Tratamento cirúrgico do linfedema peno-escrotal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Outros Autores: | , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Clinics |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17551 |
Resumo: | INTRODUÇÃO: O linfedema peno-escrotal, independentemente da etiologia, é determinado pela redução do fluxo linfático com conseqüente aumento do volume do escroto e pênis. A evolução clínica da doença é caracterizada com extremo desconforto ao paciente, limitando a higiene local, a deambulação, o intercurso sexual e a micção em posição ortostática. OBJETIVO: Apresentar a experiência e resultados no tratamento da patologia com remoção dos tecidos comprometidos e correção peno-escrotal. MÉTODO: Foram tratados 17 pacientes com linfedema do escroto e pênis com a técnica de Charles modificada, que consiste na excisão da pele comprometida seguida de escrotoplastia e sutura mediana simulando a rafe escrotal. O pênis é recoberto com enxerto de pele parcial suturado em linha quebrada na face ventral. RESULTADOS: No seguimento dos pacientes, que variou entre 6 meses e 6 anos, constatou-se regressão dos sintomas e melhora das condições clínicas prévias. Um paciente submetido à linfadenectomia com radioterapia por câncer de pênis teve recidiva do linfedema escrotal. CONCLUSÃO: A técnica de Charles modificada no tratamento do linfedema peno-escrotal é facilmente reprodutível e possibilita com seus resultados melhor higiene local, melhor movimentação, micção em posição ortostática, retomada do intercurso sexual e, finalmente, melhor aparência à região comprometida com franca melhora da qualidade de vida. |
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Tratamento cirúrgico do linfedema peno-escrotal Surgical treatment of lymphedema of the penis and scrotum ElephantiasisLymphedemaPenoscrotalLymphangiectomySurgical treatment INTRODUÇÃO: O linfedema peno-escrotal, independentemente da etiologia, é determinado pela redução do fluxo linfático com conseqüente aumento do volume do escroto e pênis. A evolução clínica da doença é caracterizada com extremo desconforto ao paciente, limitando a higiene local, a deambulação, o intercurso sexual e a micção em posição ortostática. OBJETIVO: Apresentar a experiência e resultados no tratamento da patologia com remoção dos tecidos comprometidos e correção peno-escrotal. MÉTODO: Foram tratados 17 pacientes com linfedema do escroto e pênis com a técnica de Charles modificada, que consiste na excisão da pele comprometida seguida de escrotoplastia e sutura mediana simulando a rafe escrotal. O pênis é recoberto com enxerto de pele parcial suturado em linha quebrada na face ventral. RESULTADOS: No seguimento dos pacientes, que variou entre 6 meses e 6 anos, constatou-se regressão dos sintomas e melhora das condições clínicas prévias. Um paciente submetido à linfadenectomia com radioterapia por câncer de pênis teve recidiva do linfedema escrotal. CONCLUSÃO: A técnica de Charles modificada no tratamento do linfedema peno-escrotal é facilmente reprodutível e possibilita com seus resultados melhor higiene local, melhor movimentação, micção em posição ortostática, retomada do intercurso sexual e, finalmente, melhor aparência à região comprometida com franca melhora da qualidade de vida. PURPOSE: Lymphedema of the penis and scrotum, regardless of its etiology, is determined by reduced lymphatic flow with subsequent enlargement of the penis and scrotum. The clinical course of this condition is characterized by extreme discomfort for patients, with limitation of local hygiene, ambulation, sexual intercourse, and voiding in the standing position. The purpose of the present study is to present the experience and results of the treatment of lymphedema of the penis and scrotum by removing affected tissues and correcting the penoscrotal region. MATERIALS AND METHODS: Seventeen patients with lymphedema of the penis and scrotum were treated with a modified Charles procedure, which consists of the excision of the affected skin followed by scrotoplasty and midline suture simulating the scrotal raphe. The penis is covered with a split-thickness skin graft by means of a zigzag suture on its ventral surface. RESULTS: Regression of symptoms and improvement of previous clinical conditions were verified in the follow-up which ranged from 6 months to 6 years. One patient who had undergone lymphadenectomy with radiation therapy due to penile cancer had recurrent scrotum lymphedema. CONCLUSIONS: The modified Charles procedure for the treatment of penoscrotal lymphedema is easily reproducible and allows better local hygiene, easier ambulation, voiding in the standing position, resuming sexual intercourse, and finally, better cosmetic results in the affected area with remarkable improvement in quality of life. Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo2006-08-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/1755110.1590/S1807-59322006000400003Clinics; Vol. 61 No. 4 (2006); 289-294 Clinics; v. 61 n. 4 (2006); 289-294 Clinics; Vol. 61 Núm. 4 (2006); 289-294 1980-53221807-5932reponame:Clinicsinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPenghttps://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17551/19612Modolin, MiguelMitre, Anuar IbrahimSilva, José Carlos Faes daCintra, WilsonQuagliano, Ana PaulaArap, SamiFerreira, Marcus Castroinfo:eu-repo/semantics/openAccess2012-05-22T18:07:38Zoai:revistas.usp.br:article/17551Revistahttps://www.revistas.usp.br/clinicsPUBhttps://www.revistas.usp.br/clinics/oai||clinics@hc.fm.usp.br1980-53221807-5932opendoar:2012-05-22T18:07:38Clinics - Universidade de São Paulo (USP)false |
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