Material arqueológico para o estudo de evolução de plantas cultivadas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Freitas, Fábio de Oliveira
Data de Publicação: 2003
Outros Autores: Martins, Paulo Sodero
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Scientia Agrícola (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/sa/article/view/21861
Resumo: Amostras arqueológicas de milho (Zea mays mays) e mandioca (Manihot esculenta), oriundas da região de Januária, Minas Gerais, Brasil, com idades estimadas entre 1010 anos para a amostra mais antiga, até 570 anos para as mais novas, foram estudadas morfologicamente. No caso do milho, tomaram-se medidas de comprimento da espiga, diâmetro basal, diâmetro apical, diâmetro maior, número de fileiras, número de grãos por fileiras e número de grãos por fileiras por comprimento. O tamanho da espiga aumentou com o tempo, permitindo aumento da quantidade de sementes, mas sem que estas sementes sofressem uma variação significativa em seu tamanho. Amostras de grãos de amido das sementes de milho e do tubérculo de mandioca foram estudados por meio de microscopia eletrônica de varredura e comparadas com amostras de raças indígenas e etnovariedades, para estimar a diversidade deste material e, no caso do tubérculo, para certificação que se tratava realmente de mandioca e não uma outra espécie. O amido dos órgãos de reserva do milho e mandioca encontram-se em excelente estado de conservação e, através da morfologia dos grãos de amido foram separadas raças ou variedades de milho. Constatou-se a presença de mais de uma raça de milho em um mesmo período de tempo e estas raças foram variando ao longo do período analisado (de 1010 a 570 anos atrás). A variabilidade dos grãos de amido das amostras arqueológicas de milho se apresentou maior do que as amostras atuais utilizadas.
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