Anatomia da artéria pudenda superficial externa: estudo quantitativo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: La Falce, Osvaldir Lanzoni
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Ambrosio, João Dias, Souza, Romeu Rodrigues de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Clinics
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17576
Resumo: A importância do conhecimento da anatomia da artéria pudenda superficial externa está bem estabelecida e um conhecimento adequado de sua anatomia é desejável para a criação bem sucedida de flaps. Entretanto, são escassos os trabalhos morfométricos sobre esta artéria. OBJETIVO. No presente estudo, foi feita uma análise quantitativa da artéria pudenda superficial externa, como base para enxertos de pele. MÉTODO. Foram dissecadas 25 regiões inguinais direitas e 25 esquerdas de cadáveres do sexo masculino. Após rebater a pele da região inguinal, os vasos femorais, a junção safeno-femoral e a artéria pudenda superficial externa foram expostas. Os seguintes aspectos foram então analisados: 1. Presença da artéria pudenda superficial externa; 2. Local de origem da artéria pudenda superficial externa ou do tronco comum; 3. Duplicação da artéria pudenda superficial externa; 4. Distância da artéria pudenda superficial externa ou do tronco comum ao ligamento inguinal; 5. Diâmetro da artéria pudenda superficial externa. RESULTADOS. Os resultados mostraram que: 1. A artéria pudenda superficial externa foi encontrada em 46 dos 50 lados dissecados (92%); 2. A artéria teve origem na artéria femoral em 45 casos; em um único caso teve origem na artéria femoral profunda; 3. A artéria foi encontrada duplicada, em 21 casos (46%), formando um tronco comum, que depois se bifurcava, em 11 casos (24%) e como uma artéria única 14 vezes (30%); 4. A distância da artéria ao ligamento inguinal variou de 0,8 cm a 8,5 cm; quando sob a forma de tronco comum, esta distância variou de 3,5 cm a 6,7 cm; 5. O diâmetro da artéria pudenda superficial externa variou de 1,36 mm a 5,15 mm. CONCLUSÕES. Os resultados mostram que a artéria pudenda superficial externa origina-se, na grande maioria dos casos, da artéria femoral. Foi encontrada como um tronco comum, duplicada ou como uma artéria única. O diâmetro da artéria mostrou grande variabilidade assim como a distância da artéria ao ligamento inguinal. A maioria dos dados não mostrou diferença significante entre os lados direito e esquerdo.
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Local de origem da artéria pudenda superficial externa ou do tronco comum; 3. Duplicação da artéria pudenda superficial externa; 4. Distância da artéria pudenda superficial externa ou do tronco comum ao ligamento inguinal; 5. Diâmetro da artéria pudenda superficial externa. RESULTADOS. Os resultados mostraram que: 1. A artéria pudenda superficial externa foi encontrada em 46 dos 50 lados dissecados (92%); 2. A artéria teve origem na artéria femoral em 45 casos; em um único caso teve origem na artéria femoral profunda; 3. A artéria foi encontrada duplicada, em 21 casos (46%), formando um tronco comum, que depois se bifurcava, em 11 casos (24%) e como uma artéria única 14 vezes (30%); 4. A distância da artéria ao ligamento inguinal variou de 0,8 cm a 8,5 cm; quando sob a forma de tronco comum, esta distância variou de 3,5 cm a 6,7 cm; 5. O diâmetro da artéria pudenda superficial externa variou de 1,36 mm a 5,15 mm. CONCLUSÕES. Os resultados mostram que a artéria pudenda superficial externa origina-se, na grande maioria dos casos, da artéria femoral. Foi encontrada como um tronco comum, duplicada ou como uma artéria única. O diâmetro da artéria mostrou grande variabilidade assim como a distância da artéria ao ligamento inguinal. A maioria dos dados não mostrou diferença significante entre os lados direito e esquerdo. The importance of the superficial external pudendal artery in cases of lower limb obstructive arteriopathies has been established, and a perfect knowledge of its anatomy is desirable for the creation of successful flaps involving it. However, little information is available on the morphometry of this artery. PURPOSE: In this study, we conducted a quantitative investigation of the superficial external pudendal artery as the basis for skin grafts. METHOD: Twenty-five right and left sides of the inguinal region of male cadavers were dissected. After retracting the skin at the inguinal region, the femoral vessels and the sapheno-femoral junction were exposed. The following aspects were then analyzed: 1) the presence of the superficial external pudendal artery, 2) the place of origin of the superficial external pudendal artery and the common trunk, 3) the duplication of the superficial external pudendal artery, 4) the distance from the superficial external pudendal artery or the common trunk to the inguinal ligament, and 5) the diameter of the superficial external pudendal artery. RESULTS: The results were the following: 1) superficial external pudendal arteries were found in 46 of 50 sides (92%); 2) they originated from the femoral artery in 45 cases and from the deep femoral artery in only 1 case; 3) the arteries were found duplicated in 21 cases (46%), as a common trunk in 11 cases (24%), and as a single artery in 14 cases (30%); 4) the distance from the superficial external pudendal artery to the inguinal ligament ranged from 0.8 cm to 8.5 cm; from the common trunk, it ranged from 3.5 cm to 6.7 cm; 5) the diameter of the superficial external pudendal artery ranged from 1.2 mm to 3.8 mm; and 6) the diameter of the common trunk ranged from 1.35 mm to 5.15 mm. CONCLUSION: The results show that the superficial external pudendal artery generally originates from the femoral artery. It was found as a common trunk, duplicated, or as a single artery. There was a great variability in both the diameter of the artery and the distance from the artery to the inguinal ligament. Most of the data showed no significant differences between the right and the left sides. Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo2006-10-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/1757610.1590/S1807-59322006000500011Clinics; Vol. 61 No. 5 (2006); 441-444 Clinics; v. 61 n. 5 (2006); 441-444 Clinics; Vol. 61 Núm. 5 (2006); 441-444 1980-53221807-5932reponame:Clinicsinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPenghttps://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17576/19639La Falce, Osvaldir LanzoniAmbrosio, João DiasSouza, Romeu Rodrigues deinfo:eu-repo/semantics/openAccess2012-05-22T18:08:57Zoai:revistas.usp.br:article/17576Revistahttps://www.revistas.usp.br/clinicsPUBhttps://www.revistas.usp.br/clinics/oai||clinics@hc.fm.usp.br1980-53221807-5932opendoar:2012-05-22T18:08:57Clinics - Universidade de São Paulo (USP)false
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