Sobre a inexistente relação entre política industrial e comércio exterior

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Pedro Cavalcanti
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Economia Aplicada
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/ecoa/article/view/893
Resumo: Ao contrário do que se encontra na literatura internacional, em nosso país a defesa da intervenção governamental para promoção da atividade industrial está, via de regra, associada à necessidade de melhoria de nossas contas externas. Este artigo discute possíveis elos entre política industrial e comércio exterior, centrando em argumentos comumente encontrados no debate de crescimento e de apoio à indústria no Brasil. Discutiremos a racionalidade destes argumentos, tanto do ponto de vista macroeconômico quanto microeconômico, e mostraremos que enquanto no primeiro caso há graves inconsistências lógicas e teóricas, no segundo, a evidência é amplamente desfavorável ou os argumentos em geral não se aplicam. Discutiremos também se experiências internacionais de crescimento rápido (e de expansão de comércio exterior) podem ser creditadas a políticas industriais e se estas podem ser facilmente reproduzidas no País. Nosso diagnóstico aqui também é pessimista.
id USP-21_12a8c957eff32a2ab017e9a8941fcaab
oai_identifier_str oai:revistas.usp.br:article/893
network_acronym_str USP-21
network_name_str Economia Aplicada
repository_id_str
spelling Sobre a inexistente relação entre política industrial e comércio exteriorpolítica industrialcomérciofalha de mercadoindustrial policyinternational trademarket failureAo contrário do que se encontra na literatura internacional, em nosso país a defesa da intervenção governamental para promoção da atividade industrial está, via de regra, associada à necessidade de melhoria de nossas contas externas. Este artigo discute possíveis elos entre política industrial e comércio exterior, centrando em argumentos comumente encontrados no debate de crescimento e de apoio à indústria no Brasil. Discutiremos a racionalidade destes argumentos, tanto do ponto de vista macroeconômico quanto microeconômico, e mostraremos que enquanto no primeiro caso há graves inconsistências lógicas e teóricas, no segundo, a evidência é amplamente desfavorável ou os argumentos em geral não se aplicam. Discutiremos também se experiências internacionais de crescimento rápido (e de expansão de comércio exterior) podem ser creditadas a políticas industriais e se estas podem ser facilmente reproduzidas no País. Nosso diagnóstico aqui também é pessimista.In contrast to the international literature, in Brazil, the defense of public intervention for the promotion of industrial activity is very often associated to the improvement of our external accounts. This article exa-mines possible links between trade policy and industrial policy. It discusses the rationality of macro and micro arguments and shows that, in the one hand, there is serious theoretical and logical flaws in the defense of industrial policy as a devise to increase trade surplus. On the other hand, from the micro standpoint, there is no firm evidence supporting this type of intervention and the theoretical arguments do not apply. The article also studies the international experience and argues that it is doubtful if the fast growth and the expansion of the flow of international trade observed in Korea, for instance, were caused by industrial policy.Universidade de São Paulo, FEA-RP/USP2005-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/ecoa/article/view/89310.1590/S1413-80502005000400001Economia Aplicada; Vol. 9 No. 4 (2005); 523-541Economia Aplicada; Vol. 9 Núm. 4 (2005); 523-541Economia Aplicada; v. 9 n. 4 (2005); 523-5411980-53301413-8050reponame:Economia Aplicadainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/ecoa/article/view/893/905Copyright (c) 2015 Economia Aplicadainfo:eu-repo/semantics/openAccessFerreira, Pedro Cavalcanti2012-04-24T15:05:52Zoai:revistas.usp.br:article/893Revistahttps://www.revistas.usp.br/ecoaPUBhttps://www.revistas.usp.br/ecoa/oai||revecap@usp.br1980-53301413-8050opendoar:2023-09-13T12:16:47.858187Economia Aplicada - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Sobre a inexistente relação entre política industrial e comércio exterior
title Sobre a inexistente relação entre política industrial e comércio exterior
spellingShingle Sobre a inexistente relação entre política industrial e comércio exterior
Ferreira, Pedro Cavalcanti
política industrial
comércio
falha de mercado
industrial policy
international trade
market failure
title_short Sobre a inexistente relação entre política industrial e comércio exterior
title_full Sobre a inexistente relação entre política industrial e comércio exterior
title_fullStr Sobre a inexistente relação entre política industrial e comércio exterior
title_full_unstemmed Sobre a inexistente relação entre política industrial e comércio exterior
title_sort Sobre a inexistente relação entre política industrial e comércio exterior
author Ferreira, Pedro Cavalcanti
author_facet Ferreira, Pedro Cavalcanti
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Ferreira, Pedro Cavalcanti
dc.subject.por.fl_str_mv política industrial
comércio
falha de mercado
industrial policy
international trade
market failure
topic política industrial
comércio
falha de mercado
industrial policy
international trade
market failure
description Ao contrário do que se encontra na literatura internacional, em nosso país a defesa da intervenção governamental para promoção da atividade industrial está, via de regra, associada à necessidade de melhoria de nossas contas externas. Este artigo discute possíveis elos entre política industrial e comércio exterior, centrando em argumentos comumente encontrados no debate de crescimento e de apoio à indústria no Brasil. Discutiremos a racionalidade destes argumentos, tanto do ponto de vista macroeconômico quanto microeconômico, e mostraremos que enquanto no primeiro caso há graves inconsistências lógicas e teóricas, no segundo, a evidência é amplamente desfavorável ou os argumentos em geral não se aplicam. Discutiremos também se experiências internacionais de crescimento rápido (e de expansão de comércio exterior) podem ser creditadas a políticas industriais e se estas podem ser facilmente reproduzidas no País. Nosso diagnóstico aqui também é pessimista.
publishDate 2005
dc.date.none.fl_str_mv 2005-12-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/ecoa/article/view/893
10.1590/S1413-80502005000400001
url https://www.revistas.usp.br/ecoa/article/view/893
identifier_str_mv 10.1590/S1413-80502005000400001
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/ecoa/article/view/893/905
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2015 Economia Aplicada
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2015 Economia Aplicada
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo, FEA-RP/USP
publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo, FEA-RP/USP
dc.source.none.fl_str_mv Economia Aplicada; Vol. 9 No. 4 (2005); 523-541
Economia Aplicada; Vol. 9 Núm. 4 (2005); 523-541
Economia Aplicada; v. 9 n. 4 (2005); 523-541
1980-5330
1413-8050
reponame:Economia Aplicada
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Economia Aplicada
collection Economia Aplicada
repository.name.fl_str_mv Economia Aplicada - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv ||revecap@usp.br
_version_ 1800221693987258368