A qualidade de vida é muito comprometida em pacientes adultos com dermatite atópica no Brasil, especialmente devido a fatores emocionais
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Clinics |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17680 |
Resumo: | OBJETIVOS: Medir a qualidade de vida (QoL), por questionários tanto genéricos como dermatológicos específicos, em pacientes adultos brasileiros com dermatite atópica, procurando por grupos afetados selecionados. MÉTODOS: Nós estudamos a qualidade de vida em 75 pacientes brasileiros adultos em tratamento ambulatorial de dermatite atópica, usando dois tipos de questionários de auto-resposta, previamente padronizados: um questionário genérico de qualidade de vida de 36 questões (SF-36) e um questionário de 10 questões para determinação do índice dermatológico de qualidade de vida (DLQI). Todos os pacientes estavam em tratamento por pelo menos seis meses e o seu estágio de doença clinico definido quantitativamente pelo índice padronizado de gravidade e áreas de eczema (EASI). RESULTADOS: A QoL e o controle da doença estavam relacionados mas com baixa relação tanto avaliados pelo DLQI (r²=0.26) ou pelo SF-36 (r²=0.20), mas com maiores relações com os componentes emocionais do SF-36. Usando a distribuição do percentil 75% para o SF36 e os valores de 75% do escore de gravidade clínica EASI, os pacientes foram distribuídos em quatro grupos: I que referia boa QoL e doença atópica leve (14/75), II referindo má QoL e doença atópica leve (19/75), III referindo boa QoL apesar de doença atópica mais grave (5/75) e IV concordando uma má QoL referida e uma doença atópica mais grave (37/75); todos os grupos apresentavam mesma distribuição etária, educação e nível social, renda familiar e tempo de doença. Havia uma maior freqüência de mulheres no grupo II, mas sem distúrbios de sono ou prurido intenso, fatores presentes intensamente no grupo IV. Dissecando os componentes físicos e emocionais do SF36, os grupos discrepantes II e II apresentavam maior diferença relativa aos componentes emocionais do teste, que também estavam relacionados aos valores do teste DLQI, o qual apresentava uma distribuição similar entre os grupos e maior relação aos componentes emocionais do teste genérico. CONCLUSÕES: A qualidade de vida é afetada em pacientes adultos com dermatite atópica, relacionada tanto com a gravidade da doença clinica como com os componentes emocionais, que são diferentes em subgrupos de pacientes. Estes dados mostram componentes que podem mascarar o exato impacto da severidade da doença sobre a qualidade de vida destes pacientes. |
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A qualidade de vida é muito comprometida em pacientes adultos com dermatite atópica no Brasil, especialmente devido a fatores emocionais Quality of life is severely compromised in adult patients with atopic dermatitis in Brazil, especially due to mental components Atopic dermatitisQuality of lifeQuality of life questionnaireDermatologyQuality questionnaire OBJETIVOS: Medir a qualidade de vida (QoL), por questionários tanto genéricos como dermatológicos específicos, em pacientes adultos brasileiros com dermatite atópica, procurando por grupos afetados selecionados. MÉTODOS: Nós estudamos a qualidade de vida em 75 pacientes brasileiros adultos em tratamento ambulatorial de dermatite atópica, usando dois tipos de questionários de auto-resposta, previamente padronizados: um questionário genérico de qualidade de vida de 36 questões (SF-36) e um questionário de 10 questões para determinação do índice dermatológico de qualidade de vida (DLQI). Todos os pacientes estavam em tratamento por pelo menos seis meses e o seu estágio de doença clinico definido quantitativamente pelo índice padronizado de gravidade e áreas de eczema (EASI). RESULTADOS: A QoL e o controle da doença estavam relacionados mas com baixa relação tanto avaliados pelo DLQI (r²=0.26) ou pelo SF-36 (r²=0.20), mas com maiores relações com os componentes emocionais do SF-36. Usando a distribuição do percentil 75% para o SF36 e os valores de 75% do escore de gravidade clínica EASI, os pacientes foram distribuídos em quatro grupos: I que referia boa QoL e doença atópica leve (14/75), II referindo má QoL e doença atópica leve (19/75), III referindo boa QoL apesar de doença atópica mais grave (5/75) e IV concordando uma má QoL referida e uma doença atópica mais grave (37/75); todos os grupos apresentavam mesma distribuição etária, educação e nível social, renda familiar e tempo de doença. Havia uma maior freqüência de mulheres no grupo II, mas sem distúrbios de sono ou prurido intenso, fatores presentes intensamente no grupo IV. Dissecando os componentes físicos e emocionais do SF36, os grupos discrepantes II e II apresentavam maior diferença relativa aos componentes emocionais do teste, que também estavam relacionados aos valores do teste DLQI, o qual apresentava uma distribuição similar entre os grupos e maior relação aos componentes emocionais do teste genérico. CONCLUSÕES: A qualidade de vida é afetada em pacientes adultos com dermatite atópica, relacionada tanto com a gravidade da doença clinica como com os componentes emocionais, que são diferentes em subgrupos de pacientes. Estes dados mostram componentes que podem mascarar o exato impacto da severidade da doença sobre a qualidade de vida destes pacientes. PURPOSE: to measure the quality of life (QoL), either by a specific dermatology or generic self applied questionnaire, in Atopic dermatitis adult Brazilian patients, looking for selected affected groups. METHODS: We studied the quality of life of 75 Brazilian ambulatory adults with atopic dermatitis using two types of self-answered instruments: a quality of life generic questionnaire (SF-36) and a 10-item Dermatology Life Quality Index (DLQI) questionnaire. All patients had been treated for at least 6 months, and their disease status was determined by Eczema Area and Severity Index scores. RESULTS: Quality of life and disease control were found to be related but with low scores both in DLQI (r²=0.26) and in SF-36 (r²=0.20), but with greater correlation for SF-36 mental components. Using the 75% percentile distribution of SF36 mean score and the 75% value of disease severity score, we sorted patients into four groups: I, referring good QoL and mild atopic disease (14/75), II, referring bad QoL and with mild atopic disease (19/75), III referring good QoL despite severe atopic disease (5/75) and IV referring bad QoL and severe atopic disease (37/75); all groups presented similar age, education, family income and time of disease progression. There was a higher frequency of women in group II, but without sleep disturbance or increased pruritus, which was present in group IV, with intense itching and sleep disturbances. Analyzing the physical or mental components of the SF36 generic test, discrepant groups II and III presented higher differences related to the mental components of the test, which was also related to DLQI scores, with a similar distribution for the 2 groups and a higher relation to the mental component of the generic test. CONCLUSION: The quality of life is affected in adult atopic patients, both related to disease severity and also to mental components, but with diverse effects in patient subgroups. Our data show some components that may mask the exact relationship between QoL results and disease severity. Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo2007-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/1768010.1590/S1807-59322007000300006Clinics; Vol. 62 No. 3 (2007); 235-242 Clinics; v. 62 n. 3 (2007); 235-242 Clinics; Vol. 62 Núm. 3 (2007); 235-242 1980-53221807-5932reponame:Clinicsinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPenghttps://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17680/19744Coghi, SilvanaBortoletto, Maria CeciliaSampaio, S.A.P.Andrade Junior, Heitor Franco deAoki, Valeriainfo:eu-repo/semantics/openAccess2012-05-22T18:18:26Zoai:revistas.usp.br:article/17680Revistahttps://www.revistas.usp.br/clinicsPUBhttps://www.revistas.usp.br/clinics/oai||clinics@hc.fm.usp.br1980-53221807-5932opendoar:2012-05-22T18:18:26Clinics - Universidade de São Paulo (USP)false |
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