sendo que a população de tripes, vetor do vírus, ocorreu em níveis inferiores que no SO. A variedade Santa Clara apresentou maior incidência da virose e, por esse motivo, teve desempenho inferior à Débora, especialmente no SO. A ocorrência de Liriomysa spp. foi significativamente menor no SO, possivelmente devido à maior freqüência de Chrysoperla. O SC apresentou menor incidência de manchas foliares causadas por Septoria lycopersici e Xanthomonas vesicatoria, entretanto a pinta preta e a podridão de frutos causados por Alternaria solani ocorreram em maiores proporções. Não foram observadas diferenças quanto às comunidades de fungos e bactérias do filoplano e quanto à ocorrência de plantas invasoras. Among several alternative agricultural systems have been developed, organic agriculture has deserved increasing interest from. The objective of this paper was comparing both organic (OS) and conventional (CS) tomato cropping systems for varieties Débora and Santa Clara, through an interdisciplinary study. The experiment was set up in a randomized blocks design with six replicates, in a dystrophic Ultisol plots measuring 25 ´ 17 m. Cropping procedures followed by either local conventional or organic growers practices recommendations. Fertilization in the OS was done with organic compost, single superphosphate, dolomitic limes (5L, 60 g, and 60 g per pit), and sprayed twice a week with biofertilizer. Fertilization in the CS was done with 200 g 4-14-8 (NPK) per pit and, after planting, 30 g N, 33 g K and 10.5 g P per pit; from 52 days after planting forth, plants were sprayed once a week with foliar fertilizer. In the CS, a blend of insecticides, fungicides and miticides was sprayed twice a week, after planting. In the OS, extracts of black pepper, garlic, and Eucalyptus; Bordeaux mixture, and biofertilizer, were applied twice a week to control diseases and pests. Tomato spotted wilt was the most important disease in the OS, resulting in smaller plant development, number of flower clusters and yield. In the CS, the disease was kept under control, and the population of thrips, the virus vector, occurred at lower levels than in the OS. Variety Santa Clara presented greater incidence of the viral disease, and for this reason had a poorer performance than 'Débora', especially in the OS. Occurrence of Liriomyza spp. was significantly smaller in the OS, possibly because of the greater frequency of Chrysoperla. The CS had smaller incidence of leaf spots caused by Septoria lycopersici and Xanthomonas vesicatoria. However, early blight and fruit rot caused by Alternaria solani occurred in larger numbers. No differences were observed with regard to the communities of fungi and bacteria in the phylloplane, and to the occurrence of weeds. Universidade de São Paulo. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz2004-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/sa/article/view/2198110.1590/S0103-90162004000300002Scientia Agricola; v. 61 n. 3 (2004); 253-259Scientia Agricola; Vol. 61 Núm. 3 (2004); 253-259Scientia Agricola; Vol. 61 No. 3 (2004); 253-2591678-992X0103-9016reponame:Scientia Agrícola (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPenghttps://www.revistas.usp.br/sa/article/view/21981/24005Copyright (c) 2015 Scientia Agricolainfo:eu-repo/semantics/openAccessBettiol, WagnerGhini, RaquelGalvão, José Abrahão HaddadSiloto, Romildo Cássio2015-07-07T16:45:47Zoai:revistas.usp.br:article/21981Revistahttp://revistas.usp.br/sa/indexPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpscientia@usp.br||alleoni@usp.br1678-992X0103-9016opendoar:2015-07-07T16:45:47Scientia Agrícola (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false
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