Experiência em fístula artério-venosa para hemodiálise crônica em crianças: detalhes e refinamentos técnicos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Clinics |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17404 |
Resumo: | OBJETIVO: Relatar a experiência dos autores na execução de fístulas artério-venosas em crianças, com a utilização dos recursos da microcirurgia vascular, com especial ênfase aos detalhes de técnica cirúrgica. MÉTODOS: Os pacientes foram operados entre julho de 1997 e março de 2004. Foram utilizadas lupas cirúrgicas (aumento de 3,5 vezes). Após a dissecção da veia e da artéria, a anastomose veno-arterial foi realizada de forma término-lateral, com quatro suturas contínuas de fio 7/0 ou 8/0. RESULTADOS: Vinte e nove crianças foram operadas para a realização de 33 fístulas - 21 rádio-cefálicas, 6 bráquio-cefálicas, 4 bráquio-basílicas e 2 safeno-femorais. Obteve-se permeabilidade em 17/21 (80,9%) fístulas rádio-cefálicas, 5/6 (83,3%) bráquio-cefálicas, 3/4 (75,0%) bráquio-basílicas e 2/2 (100%) safeno-femorais. 2 pacientes apresentaram obstrução da fístula e da artéria radial e 2 outras fístulas rádio-cefálicas obstruíram-se entre a primeira e segunda semana de pós-operatório. Tardiamente, verificou-se que as fístulas safeno-femorais causaram edema do membro inferior correspondente e houve formação de aneurisma em uma fístula bráquio-cefálica. Quanto à permeabilidade, verificou-se que as fístulas bráquio-cefálicas e bráquio-basílicas apresentaram a mesma incidência de permeabilidade em comparação com as fístulas rádio-cefálicas (p>;0,05). CONCLUSÃO: A presente casuística demonstra que as fístulas artério-venosas persistem como um bom acesso vascular para hemodiálise em crianças. A utilização de microcirurgia e alguns detalhes técnicos aqui descritos permitem a obtenção de bons índices de permeabilidade das fístulas. |
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Experiência em fístula artério-venosa para hemodiálise crônica em crianças: detalhes e refinamentos técnicos Experience with arteriovenous fistulas for chronic hemodialysis in children: technical details and refinements Vascular accessArteriovenous fistulaHemodialysisVeins OBJETIVO: Relatar a experiência dos autores na execução de fístulas artério-venosas em crianças, com a utilização dos recursos da microcirurgia vascular, com especial ênfase aos detalhes de técnica cirúrgica. MÉTODOS: Os pacientes foram operados entre julho de 1997 e março de 2004. Foram utilizadas lupas cirúrgicas (aumento de 3,5 vezes). Após a dissecção da veia e da artéria, a anastomose veno-arterial foi realizada de forma término-lateral, com quatro suturas contínuas de fio 7/0 ou 8/0. RESULTADOS: Vinte e nove crianças foram operadas para a realização de 33 fístulas - 21 rádio-cefálicas, 6 bráquio-cefálicas, 4 bráquio-basílicas e 2 safeno-femorais. Obteve-se permeabilidade em 17/21 (80,9%) fístulas rádio-cefálicas, 5/6 (83,3%) bráquio-cefálicas, 3/4 (75,0%) bráquio-basílicas e 2/2 (100%) safeno-femorais. 2 pacientes apresentaram obstrução da fístula e da artéria radial e 2 outras fístulas rádio-cefálicas obstruíram-se entre a primeira e segunda semana de pós-operatório. Tardiamente, verificou-se que as fístulas safeno-femorais causaram edema do membro inferior correspondente e houve formação de aneurisma em uma fístula bráquio-cefálica. Quanto à permeabilidade, verificou-se que as fístulas bráquio-cefálicas e bráquio-basílicas apresentaram a mesma incidência de permeabilidade em comparação com as fístulas rádio-cefálicas (p>;0,05). CONCLUSÃO: A presente casuística demonstra que as fístulas artério-venosas persistem como um bom acesso vascular para hemodiálise em crianças. A utilização de microcirurgia e alguns detalhes técnicos aqui descritos permitem a obtenção de bons índices de permeabilidade das fístulas. PURPOSE: The aim of this paper is to report our experience in the creation of arteriovenous fistulas in children by using microsurgical vascular techniques, with emphasis on the details of the surgical technique. METHODS: The children underwent surgery from July 1997 to March 2004. Operating loupes (magnification: 3.5X) were used by the entire surgical team. After dissection and adequate mobilization, the vein was anastomosed to the artery in an end-to-lateral fashion by using 4 separate 7/0 or 8/0 prolene running sutures. RESULTS: Twenty nine children underwent 33 fistula creations - 21 radiocephalic, 6 brachiocephalic, 4 brachiobasilic, and 2 saphenofemoral. Primary patency was achieved in 17/21 (80.9%) of the radiocephalic fistulas, 5/6(83.3%) of the brachiocephalic, 3/4 (75.0%) of the brachiobasilic, and 2/2 (100%) of saphenofemoral. Two patients developed fistula occlusion and radial artery thrombosis, and in 2 others, radiocephalic fistulas became occluded in the first or second postoperative week. In the late postoperative period, the saphenofemoral fistulas were responsible for significant edema formation in the lower extremity; an aneurysm formed in a brachiocephalic fistula after a long period of utilization. As to the patency of the different sites of fistulas, the brachiocephalic and brachiobasilic fistulas had the same incidence of patency as the radiocephalic fistulas (P >;.05). CONCLUSIONS: This experience indicates that the arteriovenous fistulas are a satisfactory method for providing hemodialysis in children. The utilization of microsurgical techniques and some technical refinements herein described permit the attainment of high patency rates of the fistulas. Hospital das Clínicas, Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo2005-02-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/1740410.1590/S1807-59322005000100008Clinics; Vol. 60 No. 1 (2005); 37-40 Clinics; v. 60 n. 1 (2005); 37-40 Clinics; Vol. 60 Núm. 1 (2005); 37-40 1980-53221807-5932reponame:Clinicsinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPenghttps://www.revistas.usp.br/clinics/article/view/17404/19451Tannuri, UenisTannuri, Ana Cristina Aouninfo:eu-repo/semantics/openAccess2012-05-22T17:56:36Zoai:revistas.usp.br:article/17404Revistahttps://www.revistas.usp.br/clinicsPUBhttps://www.revistas.usp.br/clinics/oai||clinics@hc.fm.usp.br1980-53221807-5932opendoar:2012-05-22T17:56:36Clinics - Universidade de São Paulo (USP)false |
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