Uso do Doppler vascular para detectar o efeito agudo do estradiol em mulheres na pós-menopausa
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Outros Autores: | , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Clinics |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17605 |
Resumo: | OBJETIVO: Descrever um teste simples e prático para avaliar o efeito vascular agudo do estradiol em mulheres saudáveis e não-saudáveis na menopausa. INTRODUÇÃO: O estradiol atua no endotélio promovendo vasodilatação através de mecanismos genômicos e não-genômicos e esta ação pode estar prejudicada em morbidades como diabetes mellitus, hipertensão, tabagismo e obesidade. MÉTODOS: Dezenove mulheres na pós-menopausa (9 saudáveis e 10 com dois ou mais dos fatores acima), com idade e tempo de menopausa semelhantes foram examinadas por Doppler vascular. O índice de resistência e as velocidades de fluxo sistólico e diastólico foram medidos nas artérias braquial e carótida, em condições basais e 20 min após a administração de uma preparação nasal de estradiol, disponível comercialmente, que atinge 1200 a 1500 pg/ml no soro, entre 10 e 30 min após a aplicação. Os níveis séricos de estradiol foram determinados 30 min após a aplicação nasal. RESULTADOS: O índice de resistência da artéria carótida aumentou em 14,2% (vasoconstricção) após o estradiol no grupo não-saudável, partindo da média ± SE de 0,56 ± 0,016 para 0,64 ± 0,05 (p=0,033) e não se modificou nas mulheres saudáveis. A velocidade de fluxo diastólico da artéria braquial aumentou 19,7% (vasodilatação) nas mulheres saudáveis, partindo de 16,2 ± 1,93 para 19,4 ± 0,64 cm/s (p=0,046) e não apresentou alteração nas não saudáveis. Os níveis de estradiol foram semelhantes nos dois grupos. DISCUSSÃO: Nas mulheres saudáveis na menopausa houve vasodilatação da artéria braquial e nas não-saudáveis vasoconstricção na artéria carótida. A resposta vascular ao estradiol foi divergente entre os grupos estudados. CONCLUSÃO: O teste com estradiol agudo, associado ao Doppler vascular, parecem diferenciar, de forma simples e não-invasiva, mulheres com função endotelial normal e anormal. |
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Uso do Doppler vascular para detectar o efeito agudo do estradiol em mulheres na pós-menopausa Use of vascular Doppler ultrasound to detect acute estradiol vascular effect in postmenopausal women Hormone replacement therapyEstrogenVascular endotheliumVasodilatationVasoconstriction OBJETIVO: Descrever um teste simples e prático para avaliar o efeito vascular agudo do estradiol em mulheres saudáveis e não-saudáveis na menopausa. INTRODUÇÃO: O estradiol atua no endotélio promovendo vasodilatação através de mecanismos genômicos e não-genômicos e esta ação pode estar prejudicada em morbidades como diabetes mellitus, hipertensão, tabagismo e obesidade. MÉTODOS: Dezenove mulheres na pós-menopausa (9 saudáveis e 10 com dois ou mais dos fatores acima), com idade e tempo de menopausa semelhantes foram examinadas por Doppler vascular. O índice de resistência e as velocidades de fluxo sistólico e diastólico foram medidos nas artérias braquial e carótida, em condições basais e 20 min após a administração de uma preparação nasal de estradiol, disponível comercialmente, que atinge 1200 a 1500 pg/ml no soro, entre 10 e 30 min após a aplicação. Os níveis séricos de estradiol foram determinados 30 min após a aplicação nasal. RESULTADOS: O índice de resistência da artéria carótida aumentou em 14,2% (vasoconstricção) após o estradiol no grupo não-saudável, partindo da média ± SE de 0,56 ± 0,016 para 0,64 ± 0,05 (p=0,033) e não se modificou nas mulheres saudáveis. A velocidade de fluxo diastólico da artéria braquial aumentou 19,7% (vasodilatação) nas mulheres saudáveis, partindo de 16,2 ± 1,93 para 19,4 ± 0,64 cm/s (p=0,046) e não apresentou alteração nas não saudáveis. Os níveis de estradiol foram semelhantes nos dois grupos. DISCUSSÃO: Nas mulheres saudáveis na menopausa houve vasodilatação da artéria braquial e nas não-saudáveis vasoconstricção na artéria carótida. A resposta vascular ao estradiol foi divergente entre os grupos estudados. CONCLUSÃO: O teste com estradiol agudo, associado ao Doppler vascular, parecem diferenciar, de forma simples e não-invasiva, mulheres com função endotelial normal e anormal. OBJECTIVES: To report on a simple practical test for assessing acute estradiol vascular effects on healthy and unhealthy postmenopausal women. INTRODUCTION: Estradiol acts in the endothelium to promote vasodilatation through genomic and non-genomic mechanisms, but its vascular action may be impaired in diabetes mellitus, hypertension, smoking and obesity. METHODS: Nineteen postmenopausal women (nine healthy and 10 with two or more of the above factors) of similar age and time since menopause were examined with vascular Doppler ultrasound. Resistance indexes and systolic and diastolic flow velocities were determined for the brachial and internal carotid arteries at baseline and 20 minutes after administration of a nasal estradiol formulation, available on the market, which reaches 1,200-1,500 pg/ml in the serum in 10-30 minutes. Estradiol blood levels were measured at 30 minutes. RESULTS: The carotid resistance index increased 14.2% (vasoconstriction) in the unhealthy group after estradiol, from a mean ± S.E. of 0.56 ± 0.016 at baseline to 0.64 ± 0.05 (p=0.033), and remained unchanged in healthy women. Brachial diastolic flow velocity increased 19.7% (vasodilatation) in healthy women, from 16.2 ± 1.93 to 19.4 ± 0.64 cm/s (p=0.046), and did not change in the unhealthy subjects. Estradiol levels were similar in both groups. DISCUSSION: Healthy postmenopausal women showed brachial vasodilatation while unhealthy postmenopausal women displayed vasoconstriction at the carotid artery. Vascular responses to estradiol were divergent between the groups. CONCLUSIONS: The acute estradiol test, coupled with Doppler ultrasound, seemed to be able to differentiate women with normal and abnormal endothelial function in a simple, non-invasive manner. Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo2007-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/1760510.1590/S1807-59322007000600003Clinics; Vol. 62 No. 6 (2007); 673-678 Clinics; v. 62 n. 6 (2007); 673-678 Clinics; Vol. 62 Núm. 6 (2007); 673-678 1980-53221807-5932reponame:Clinicsinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPenghttps://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17605/19669Clapauch, RuthMattos, Tatiana MUchoa, Helena BMPFerreira, Andrea SRBonisson, Vinicius GLopes, Érika LNascimento, Isabel CSBouskela, Elieteinfo:eu-repo/semantics/openAccess2012-05-22T18:13:31Zoai:revistas.usp.br:article/17605Revistahttps://www.revistas.usp.br/clinicsPUBhttps://www.revistas.usp.br/clinics/oai||clinics@hc.fm.usp.br1980-53221807-5932opendoar:2012-05-22T18:13:31Clinics - Universidade de São Paulo (USP)false |
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