Percepções de pacientes sobre catarata

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Regina de Souza Carvalho de Salles
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Temporini, Edméa R., Kara José, Newton, Carricondo, Pedro C., Kara José, Andréa C.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Clinics
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17472
Resumo: OBJETIVO: Identificar percepções de adultos portadores de catarata em relação à doença e ao tratamento cirúrgico. MATERIAIS E MÉTODOS: Foi realizada uma pesquisa exploratória entre pacientes adultos portadores de catarata presentes em mutirão em hospital universitário no ano de 2004. Auxiliares de pesquisa previamente treinados para formulação das questões e registros das respostas, encarregaram-se das entrevistas. RESULTADOS: A amostra foi composta por 170 sujeitos de ambos os sexos (43,5% do sexo masculino e 56,5% do sexo feminino) com idade entre 40 e 88 anos. Dos 170 participantes, 43,5% eram nascidos no estado de São Paulo, 14,7% na Bahia, 12,4% em Minas Gerais, 1,8% nasceram em outros paises e os demais sujeitos, em outros estados brasileiros.Da população ativa no mercado de trabalho (n=87), encontravam-se em nível de ocupação manual não especializada 43,7%; ocupação manual especializada 27,6%; ocupação de rotina não manual 25,3%; supervisão de trabalho manual 1,1%; posição baixa de supervisão ou inspeção , considerando ocupações não manuais,2,3 %. Entre a população inativa no mercado de trabalho (n=82), 53,6% eram aposentados, 45,2% donas de casa e 1,2% desempregados. Em relação a concepção sobre catarata, 79,0% referiram ser uma "pelezinha que vai cobrindo os olhos" e 32,4% além da "pelezinha", mencionaram outras concepções. Em relação a causa , entre as opções fornecidas, 80% relacionam a velhice; 47,1% "por usar muito as vistas no serviço ou em casa"; 7,1% acreditam que tem catarata devido a "mau olhado". Dentre as respostas associadas, 94,1% referiram que a "visão fica embaçada" na pessoa que tem catarata, 72,4% acham que a pessoa pode ficar cega e 66,5% acham que os portadores de catarata ficam com depressão por não enxergarem. Vinte e oito por cento tem medo de se submeter a cirurgia, desses, 16,3% atribuem ao fato de poderem morrer na cirurgia; 55,1% acham que podem ficar cego; 40,8% crêem que a cirurgia dói e 8,2% tem medo de operar pois a religião não permite. CONCLUSÃO: Foram evidenciados alguns conhecimentos incorretos, o medo de ficar cego se fez presente entre as razões para não operar a catarata, indicando necessidade de provimento de orientação.
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Dos 170 participantes, 43,5% eram nascidos no estado de São Paulo, 14,7% na Bahia, 12,4% em Minas Gerais, 1,8% nasceram em outros paises e os demais sujeitos, em outros estados brasileiros.Da população ativa no mercado de trabalho (n=87), encontravam-se em nível de ocupação manual não especializada 43,7%; ocupação manual especializada 27,6%; ocupação de rotina não manual 25,3%; supervisão de trabalho manual 1,1%; posição baixa de supervisão ou inspeção , considerando ocupações não manuais,2,3 %. Entre a população inativa no mercado de trabalho (n=82), 53,6% eram aposentados, 45,2% donas de casa e 1,2% desempregados. Em relação a concepção sobre catarata, 79,0% referiram ser uma "pelezinha que vai cobrindo os olhos" e 32,4% além da "pelezinha", mencionaram outras concepções. Em relação a causa , entre as opções fornecidas, 80% relacionam a velhice; 47,1% "por usar muito as vistas no serviço ou em casa"; 7,1% acreditam que tem catarata devido a "mau olhado". Dentre as respostas associadas, 94,1% referiram que a "visão fica embaçada" na pessoa que tem catarata, 72,4% acham que a pessoa pode ficar cega e 66,5% acham que os portadores de catarata ficam com depressão por não enxergarem. Vinte e oito por cento tem medo de se submeter a cirurgia, desses, 16,3% atribuem ao fato de poderem morrer na cirurgia; 55,1% acham que podem ficar cego; 40,8% crêem que a cirurgia dói e 8,2% tem medo de operar pois a religião não permite. CONCLUSÃO: Foram evidenciados alguns conhecimentos incorretos, o medo de ficar cego se fez presente entre as razões para não operar a catarata, indicando necessidade de provimento de orientação. OBJECTIVE: To identify in adult patients suffering from cataract the perceptions regarding the disease and its surgical treatment. MATERIALS AND METHODS: An exploratory survey was conducted among adult patients suffering from cataract and participating in a large-scale cataract management program at the University of São Paulo General Hospital in 2004. The interviews were conducted by research assistants previously trained to pose questions and record answers. RESULTS: The sample consisted of 170 men and women (43.5% and 56.5%, respectively), aged between 40 and 88 years. Of the 170 participants, 43.5% were from the State of São Paulo, 14.7% from the State of Bahia, 12.4% from the State of Minas Gerais, 5.9% from the State of Pernambuco, 1.8% from other countries, and the remaining 21.7% were from other Brazilian states. Of those who were actively working (n = 87), 43.7% had an occupational level corresponding to nonspecialized manual labor, 27.6% were in specialized manual labor jobs, 25.3% had routine nonmanual occupations, 1.1% supervised manual labor, and 2.3% had low-ranking supervision or inspection jobs over nonmanual occupations. Of those who were not actively working (n = 82), 53.6% were retired, 45.2% were housewives, and 1.2% were unemployed. Concerning conceptions about cataract, 79.0% referred to it as "a small skin fold that gradually covers the eye" and 32.4% mentioned, in addition, other conceptions. Concerning the cause, of the alternatives presented to them, 80% reported aging, 47.1% blamed "overusing the eyes in the workplace or at home", 7.1% believed they had cataract due to some kind of "spell." Of the associated answers, 94.1% referred to "blurred vision" in people suffering from cataract, 72.4% thought the person may become blind, and 66.5% believed that the patients suffering from cataract are depressed because they cannot see. Regarding surgery, 28.8% were afraid of undergoing surgery; of those, 16.3% cited with the fear of dying during surgery, 55.1% thought they might become blind, 40.8% believed the surgery would be painful, and 8.2% followed religious practices that do not permit surgery. CONCLUSION: Some misconceptions were identified, and the fear of blindness was the most mentioned reason for not seeking cataract surgery, which indicates the need for orientation. Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo2005-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/1747210.1590/S1807-59322005000600005Clinics; Vol. 60 No. 6 (2005); 455-460 Clinics; v. 60 n. 6 (2005); 455-460 Clinics; Vol. 60 Núm. 6 (2005); 455-460 1980-53221807-5932reponame:Clinicsinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPenghttps://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17472/19526Oliveira, Regina de Souza Carvalho de SallesTemporini, Edméa R.Kara José, NewtonCarricondo, Pedro C.Kara José, Andréa C.info:eu-repo/semantics/openAccess2012-05-22T18:01:54Zoai:revistas.usp.br:article/17472Revistahttps://www.revistas.usp.br/clinicsPUBhttps://www.revistas.usp.br/clinics/oai||clinics@hc.fm.usp.br1980-53221807-5932opendoar:2012-05-22T18:01:54Clinics - Universidade de São Paulo (USP)false
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