Tolerância de cultivares de trigo à deficiência e toxicidade do boro em solução nutritiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Furlani, Ângela Maria Cangiani
Data de Publicação: 2003
Outros Autores: Carvalho, Cristiane Pierrotte, Freitas, José Guilherme de, Verdial, Marcelo Fontanetti
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Scientia Agrícola (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/sa/article/view/21856
Resumo: Sintomas esporádicos de espiguetas sem grãos observados em campos de trigo apenas para determinadas cultivares induziram pesquisadores à hipótese de uma possível relação destes sintomas com baixo teor de boro (B) disponível no solo e com diferenças entre as cultivares na exigência a B. Este experimento foi realizado com o objetivo de estudar as cultivares IAC 24, IAC 60, IAC 287 e IAC 289, em concentrações de B em solução nutritiva. O ensaio foi instalado em casa de vegetação, durante 1997/1998, em blocos casualizados com quatro repetições e cinco concentrações de boro (0,00; 0,05; 0,20; 0,80 e 2,00 mg L-1). As plantas cresceram até a maturidade e foram avaliadas quanto à altura, número e comprimento das espigas, número de espiguetas sem grãos, grãos por espiga, matéria seca das partes das plantas, teores de B, P, K, Ca e Mg nas folhas e conteúdos totais desses nutrientes. Os sintomas visuais de deficiência de B consistiram de espiguetas abertas, retorcidas e sem grãos. 'IAC 60' e 'IAC 287' mostraram-se mais eficientes, apresentando as maiores produções de grãos nas concentrações mais baixas de B. 'IAC 287' e 'IAC 24' foram mais tolerantes às concentrações mais altas de B, sendo 'IAC 24' bem mais exigente. O teor limite de B nas folhas, para deficiência, foi de 25 mg kg-1 para todas as cultivares e, para toxicidade, foram de: 44 a 45 mg kg-1 para 'IAC 60' e 'IAC 289'; e 228 e 318 mg kg-1 para 'IAC 24' e 'IAC 287', respectivamente. Exceto para o tratamento com a mais alta concentração de B, os teores e conteúdos de P, Ca, K e Mg encontrados nas plantas estavam dentro da normalidade e não variaram com os tratamentos.
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