Fitoextração e hiperacumulação de arsênio por espécies de samambaias

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gonzaga, Maria Isidoria Silva
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Santos, Jorge Antonio Gonzaga, Ma, Lena Qiying
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Scientia Agrícola (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/sa/article/view/22141
Resumo: O arsênio e um metalóide traço encontrado basicamente em todos os ambientes. Elevadas concentrações de arsênio no solo podem acontecer naturalmente devido ao intemperismo de rochas ricas em arsênio, como também de atividades antropogênicas. O arsênio é um elemento tóxico e cancerígeno. Em muitas partes do mundo, a contaminação pelo arsênio tem causado problemas ambientais e de saude. As técnicas disponíveis para a remediação do arsênio são economicamente proibitivas, destroem a paisagem natural e ainda podem afetar a saúde de pessoas diretamente envolvidas no processo. A fitoextração, uma das estratégias da fitoremediação, utiliza plantas para descontaminar solos e tem sido aplicada com sucesso em solos contaminados com arsênio e outros elementos. Dentre muitas vantagens, essa técnica tem baixo custo quando comparada com as convencionais. Um ponto chave no desenvolvimento da fitoextração foi a constatação de que samambaias hiperacumulam arsênio. Primeiro, em Pteris vittata, que apresentou extraordinária capacidade para remover arsênio do solo, concentrando 2.3% do arsênio na biomassa. Em seguida, foi observado que a samambaia Pityrogramma calomelanos possui capacidade semelhante para acumular arsênio. Essa característica peculiar foi observada em outras samambaias do genero Pteris. Em geral, essas plantas parecem apresentar mecanismos constitutivos e adaptativos que permitem elevada absorção e sobrevivência em solos com altas concentrações de arsênio. Muitas pesquisas têm sido conduzidas no sentido de entender e aumentar a capacidade de aborção de arsênio dessas plantas. Em particular, a chave para a aplicação bem sucedida da fitoremediação parece estar na biologia molecular.
id USP-18_db75576718fdb88376d359a57d837e1b
oai_identifier_str oai:revistas.usp.br:article/22141
network_acronym_str USP-18
network_name_str Scientia Agrícola (Online)
repository_id_str
spelling Fitoextração e hiperacumulação de arsênio por espécies de samambaias Arsenic phytoextraction and hyperaccumulation by fern species contaminação ambientalplantas hiperacumuladorasfitoremediaçãoenvironmental contaminationhyperaccumulator plantsphytoremediation O arsênio e um metalóide traço encontrado basicamente em todos os ambientes. Elevadas concentrações de arsênio no solo podem acontecer naturalmente devido ao intemperismo de rochas ricas em arsênio, como também de atividades antropogênicas. O arsênio é um elemento tóxico e cancerígeno. Em muitas partes do mundo, a contaminação pelo arsênio tem causado problemas ambientais e de saude. As técnicas disponíveis para a remediação do arsênio são economicamente proibitivas, destroem a paisagem natural e ainda podem afetar a saúde de pessoas diretamente envolvidas no processo. A fitoextração, uma das estratégias da fitoremediação, utiliza plantas para descontaminar solos e tem sido aplicada com sucesso em solos contaminados com arsênio e outros elementos. Dentre muitas vantagens, essa técnica tem baixo custo quando comparada com as convencionais. Um ponto chave no desenvolvimento da fitoextração foi a constatação de que samambaias hiperacumulam arsênio. Primeiro, em Pteris vittata, que apresentou extraordinária capacidade para remover arsênio do solo, concentrando 2.3% do arsênio na biomassa. Em seguida, foi observado que a samambaia Pityrogramma calomelanos possui capacidade semelhante para acumular arsênio. Essa característica peculiar foi observada em outras samambaias do genero Pteris. Em geral, essas plantas parecem apresentar mecanismos constitutivos e adaptativos que permitem elevada absorção e sobrevivência em solos com altas concentrações de arsênio. Muitas pesquisas têm sido conduzidas no sentido de entender e aumentar a capacidade de aborção de arsênio dessas plantas. Em particular, a chave para a aplicação bem sucedida da fitoremediação parece estar na biologia molecular. Arsenic (As) is an ubiquitous trace metalloid found in all environmental media. Its presence at elevated concentrations in soils derives from both anthropogenic and natural inputs. Arsenic is a toxic and carcinogenic element, which has caused severe environmental and health problem worldwide. Technologies currently available for the remediation of arsenic-contaminated sites are expensive, environmentally disruptive, and potentially hazardous to workers. Phytoextraction, a strategy of phytoremediation, uses plants to clean up contaminated soils and has been successfully applied to arsenic contaminated soils. It has the advantage of being cost-effective and environmentally friendly. A major step towards the development of phytoextraction of arsenic-impacted soils is the discovery of the arsenic hyper accumulation in ferns, first in Pteris vittata, which presented an extraordinary capacity to accumulate 2.3% arsenic in its biomass. Another fern, Pityrogramma calomelanos was found to exhibit the same hyperaccumulating characteristics. After that, screening experiments have revealed that the Pteris genus is really unique in that many species have the potential to be used in phytoextraction of arsenic. In general, these plants seem to have both constitutive and adaptive mechanisms for accumulating or tolerating high arsenic concentration. In the past few years, much work has been done to understand and improve the hyperaccumulating capability of these amazing plants. In particular, the field of molecular biology seems to hold the key for the future of the phytoremediation. Universidade de São Paulo. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz2006-02-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/sa/article/view/2214110.1590/S0103-90162006000100015Scientia Agricola; v. 63 n. 1 (2006); 90-101Scientia Agricola; Vol. 63 Núm. 1 (2006); 90-101Scientia Agricola; Vol. 63 No. 1 (2006); 90-1011678-992X0103-9016reponame:Scientia Agrícola (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPenghttps://www.revistas.usp.br/sa/article/view/22141/24165Copyright (c) 2015 Scientia Agricolainfo:eu-repo/semantics/openAccessGonzaga, Maria Isidoria SilvaSantos, Jorge Antonio GonzagaMa, Lena Qiying2015-07-07T17:06:34Zoai:revistas.usp.br:article/22141Revistahttp://revistas.usp.br/sa/indexPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phpscientia@usp.br||alleoni@usp.br1678-992X0103-9016opendoar:2015-07-07T17:06:34Scientia Agrícola (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Fitoextração e hiperacumulação de arsênio por espécies de samambaias
Arsenic phytoextraction and hyperaccumulation by fern species
title Fitoextração e hiperacumulação de arsênio por espécies de samambaias
spellingShingle Fitoextração e hiperacumulação de arsênio por espécies de samambaias
Gonzaga, Maria Isidoria Silva
contaminação ambiental
plantas hiperacumuladoras
fitoremediação
environmental contamination
hyperaccumulator plants
phytoremediation
title_short Fitoextração e hiperacumulação de arsênio por espécies de samambaias
title_full Fitoextração e hiperacumulação de arsênio por espécies de samambaias
title_fullStr Fitoextração e hiperacumulação de arsênio por espécies de samambaias
title_full_unstemmed Fitoextração e hiperacumulação de arsênio por espécies de samambaias
title_sort Fitoextração e hiperacumulação de arsênio por espécies de samambaias
author Gonzaga, Maria Isidoria Silva
author_facet Gonzaga, Maria Isidoria Silva
Santos, Jorge Antonio Gonzaga
Ma, Lena Qiying
author_role author
author2 Santos, Jorge Antonio Gonzaga
Ma, Lena Qiying
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Gonzaga, Maria Isidoria Silva
Santos, Jorge Antonio Gonzaga
Ma, Lena Qiying
dc.subject.por.fl_str_mv contaminação ambiental
plantas hiperacumuladoras
fitoremediação
environmental contamination
hyperaccumulator plants
phytoremediation
topic contaminação ambiental
plantas hiperacumuladoras
fitoremediação
environmental contamination
hyperaccumulator plants
phytoremediation
description O arsênio e um metalóide traço encontrado basicamente em todos os ambientes. Elevadas concentrações de arsênio no solo podem acontecer naturalmente devido ao intemperismo de rochas ricas em arsênio, como também de atividades antropogênicas. O arsênio é um elemento tóxico e cancerígeno. Em muitas partes do mundo, a contaminação pelo arsênio tem causado problemas ambientais e de saude. As técnicas disponíveis para a remediação do arsênio são economicamente proibitivas, destroem a paisagem natural e ainda podem afetar a saúde de pessoas diretamente envolvidas no processo. A fitoextração, uma das estratégias da fitoremediação, utiliza plantas para descontaminar solos e tem sido aplicada com sucesso em solos contaminados com arsênio e outros elementos. Dentre muitas vantagens, essa técnica tem baixo custo quando comparada com as convencionais. Um ponto chave no desenvolvimento da fitoextração foi a constatação de que samambaias hiperacumulam arsênio. Primeiro, em Pteris vittata, que apresentou extraordinária capacidade para remover arsênio do solo, concentrando 2.3% do arsênio na biomassa. Em seguida, foi observado que a samambaia Pityrogramma calomelanos possui capacidade semelhante para acumular arsênio. Essa característica peculiar foi observada em outras samambaias do genero Pteris. Em geral, essas plantas parecem apresentar mecanismos constitutivos e adaptativos que permitem elevada absorção e sobrevivência em solos com altas concentrações de arsênio. Muitas pesquisas têm sido conduzidas no sentido de entender e aumentar a capacidade de aborção de arsênio dessas plantas. Em particular, a chave para a aplicação bem sucedida da fitoremediação parece estar na biologia molecular.
publishDate 2006
dc.date.none.fl_str_mv 2006-02-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/sa/article/view/22141
10.1590/S0103-90162006000100015
url https://www.revistas.usp.br/sa/article/view/22141
identifier_str_mv 10.1590/S0103-90162006000100015
dc.language.iso.fl_str_mv eng
language eng
dc.relation.none.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/sa/article/view/22141/24165
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2015 Scientia Agricola
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2015 Scientia Agricola
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz
dc.source.none.fl_str_mv Scientia Agricola; v. 63 n. 1 (2006); 90-101
Scientia Agricola; Vol. 63 Núm. 1 (2006); 90-101
Scientia Agricola; Vol. 63 No. 1 (2006); 90-101
1678-992X
0103-9016
reponame:Scientia Agrícola (Online)
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Scientia Agrícola (Online)
collection Scientia Agrícola (Online)
repository.name.fl_str_mv Scientia Agrícola (Online) - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv scientia@usp.br||alleoni@usp.br
_version_ 1800222787995959296