Fatores prognósticos nas fraturas patológicas por tumores metastáticos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Narazaki, Douglas Kenji
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Alverga Neto, Carlos Coelho de, Baptista, André Mathias, Camargo, Marcelo Tadeu Caiero Olavo Pires de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Clinics
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17555
Resumo: OBJETIVO: As fraturas patológicas por metástase óssea determinam uma queda abrupta na qualidade de vida dos pacientes com neoplasias malignas e também aumentam sua mortalidade. Os avanços ortopédicos de osteossíntese e endopróteses têm beneficiado a prevenção e tratamento dessas fraturas. O objetivo de nosso estudo é determinar quais são os fatores prognósticos dessas fraturas patológicas tratadas no nosso serviço. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Foram estudados 112 pacientes tratados com fraturas patológicas secundárias a tumores metastáticos entre abril de 1994 e dezembro de 2004, no nosso serviço. Os pacientes foram analisados quanto ao sexo, idade, local de metástase óssea, metástases viscerais, origem do tumor primário, tipo de tratamento, hemoglobina sérica e sobrevida. RESULTADOS: O local mais acometido foi o fêmur (44%), o tumor primário mais freqüente foi o câncer de mama (25%), o tratamento cirúrgico mais realizado foi a endoprótese não convencional (66%). As variáveis sexo, idade, tumor primário, local acometido, mestástase não-óssea e tratamento clínico versus cirúrgico não são bons preditores para sobrevida. Os pacientes operados com endoprótese (21,6 meses) apresentaram pior prognóstico que os pacientes submetidos à osteossíntese (47,8 meses). DISCUSSÃO E CONCLUSÃO: Os pacientes submetidos à osteossíntese, com uma técnica cirúrgica menos mórbida e de reabilitação mais precoce, apresentaram maior sobrevida em relação aos pacientes submetidos à endopróteses. Observamos que nossa casuística é semelhante à internacional, na qual aparece como tumor primário mais freqüente o de mama, os de origem indeterminada, próstata e pulmão.
id USP-19_c1be2f4bb6aaeb45a95edf629a35a185
oai_identifier_str oai:revistas.usp.br:article/17555
network_acronym_str USP-19
network_name_str Clinics
repository_id_str
spelling Fatores prognósticos nas fraturas patológicas por tumores metastáticos Prognostic factors in pathologic fractures secondary to metastatic tumors Pathological fracturesNeoplasiaMetastasisPrognosisSurgery OBJETIVO: As fraturas patológicas por metástase óssea determinam uma queda abrupta na qualidade de vida dos pacientes com neoplasias malignas e também aumentam sua mortalidade. Os avanços ortopédicos de osteossíntese e endopróteses têm beneficiado a prevenção e tratamento dessas fraturas. O objetivo de nosso estudo é determinar quais são os fatores prognósticos dessas fraturas patológicas tratadas no nosso serviço. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Foram estudados 112 pacientes tratados com fraturas patológicas secundárias a tumores metastáticos entre abril de 1994 e dezembro de 2004, no nosso serviço. Os pacientes foram analisados quanto ao sexo, idade, local de metástase óssea, metástases viscerais, origem do tumor primário, tipo de tratamento, hemoglobina sérica e sobrevida. RESULTADOS: O local mais acometido foi o fêmur (44%), o tumor primário mais freqüente foi o câncer de mama (25%), o tratamento cirúrgico mais realizado foi a endoprótese não convencional (66%). As variáveis sexo, idade, tumor primário, local acometido, mestástase não-óssea e tratamento clínico versus cirúrgico não são bons preditores para sobrevida. Os pacientes operados com endoprótese (21,6 meses) apresentaram pior prognóstico que os pacientes submetidos à osteossíntese (47,8 meses). DISCUSSÃO E CONCLUSÃO: Os pacientes submetidos à osteossíntese, com uma técnica cirúrgica menos mórbida e de reabilitação mais precoce, apresentaram maior sobrevida em relação aos pacientes submetidos à endopróteses. Observamos que nossa casuística é semelhante à internacional, na qual aparece como tumor primário mais freqüente o de mama, os de origem indeterminada, próstata e pulmão. OBJECTIVE: Pathological fractures caused by metastases sharply decrease the quality of life and increase mortality rates for patients with malignant neoplasias. Orthopedic advances in osteosynthesis and endoprosthesis have been beneficial in the prevention and treatment of such fractures. The objective of our study was to determine which prognostic factors for pathologic fractures treated in our Service were significant. METHOD: This was a retrospective study enrolling 112 patients treated for pathologic fractures secondary to metastatic tumors between April 1994 and December 2004 in our Service. Patients were analyzed according to sex, age, bone metastasis site, visceral metastases, origin of primary tumor, treatment type, serum hemoglobin, and survival. RESULTS: The most affected site was the femur (44%), the most frequent primary tumor was breast cancer (25%); the most frequently employed surgical treatment was unconventional endoprosthesis (66%). Sex, age, primary tumor, site affected, non-bone metastasis, and clinical versus surgical treatment variables were not good predictors for survival. The only significant predictor was the type of surgery employed. Patients who received an endoprosthesis presented a worse prognosis (21.6 months) than patients undergoing osteosynthesis (47.8 months). CONCLUSION: Patients undergoing osteosynthesis, with a less morbid surgical technique and earlier rehabilitation, had longer survival times than patients who received endoprostheses. Our case series is similar to international ones, where the most frequent primary tumor is breast tumor, followed by tumors of undetermined origin, prostate, and lung tumors. Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo2006-08-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/1755510.1590/S1807-59322006000400007Clinics; Vol. 61 No. 4 (2006); 313-320 Clinics; v. 61 n. 4 (2006); 313-320 Clinics; Vol. 61 Núm. 4 (2006); 313-320 1980-53221807-5932reponame:Clinicsinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPenghttps://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17555/19616Narazaki, Douglas KenjiAlverga Neto, Carlos Coelho deBaptista, André MathiasCamargo, Marcelo Tadeu Caiero Olavo Pires deinfo:eu-repo/semantics/openAccess2012-05-22T18:07:51Zoai:revistas.usp.br:article/17555Revistahttps://www.revistas.usp.br/clinicsPUBhttps://www.revistas.usp.br/clinics/oai||clinics@hc.fm.usp.br1980-53221807-5932opendoar:2012-05-22T18:07:51Clinics - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Fatores prognósticos nas fraturas patológicas por tumores metastáticos
Prognostic factors in pathologic fractures secondary to metastatic tumors
title Fatores prognósticos nas fraturas patológicas por tumores metastáticos
spellingShingle Fatores prognósticos nas fraturas patológicas por tumores metastáticos
Narazaki, Douglas Kenji
Pathological fractures
Neoplasia
Metastasis
Prognosis
Surgery
title_short Fatores prognósticos nas fraturas patológicas por tumores metastáticos
title_full Fatores prognósticos nas fraturas patológicas por tumores metastáticos
title_fullStr Fatores prognósticos nas fraturas patológicas por tumores metastáticos
title_full_unstemmed Fatores prognósticos nas fraturas patológicas por tumores metastáticos
title_sort Fatores prognósticos nas fraturas patológicas por tumores metastáticos
author Narazaki, Douglas Kenji
author_facet Narazaki, Douglas Kenji
Alverga Neto, Carlos Coelho de
Baptista, André Mathias
Camargo, Marcelo Tadeu Caiero Olavo Pires de
author_role author
author2 Alverga Neto, Carlos Coelho de
Baptista, André Mathias
Camargo, Marcelo Tadeu Caiero Olavo Pires de
author2_role author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Narazaki, Douglas Kenji
Alverga Neto, Carlos Coelho de
Baptista, André Mathias
Camargo, Marcelo Tadeu Caiero Olavo Pires de
dc.subject.por.fl_str_mv Pathological fractures
Neoplasia
Metastasis
Prognosis
Surgery
topic Pathological fractures
Neoplasia
Metastasis
Prognosis
Surgery
description OBJETIVO: As fraturas patológicas por metástase óssea determinam uma queda abrupta na qualidade de vida dos pacientes com neoplasias malignas e também aumentam sua mortalidade. Os avanços ortopédicos de osteossíntese e endopróteses têm beneficiado a prevenção e tratamento dessas fraturas. O objetivo de nosso estudo é determinar quais são os fatores prognósticos dessas fraturas patológicas tratadas no nosso serviço. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Foram estudados 112 pacientes tratados com fraturas patológicas secundárias a tumores metastáticos entre abril de 1994 e dezembro de 2004, no nosso serviço. Os pacientes foram analisados quanto ao sexo, idade, local de metástase óssea, metástases viscerais, origem do tumor primário, tipo de tratamento, hemoglobina sérica e sobrevida. RESULTADOS: O local mais acometido foi o fêmur (44%), o tumor primário mais freqüente foi o câncer de mama (25%), o tratamento cirúrgico mais realizado foi a endoprótese não convencional (66%). As variáveis sexo, idade, tumor primário, local acometido, mestástase não-óssea e tratamento clínico versus cirúrgico não são bons preditores para sobrevida. Os pacientes operados com endoprótese (21,6 meses) apresentaram pior prognóstico que os pacientes submetidos à osteossíntese (47,8 meses). DISCUSSÃO E CONCLUSÃO: Os pacientes submetidos à osteossíntese, com uma técnica cirúrgica menos mórbida e de reabilitação mais precoce, apresentaram maior sobrevida em relação aos pacientes submetidos à endopróteses. Observamos que nossa casuística é semelhante à internacional, na qual aparece como tumor primário mais freqüente o de mama, os de origem indeterminada, próstata e pulmão.
publishDate 2006
dc.date.none.fl_str_mv 2006-08-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17555
10.1590/S1807-59322006000400007
url https://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17555
identifier_str_mv 10.1590/S1807-59322006000400007
dc.language.iso.fl_str_mv eng
language eng
dc.relation.none.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17555/19616
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo
publisher.none.fl_str_mv Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo
dc.source.none.fl_str_mv Clinics; Vol. 61 No. 4 (2006); 313-320
Clinics; v. 61 n. 4 (2006); 313-320
Clinics; Vol. 61 Núm. 4 (2006); 313-320
1980-5322
1807-5932
reponame:Clinics
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Clinics
collection Clinics
repository.name.fl_str_mv Clinics - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv ||clinics@hc.fm.usp.br
_version_ 1800222752372686848