Correção de fistula reto-uretral pela técnica de York-Mason

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Crippa, Alexandre
Data de Publicação: 2007
Outros Autores: Dall'Oglio, Marcos F., Nesrallah, Luciano J, Hasegawa, Endric, Antunes, Alberto Azoubel, Srougi, Miguel
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Clinics
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17609
Resumo: OBJETIVO: As fístulas reto-uretrais são de acesso difícil e por vezes complexo, sendo seu fechamento espontâneo raro. Com o diagnóstico precoce e aumento do número de intervenções, principalmente a cirurgia por adenocarcinoma da próstata localizado, sua incidência apesar de rara vem crescendo. Nós demonstramos a nossa experiência dos casos de fístulas reto-uretrais entre 2000 a 2006 com uma serie de oito pacientes, sendo que sete realizaram correção da fístula pela Técnica de York Mason modificada. MATERIAL E MÉTODO: Nos retrospectivamente analisamos os prontuários de todos os casos de fístulas reto-uretrais tratados no nosso serviço no período de 2000 a 2006. Sete de oito pacientes realizaram reparo da fístula através do procedimento de York Mason modificado. RESULTADOS: Cinco pacientes tiveram a fístula como conseqüência da Prostatectomia Radical Retropúbica, sendo os outros três após debridamento devido a Fasceíte de Fournier, Prostatectomia Transvesical e Ressecção Transuretral da Próstata. A fecalúria foi o quadro clínico prevalente em 87,5% dos casos, o tempo médio entre o diagnóstico e a correção da fístula foi de 29,6 (7-63 meses) ocorreu um fechamento espontâneo após cinco meses de sondagem vesical de demora, a Uretrocistografia Retrograda e Miccional demonstrou a localização da fístula em 71,4%. Nenhum paciente apresentou recidiva da fístula após correção pela técnica de York Mason modificada. A colostomia foi realizada em 50% dos casos e não ocorreram casos de incontinência fecal ou estenose anal. CONCLUÇÃO: Após identificação de fístula reto-uretral, não é necessário à realização de colostomia e cistostomia de rotina. Sua correção pela técnica descrita por York Mason modificada nos propicia fácil acesso a sua localização, diminui o tempo cirúrgico e de internação, com baixos índices de complicações e morbidade.
id USP-19_efd0b49c5a7ba352ee8e389eff395bf2
oai_identifier_str oai:revistas.usp.br:article/17609
network_acronym_str USP-19
network_name_str Clinics
repository_id_str
spelling Correção de fistula reto-uretral pela técnica de York-Mason The York-Mason technique for recto-urethral fistulas FistulaProstateUrological surgical proceduresDiagnostic surgical techniques OBJETIVO: As fístulas reto-uretrais são de acesso difícil e por vezes complexo, sendo seu fechamento espontâneo raro. Com o diagnóstico precoce e aumento do número de intervenções, principalmente a cirurgia por adenocarcinoma da próstata localizado, sua incidência apesar de rara vem crescendo. Nós demonstramos a nossa experiência dos casos de fístulas reto-uretrais entre 2000 a 2006 com uma serie de oito pacientes, sendo que sete realizaram correção da fístula pela Técnica de York Mason modificada. MATERIAL E MÉTODO: Nos retrospectivamente analisamos os prontuários de todos os casos de fístulas reto-uretrais tratados no nosso serviço no período de 2000 a 2006. Sete de oito pacientes realizaram reparo da fístula através do procedimento de York Mason modificado. RESULTADOS: Cinco pacientes tiveram a fístula como conseqüência da Prostatectomia Radical Retropúbica, sendo os outros três após debridamento devido a Fasceíte de Fournier, Prostatectomia Transvesical e Ressecção Transuretral da Próstata. A fecalúria foi o quadro clínico prevalente em 87,5% dos casos, o tempo médio entre o diagnóstico e a correção da fístula foi de 29,6 (7-63 meses) ocorreu um fechamento espontâneo após cinco meses de sondagem vesical de demora, a Uretrocistografia Retrograda e Miccional demonstrou a localização da fístula em 71,4%. Nenhum paciente apresentou recidiva da fístula após correção pela técnica de York Mason modificada. A colostomia foi realizada em 50% dos casos e não ocorreram casos de incontinência fecal ou estenose anal. CONCLUÇÃO: Após identificação de fístula reto-uretral, não é necessário à realização de colostomia e cistostomia de rotina. Sua correção pela técnica descrita por York Mason modificada nos propicia fácil acesso a sua localização, diminui o tempo cirúrgico e de internação, com baixos índices de complicações e morbidade. OBJECTIVE: Recto-urethral fistula formation following radical prostatectomy is an uncommon but potentially devastating event. There is no consensus in the literature regarding the treatment of these fistulas. We present here our experiences treating recto-urethral fistulas. MATERIAL AND METHODS: We analyzed 8 cases of rectourethral fistula treated at our institution in the last seven years. Seven of the patients underwent repair of the fistula using the modified York-Mason procedure. RESULTS: The causes of the fistula were radical retropubic prostatectomy in five patients, perineal debridement of Fournier's gangrene in one, transvesical prostatectomy in one and transurethral resection of the prostate in the other patient. The most common clinical manifestation was fecaluria, present in 87.5% of the cases. The mean time elapsed between diagnosis and correction of the fistula was 29.6 (7-63) months. One spontaneous closure occurred after five months of delayed catheterization. Urinary and retrograde urethrocystography indicated the site of the fistula in 71.4% of the cases. No patient presented recurrence of the fistula after its correction with the modified York-Mason procedure. CONCLUSION: The performance of routine colostomy and cystostomy is unnecessary. The technique described by York-Mason permits easy access, reduces surgical and hospitalization times and presents low complication and morbidity rates when surgically correcting recto-urethral fistulas. Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo2007-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/1760910.1590/S1807-59322007000600007Clinics; Vol. 62 No. 6 (2007); 699-704 Clinics; v. 62 n. 6 (2007); 699-704 Clinics; Vol. 62 Núm. 6 (2007); 699-704 1980-53221807-5932reponame:Clinicsinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPenghttps://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17609/19673Crippa, AlexandreDall'Oglio, Marcos F.Nesrallah, Luciano JHasegawa, EndricAntunes, Alberto AzoubelSrougi, Miguelinfo:eu-repo/semantics/openAccess2012-05-22T18:13:59Zoai:revistas.usp.br:article/17609Revistahttps://www.revistas.usp.br/clinicsPUBhttps://www.revistas.usp.br/clinics/oai||clinics@hc.fm.usp.br1980-53221807-5932opendoar:2012-05-22T18:13:59Clinics - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Correção de fistula reto-uretral pela técnica de York-Mason
The York-Mason technique for recto-urethral fistulas
title Correção de fistula reto-uretral pela técnica de York-Mason
spellingShingle Correção de fistula reto-uretral pela técnica de York-Mason
Crippa, Alexandre
Fistula
Prostate
Urological surgical procedures
Diagnostic surgical techniques
title_short Correção de fistula reto-uretral pela técnica de York-Mason
title_full Correção de fistula reto-uretral pela técnica de York-Mason
title_fullStr Correção de fistula reto-uretral pela técnica de York-Mason
title_full_unstemmed Correção de fistula reto-uretral pela técnica de York-Mason
title_sort Correção de fistula reto-uretral pela técnica de York-Mason
author Crippa, Alexandre
author_facet Crippa, Alexandre
Dall'Oglio, Marcos F.
Nesrallah, Luciano J
Hasegawa, Endric
Antunes, Alberto Azoubel
Srougi, Miguel
author_role author
author2 Dall'Oglio, Marcos F.
Nesrallah, Luciano J
Hasegawa, Endric
Antunes, Alberto Azoubel
Srougi, Miguel
author2_role author
author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Crippa, Alexandre
Dall'Oglio, Marcos F.
Nesrallah, Luciano J
Hasegawa, Endric
Antunes, Alberto Azoubel
Srougi, Miguel
dc.subject.por.fl_str_mv Fistula
Prostate
Urological surgical procedures
Diagnostic surgical techniques
topic Fistula
Prostate
Urological surgical procedures
Diagnostic surgical techniques
description OBJETIVO: As fístulas reto-uretrais são de acesso difícil e por vezes complexo, sendo seu fechamento espontâneo raro. Com o diagnóstico precoce e aumento do número de intervenções, principalmente a cirurgia por adenocarcinoma da próstata localizado, sua incidência apesar de rara vem crescendo. Nós demonstramos a nossa experiência dos casos de fístulas reto-uretrais entre 2000 a 2006 com uma serie de oito pacientes, sendo que sete realizaram correção da fístula pela Técnica de York Mason modificada. MATERIAL E MÉTODO: Nos retrospectivamente analisamos os prontuários de todos os casos de fístulas reto-uretrais tratados no nosso serviço no período de 2000 a 2006. Sete de oito pacientes realizaram reparo da fístula através do procedimento de York Mason modificado. RESULTADOS: Cinco pacientes tiveram a fístula como conseqüência da Prostatectomia Radical Retropúbica, sendo os outros três após debridamento devido a Fasceíte de Fournier, Prostatectomia Transvesical e Ressecção Transuretral da Próstata. A fecalúria foi o quadro clínico prevalente em 87,5% dos casos, o tempo médio entre o diagnóstico e a correção da fístula foi de 29,6 (7-63 meses) ocorreu um fechamento espontâneo após cinco meses de sondagem vesical de demora, a Uretrocistografia Retrograda e Miccional demonstrou a localização da fístula em 71,4%. Nenhum paciente apresentou recidiva da fístula após correção pela técnica de York Mason modificada. A colostomia foi realizada em 50% dos casos e não ocorreram casos de incontinência fecal ou estenose anal. CONCLUÇÃO: Após identificação de fístula reto-uretral, não é necessário à realização de colostomia e cistostomia de rotina. Sua correção pela técnica descrita por York Mason modificada nos propicia fácil acesso a sua localização, diminui o tempo cirúrgico e de internação, com baixos índices de complicações e morbidade.
publishDate 2007
dc.date.none.fl_str_mv 2007-01-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17609
10.1590/S1807-59322007000600007
url https://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17609
identifier_str_mv 10.1590/S1807-59322007000600007
dc.language.iso.fl_str_mv eng
language eng
dc.relation.none.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17609/19673
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo
publisher.none.fl_str_mv Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo
dc.source.none.fl_str_mv Clinics; Vol. 62 No. 6 (2007); 699-704
Clinics; v. 62 n. 6 (2007); 699-704
Clinics; Vol. 62 Núm. 6 (2007); 699-704
1980-5322
1807-5932
reponame:Clinics
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Clinics
collection Clinics
repository.name.fl_str_mv Clinics - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv ||clinics@hc.fm.usp.br
_version_ 1800222752848740352