Mutações novas no gene CFTR de pacientes brasileiros portadores de agenesia dos vasos deferentes: dificuldades no aconselhamento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pieri, Patricia de Campos
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Missaglia, Mariangela Tuzzollo, Roque, Juliana de Almeida, Moreira-Filho, Carlos Alberto, Hallak, Jorge
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Clinics
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17654
Resumo: OBJETIVO: Pesquisar mutações em toda a extensão do gene que causa a Fibrose Cística (CFTR) de homens brasileiros inférteis por agenesia congênita dos vasos deferentes, com a finalidade de prevenir a transmissão de mutações em CFTR à prole com o uso das tecnologias de reprodução assistida. MÉTODOS: Foram desenhados oligonucleotídeos específicos para realização de reação de polimerização em cadeia (PCR) para cada um dos 27 exons e sítios de processamento de interesse no gene CFTR. O PCR foi seguido pela técnica de SSCP-HA (polimorfismos de conformação no DNA de fita simples e na formação de heteroduplexes) em géis pré-fabricados de poliacrilamida a 12,5% em duas temperaturas, 7ºC e 20ºC. Os fragmentos com padrão alterado na migração do SSCP foram submetidos a seqüenciamento automatizado. RESULTADOS: Foram identificadas duas mutações novas com alteração de aminoácidos (S753R and G149W) em 3 pacientes (dois irmãos) juntamente com o alelo IVS8-5T em heterozigose. CONCLUSÕES: O rastreamento básico de mutações típicas da Fibrose Cística não inclui as mutações atípicas associadas à ausência dos deferentes. Desta forma, quando esses testes resultam normais, ainda assim existe um risco genético de crianças afetadas serem geradas com auxílio das Assisted Reproduction Technologies. Por este motivo, recomenda-se que a pesquisa de mutações em todo o gene CFTR seja o exame a ser oferecido para todos os casais inférteis em que o homem seja portador de agenesia dos vasos deferentes, antes da realização de reprodução assistida.
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