Modelos experimentais de hepatectomia e regeneração hepática em ratos recém-nascidos e recém-desmamados
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Clinics |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17618 |
Resumo: | OBJETIVOS: A regeneração hepática é um processo complexo não completamente elucidado. O modelo mais utilizado para o estudo desse fenômeno é a hepatectomia a 70% em ratos adultos. Não há trabalhos utilizando modelos em animais em crescimento. Desta forma, os objetivos deste estudo foram: 1. padronizar dois modelos de hepatectomia parcial e regeneração hepática utilizando ratos recém-nascidos e recém-desmamados; 2. estudar a evolução do peso do fígado remanescente e as alterações histológicas do parênquima hepático nos dias subseqüentes à hepatectomia parcial. MÉTODOS: Cinqüenta ratos recém-nascidos e quarenta e quatro ratos recém-desmamados foram submetidos à hepatectomia a 70%. Após laparotomia mediana, foi realizada compressão bilateral no abdome superior do animal, levando à exteriorização dos lobos hepáticos direito medial, esquerdo medial e esquerdo lateral, que foram ligados na base e ressecados em bloco. Os animais foram sacrificados logo após a hepatectomia e no 1º,2º,3º,4º, e 7º dias após a cirurgia. O peso corpóreo e do fígado foram determinados, e o parênquima hepático submetido à análise histológica. RESULTADOS: Os índices de mortalidade dos animais recém-nascidos e recém-desmamados foram 30% e 0% respectivamente. Em ambos os grupos, houve uma diminuição significativa na massa hepática logo após a hepatectomia, com recuperação completa no sétimo dia de pós-operatório. O parênquima hepático dos animais recém-nascidos apresentou acentuada esteatose no segundo dia. O fígado do animal recém-desmamado exibiu figuras mitóticas mais precoces e mais numerosas que o do recém-nascido. CONCLUSÕES: Os modelos de hepatectomia parcial em ratos recém-nascidos e recém-desmamados são factíveis e podem ser usados para estudos da regeneração hepática. Embora semelhante, o processo de regeneração hepática em animais em crescimento não é igual ao do animal adulto. |
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Modelos experimentais de hepatectomia e regeneração hepática em ratos recém-nascidos e recém-desmamados Experimental models of hepatectomy and liver regeneration using newborn and weaning rats Liver regenerationAnimal modelsHepatectomyNewborn animalsRat OBJETIVOS: A regeneração hepática é um processo complexo não completamente elucidado. O modelo mais utilizado para o estudo desse fenômeno é a hepatectomia a 70% em ratos adultos. Não há trabalhos utilizando modelos em animais em crescimento. Desta forma, os objetivos deste estudo foram: 1. padronizar dois modelos de hepatectomia parcial e regeneração hepática utilizando ratos recém-nascidos e recém-desmamados; 2. estudar a evolução do peso do fígado remanescente e as alterações histológicas do parênquima hepático nos dias subseqüentes à hepatectomia parcial. MÉTODOS: Cinqüenta ratos recém-nascidos e quarenta e quatro ratos recém-desmamados foram submetidos à hepatectomia a 70%. Após laparotomia mediana, foi realizada compressão bilateral no abdome superior do animal, levando à exteriorização dos lobos hepáticos direito medial, esquerdo medial e esquerdo lateral, que foram ligados na base e ressecados em bloco. Os animais foram sacrificados logo após a hepatectomia e no 1º,2º,3º,4º, e 7º dias após a cirurgia. O peso corpóreo e do fígado foram determinados, e o parênquima hepático submetido à análise histológica. RESULTADOS: Os índices de mortalidade dos animais recém-nascidos e recém-desmamados foram 30% e 0% respectivamente. Em ambos os grupos, houve uma diminuição significativa na massa hepática logo após a hepatectomia, com recuperação completa no sétimo dia de pós-operatório. O parênquima hepático dos animais recém-nascidos apresentou acentuada esteatose no segundo dia. O fígado do animal recém-desmamado exibiu figuras mitóticas mais precoces e mais numerosas que o do recém-nascido. CONCLUSÕES: Os modelos de hepatectomia parcial em ratos recém-nascidos e recém-desmamados são factíveis e podem ser usados para estudos da regeneração hepática. Embora semelhante, o processo de regeneração hepática em animais em crescimento não é igual ao do animal adulto. OBJECTIVES: Liver regeneration is a complex process that has not been completely elucidated. The model most frequently used to study this phenomenon is 70% hepatectomy in adult rats; however, no papers have examined this effect in developing animals. The aims of the present study were: 1) to standardize two models of partial hepatectomy and liver regeneration in newborn suckling and weaning rats, and 2) to study the evolution of remnant liver weight and histological changes of hepatic parenchyma on the days that follow partial hepatectomy. METHODS: Fifty newborn and forty-four weaning rats underwent 70% hepatectomy. After a midline incision, compression on both sides of the upper abdomen was performed to exteriorize the right medial, left medial and left lateral hepatic lobes, which were tied inferiorly and resected en bloc. The animals were sacrificed on days 0 (just after hepatectomy), 1, 2, 3, 4 and 7 after the operation. Body and liver weight were determined, and hepatic parenchyma was submitted to histological analysis. RESULTS: Mortality rates of the newborn and weaning groups were 30% and 0%, respectively. There was a significant decrease in liver mass soon after partial hepatectomy, which completely recovered on the seventh day in both groups. Newborn rat regenerating liver showed marked steatosis on the second day. In the weaning rat liver, mitotic figures were observed earlier, and their amount was greater than in the newborn. CONCLUSIONS: Suckling and weaning rat models of partial hepatectomy are feasible and can be used for studies of liver regeneration. Although similar, the process of hepatic regeneration in developing animals is different from adults. Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo2007-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/1761810.1590/S1807-59322007000600016Clinics; Vol. 62 No. 6 (2007); 757-762 Clinics; v. 62 n. 6 (2007); 757-762 Clinics; Vol. 62 Núm. 6 (2007); 757-762 1980-53221807-5932reponame:Clinicsinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPenghttps://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17618/19682Tannuri, Ana Cristina AounTannuri, UenisCoelho, Maria CecíliaSantos, Neide Aparecida dosMello, Evandro Sobroza deinfo:eu-repo/semantics/openAccess2012-05-22T18:14:52Zoai:revistas.usp.br:article/17618Revistahttps://www.revistas.usp.br/clinicsPUBhttps://www.revistas.usp.br/clinics/oai||clinics@hc.fm.usp.br1980-53221807-5932opendoar:2012-05-22T18:14:52Clinics - Universidade de São Paulo (USP)false |
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