Fatores de risco para as infecções relacionadas ao caracter venoso central em terapia intensiva pediátrica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vilela, Ricardo
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Jácomo, Andréa D N, Tresoldi, Antonia Teresinha
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Clinics
DOI: 10.1590/S1807-59322007000500002
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17627
Resumo: OBJETIVOS: Identificar fatores de risco para as infecções relacionadas a cateter venoso central de curta permanência, inserido por punção, em crianças e avaliar a eficiência de um escore de mortalidade pediátrica em prever o risco de infecção. MÉTODOS: Revisão dos casos de infecção relacionada a cateter ocorridos na unidade de terapia intensiva pediátrica de um hospital universitário seguida de estudo caso-controle com 51 pares. Foram analisadas variáveis relacionadas aos pacientes e à inserção e utilização dos cateteres, sendo definidos fatores de risco por análise de regressão logística. A eficiência de Pediatric Risk of Mortality em discriminar o risco de infecção foi testada pela curva receiver operating characteristic. RESULTADOS: Foram variáveis associadas à infecção: insuficiência respiratória, duração da internação, tempo de intubação, inserção do cateter na unidade de terapia intensiva e nutrição parentérica. O sítio de inserção foi indiferente quando comparadas as veias jugular interna e femoral. Foram fatores de risco: inserção de mais de um cateter (p=0,014) e tempo de permanência do cateter (p=0,0013). Foram fatores de proteção: uso concomitante de antibióticos (p=0,0005) e infusão intermitente seguida de heparinização quando comparada à infusão contínua sem heparinização (p=0,0002). Pediatric Risk of Mortality não discriminou o risco de infecção. CONCLUSÕES: Deve-se suspender a nutrição parentérica e retirar o cateter venoso central assim que possível. A cateterização da veia femoral implica em risco de infecção semelhante ao da veia jugular interna. O escore Pediatric Risk of Mortality não deve ser utilizado para estimar o risco de infecção relacionada ao cateter venoso central.
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spelling Fatores de risco para as infecções relacionadas ao caracter venoso central em terapia intensiva pediátrica Risk factors for central venous catheter-related infections in pediatric intensive care Cross InfectionRisk FactorsCatheterizationCentral VenousChildIntensive Care OBJETIVOS: Identificar fatores de risco para as infecções relacionadas a cateter venoso central de curta permanência, inserido por punção, em crianças e avaliar a eficiência de um escore de mortalidade pediátrica em prever o risco de infecção. MÉTODOS: Revisão dos casos de infecção relacionada a cateter ocorridos na unidade de terapia intensiva pediátrica de um hospital universitário seguida de estudo caso-controle com 51 pares. Foram analisadas variáveis relacionadas aos pacientes e à inserção e utilização dos cateteres, sendo definidos fatores de risco por análise de regressão logística. A eficiência de Pediatric Risk of Mortality em discriminar o risco de infecção foi testada pela curva receiver operating characteristic. RESULTADOS: Foram variáveis associadas à infecção: insuficiência respiratória, duração da internação, tempo de intubação, inserção do cateter na unidade de terapia intensiva e nutrição parentérica. O sítio de inserção foi indiferente quando comparadas as veias jugular interna e femoral. Foram fatores de risco: inserção de mais de um cateter (p=0,014) e tempo de permanência do cateter (p=0,0013). Foram fatores de proteção: uso concomitante de antibióticos (p=0,0005) e infusão intermitente seguida de heparinização quando comparada à infusão contínua sem heparinização (p=0,0002). Pediatric Risk of Mortality não discriminou o risco de infecção. CONCLUSÕES: Deve-se suspender a nutrição parentérica e retirar o cateter venoso central assim que possível. A cateterização da veia femoral implica em risco de infecção semelhante ao da veia jugular interna. O escore Pediatric Risk of Mortality não deve ser utilizado para estimar o risco de infecção relacionada ao cateter venoso central. OBJECTIVES: To identify risk factors for short-term percutaneously inserted central venous catheter-related infections in children and to evaluate the accuracy of a mortality score in predicting the risk of infection. METHOD: After reviewing the charts of patients who developed catheter-related infection in a university hospital's pediatric intensive care unit, we conducted a case-controlled study with 51 pairs. Variables related to patients and to catheter insertion and use were analyzed. Risk factors were defined by logistic regression analysis. The accuracy of the Pediatric Risk of Mortality score to discriminate the risk for infection was tested using the Receiver Operating Characteristic curve. RESULTS: Infection was associated with respiratory failure, patient's length of stay, duration of tracheal intubation, insertion of catheter in the intensive care unit and parenteral nutrition. Insertion site (femoral or internal jugular) was unimportant. Multivariate logistic regression analysis identified the following variables. Risk factors included more than one catheter placement (p=0.014) and duration of catheter use (p=0.0013), and protective factors included concomitant antibiotic use (p=0.0005) and an intermittent infusion regimen followed by heparin filling compared to continuous infusion without heparin (p=0.0002). Pediatric Risk of Mortality did not discriminate the risk of infection. CONCLUSIONS: Central parenteral nutrition and central venous catheters should be withdrawn as soon as possible. Femoral vein catheterization carries a risk of infection similar to internal jugular catheterization. The Pediatric Risk of Mortality score should not be used to predict the risk of central catheter-related infections. Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo2007-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/1762710.1590/S1807-59322007000500002Clinics; Vol. 62 No. 5 (2007); 537-544 Clinics; v. 62 n. 5 (2007); 537-544 Clinics; Vol. 62 Núm. 5 (2007); 537-544 1980-53221807-5932reponame:Clinicsinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPenghttps://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17627/19691Vilela, RicardoJácomo, Andréa D NTresoldi, Antonia Teresinhainfo:eu-repo/semantics/openAccess2012-05-22T18:15:26Zoai:revistas.usp.br:article/17627Revistahttps://www.revistas.usp.br/clinicsPUBhttps://www.revistas.usp.br/clinics/oai||clinics@hc.fm.usp.br1980-53221807-5932opendoar:2012-05-22T18:15:26Clinics - Universidade de São Paulo (USP)false
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