Desempenho de pacientes com claudicação intermitente submetidos ao treinamento físico em resposta ao agravamento da doença arterial: estudo retrospectivo de coorte

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Rosoky, Ruben M. A.
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Wolosker, Nelson, Puech-Leão, Pedro
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Clinics
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17489
Resumo: OBJETIVO: Estudo retrospectivo de coorte para investigar o desfecho clínico de pacientes com claudicação intermitente submetidos a treinamento físico nos quais houve um agravamento da arteriopatia. MÉTODO: Trezentos e sessenta e quatro pacientes com claudicação que apresentavam obstruções fêmoro-poplíteas ou tíbio-peroneiras em ao menos um dos membros inferiores e que não tinham obstrução de aorta ou de ambas artérias ilíacas foram incluídos. Quarenta pacientes desenvolveram novas estenoses em segmentos arteriais previamente poupados (confirmadas por duplex scan), que eram proximais às lesões pré-existentes, e constituiram o grupo progressivo, em contraste com o grupo estável, de pacientes que não apresentou essa piora da doença. O tempo de seguimento foi de 276 e 277 dias para os grupos estável e progressivo, respectivamente. Todos os pacientes passaram por um programa não supervisionado de caminhadas submáximas 4 vezes por semana. Alterações na distância máxima de claudicação num teste de esteira com carga progressiva foram avaliadas durante o seguimento, com interesse especial nos períodos entre a admissão e o diagnóstico da progressão da arteriopatia e o final do acompanhamento. RESULTADOS: A performance não foi significantemente diferente entre ambos grupos, considerando todo o período de seguimento. Ademais, os claudicantes que evoluíram com progressão da arteriopatia não apresentaram, em nenhum momento de seu seguimento, qualquer redução da distância máxima de caminhada em resposta ao desenvolvimento de novas lesões arteriais. CONCLUSÃO: A piora da doença arterial periférica em claudicantes submetidos ao treinamento físico, manifestada por novas oclusões em segmentos arteriais proximais previamente poupados, não implica necessariamente numa piora da distância de claudicação.
id USP-19_229a4bcb8279bd856a5b8eb5ae879426
oai_identifier_str oai:revistas.usp.br:article/17489
network_acronym_str USP-19
network_name_str Clinics
repository_id_str
spelling Desempenho de pacientes com claudicação intermitente submetidos ao treinamento físico em resposta ao agravamento da doença arterial: estudo retrospectivo de coorte Performance of patients with intermittent claudication undergoing physical training, with or without an aggravation of arterial disease: retrospective cohort study Intermittent claudicationTreatment outcomeExercise therapyDisease progressionPeripheral arterial disease OBJETIVO: Estudo retrospectivo de coorte para investigar o desfecho clínico de pacientes com claudicação intermitente submetidos a treinamento físico nos quais houve um agravamento da arteriopatia. MÉTODO: Trezentos e sessenta e quatro pacientes com claudicação que apresentavam obstruções fêmoro-poplíteas ou tíbio-peroneiras em ao menos um dos membros inferiores e que não tinham obstrução de aorta ou de ambas artérias ilíacas foram incluídos. Quarenta pacientes desenvolveram novas estenoses em segmentos arteriais previamente poupados (confirmadas por duplex scan), que eram proximais às lesões pré-existentes, e constituiram o grupo progressivo, em contraste com o grupo estável, de pacientes que não apresentou essa piora da doença. O tempo de seguimento foi de 276 e 277 dias para os grupos estável e progressivo, respectivamente. Todos os pacientes passaram por um programa não supervisionado de caminhadas submáximas 4 vezes por semana. Alterações na distância máxima de claudicação num teste de esteira com carga progressiva foram avaliadas durante o seguimento, com interesse especial nos períodos entre a admissão e o diagnóstico da progressão da arteriopatia e o final do acompanhamento. RESULTADOS: A performance não foi significantemente diferente entre ambos grupos, considerando todo o período de seguimento. Ademais, os claudicantes que evoluíram com progressão da arteriopatia não apresentaram, em nenhum momento de seu seguimento, qualquer redução da distância máxima de caminhada em resposta ao desenvolvimento de novas lesões arteriais. CONCLUSÃO: A piora da doença arterial periférica em claudicantes submetidos ao treinamento físico, manifestada por novas oclusões em segmentos arteriais proximais previamente poupados, não implica necessariamente numa piora da distância de claudicação. PURPOSE: This was a retrospective cohort study aiming to investigate the clinical outcome of patients with intermittent claudication undergoing physical training in whom there was an aggravation of the arterial disease. METHOD: Three hundred and sixty-four patients with claudication who presented with femoropopliteal or tibioperoneal obstructions in at least 1 of the lower limbs and who did not have aortic or bilateral iliac obstructions were included. Forty patients developed new stenoses in previously spared arterial segments (confirmed by duplex scanning), which were proximal to preexisting lesions, and formed the progression group, in contrast to the stable group of patients (n = 324) who did not exhibit this worsening of the disease. Follow-up was 276 and 277 days for stable and progression groups, respectively. All patients underwent an unsupervised program of submaximal walking 4 days a week. Changes in maximal walking distance at a progressive treadmill test were appraised during follow-up, with special interest directed to the periods between admission, diagnosis of arterial worsening, and the end of follow-up. RESULTS: Performance was not significantly different between groups during the entire follow-up period. Furthermore, patients with claudication who evolved with progression of their arteriopathy did not present a reduction of their maximal walking distance in response to the development of new arterial lesions at any time during their follow-up. CONCLUSION: Worsening of the peripheral arterial disease in patients with claudication undergoing physical training, manifested as de novo arterial occlusion in proximal and previously spared segments, does not imply in an impairment of their claudication distance. Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo2006-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/1748910.1590/S1807-59322006000600008Clinics; Vol. 61 No. 6 (2006); 535-538 Clinics; v. 61 n. 6 (2006); 535-538 Clinics; Vol. 61 Núm. 6 (2006); 535-538 1980-53221807-5932reponame:Clinicsinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPenghttps://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17489/19544Rosoky, Ruben M. A.Wolosker, NelsonPuech-Leão, Pedroinfo:eu-repo/semantics/openAccess2012-05-22T18:04:15Zoai:revistas.usp.br:article/17489Revistahttps://www.revistas.usp.br/clinicsPUBhttps://www.revistas.usp.br/clinics/oai||clinics@hc.fm.usp.br1980-53221807-5932opendoar:2012-05-22T18:04:15Clinics - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Desempenho de pacientes com claudicação intermitente submetidos ao treinamento físico em resposta ao agravamento da doença arterial: estudo retrospectivo de coorte
Performance of patients with intermittent claudication undergoing physical training, with or without an aggravation of arterial disease: retrospective cohort study
title Desempenho de pacientes com claudicação intermitente submetidos ao treinamento físico em resposta ao agravamento da doença arterial: estudo retrospectivo de coorte
spellingShingle Desempenho de pacientes com claudicação intermitente submetidos ao treinamento físico em resposta ao agravamento da doença arterial: estudo retrospectivo de coorte
Rosoky, Ruben M. A.
Intermittent claudication
Treatment outcome
Exercise therapy
Disease progression
Peripheral arterial disease
title_short Desempenho de pacientes com claudicação intermitente submetidos ao treinamento físico em resposta ao agravamento da doença arterial: estudo retrospectivo de coorte
title_full Desempenho de pacientes com claudicação intermitente submetidos ao treinamento físico em resposta ao agravamento da doença arterial: estudo retrospectivo de coorte
title_fullStr Desempenho de pacientes com claudicação intermitente submetidos ao treinamento físico em resposta ao agravamento da doença arterial: estudo retrospectivo de coorte
title_full_unstemmed Desempenho de pacientes com claudicação intermitente submetidos ao treinamento físico em resposta ao agravamento da doença arterial: estudo retrospectivo de coorte
title_sort Desempenho de pacientes com claudicação intermitente submetidos ao treinamento físico em resposta ao agravamento da doença arterial: estudo retrospectivo de coorte
author Rosoky, Ruben M. A.
author_facet Rosoky, Ruben M. A.
Wolosker, Nelson
Puech-Leão, Pedro
author_role author
author2 Wolosker, Nelson
Puech-Leão, Pedro
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Rosoky, Ruben M. A.
Wolosker, Nelson
Puech-Leão, Pedro
dc.subject.por.fl_str_mv Intermittent claudication
Treatment outcome
Exercise therapy
Disease progression
Peripheral arterial disease
topic Intermittent claudication
Treatment outcome
Exercise therapy
Disease progression
Peripheral arterial disease
description OBJETIVO: Estudo retrospectivo de coorte para investigar o desfecho clínico de pacientes com claudicação intermitente submetidos a treinamento físico nos quais houve um agravamento da arteriopatia. MÉTODO: Trezentos e sessenta e quatro pacientes com claudicação que apresentavam obstruções fêmoro-poplíteas ou tíbio-peroneiras em ao menos um dos membros inferiores e que não tinham obstrução de aorta ou de ambas artérias ilíacas foram incluídos. Quarenta pacientes desenvolveram novas estenoses em segmentos arteriais previamente poupados (confirmadas por duplex scan), que eram proximais às lesões pré-existentes, e constituiram o grupo progressivo, em contraste com o grupo estável, de pacientes que não apresentou essa piora da doença. O tempo de seguimento foi de 276 e 277 dias para os grupos estável e progressivo, respectivamente. Todos os pacientes passaram por um programa não supervisionado de caminhadas submáximas 4 vezes por semana. Alterações na distância máxima de claudicação num teste de esteira com carga progressiva foram avaliadas durante o seguimento, com interesse especial nos períodos entre a admissão e o diagnóstico da progressão da arteriopatia e o final do acompanhamento. RESULTADOS: A performance não foi significantemente diferente entre ambos grupos, considerando todo o período de seguimento. Ademais, os claudicantes que evoluíram com progressão da arteriopatia não apresentaram, em nenhum momento de seu seguimento, qualquer redução da distância máxima de caminhada em resposta ao desenvolvimento de novas lesões arteriais. CONCLUSÃO: A piora da doença arterial periférica em claudicantes submetidos ao treinamento físico, manifestada por novas oclusões em segmentos arteriais proximais previamente poupados, não implica necessariamente numa piora da distância de claudicação.
publishDate 2006
dc.date.none.fl_str_mv 2006-01-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17489
10.1590/S1807-59322006000600008
url https://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17489
identifier_str_mv 10.1590/S1807-59322006000600008
dc.language.iso.fl_str_mv eng
language eng
dc.relation.none.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17489/19544
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo
publisher.none.fl_str_mv Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo
dc.source.none.fl_str_mv Clinics; Vol. 61 No. 6 (2006); 535-538
Clinics; v. 61 n. 6 (2006); 535-538
Clinics; Vol. 61 Núm. 6 (2006); 535-538
1980-5322
1807-5932
reponame:Clinics
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Clinics
collection Clinics
repository.name.fl_str_mv Clinics - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv ||clinics@hc.fm.usp.br
_version_ 1800222751974227968