Implicações das violências contra as mulheres sobre a não realização do exame citopatológico
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng por |
Título da fonte: | Revista de Saúde Pública |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/151816 |
Resumo: | OBJETIVO: Analisar a associação entre a violência por parceiro íntimo e a não realização do exame citopatológico nos últimos três anos. MÉTODOS: Estudo transversal, em 26 unidades de saúde do município de Vitória, ES, no período de março a setembro de 2014. A amostra foi constituída por 706 usuárias do serviço de atenção primária, com idade entre 30 e 59 anos. Foram coletados dados sobre o rastreamento do câncer de colo do útero, além da caracterização sociodemográfica, comportamental, obstétrica e ginecológica das mulheres por meio de entrevista e aplicado o instrumento recomendado pela Organização Mundial da Saúde para identificar a experiência de violência. A análise foi realizada por teste de associação do qui-quadrado, tendência linear para variáveis ordinais e análise de regressão de Poisson com variância robusta. RESULTADOS: Entre as participantes, 14% (IC95% 12,0–17,2) estavam com o exame de Papanicolaou em atraso. A maior prevalência de não realização do exame foi entre mulheres de menor escolaridade, em união consensual, menor renda, fumantes e com histórico de uso de drogas, coitarca antes dos 15 anos, três ou mais gestações e dois ou mais parceiros nos últimos 12 meses. Mulheres em situação de violência sexual e física cometida pelo parceiro íntimo apresentaram, respectivamente, 1,64 (IC95% 1,03–2,62) e 1,94 (IC95% 1,28–2,93) vezes mais prevalência de atraso no exame de Papanicolaou quando comparadas às não vítimas. CONCLUSÕES: A violência apresenta-se como um agravo importante e com impacto negativo na saúde da mulher. Mulheres vitimizadas, física ou sexualmente, por seus companheiros, estão mais vulneráveis a não realização do exame de Papanicolaou e, consequentemente, têm menos oportunidades de detecção precoce do câncer de colo do útero. |
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Implicações das violências contra as mulheres sobre a não realização do exame citopatológicoImplication of violence against women on not performing the cytopathologic testBattered WomenViolence Against WomenDomestic ViolenceIntimate Partner ViolenceUterine Cervical Neoplasms, prevention & controlPapanicolaou TestHealth Care Quality, Access, and EvaluationMulheres AgredidasViolência contra a MulherViolência por Parceiro ÍntimoViolência DomésticaNeoplasias do Colo do Útero, prevenção & controleTeste de PapanicolaouQualidade, Acesso e Avaliação da Assistência à SaúdeOBJETIVO: Analisar a associação entre a violência por parceiro íntimo e a não realização do exame citopatológico nos últimos três anos. MÉTODOS: Estudo transversal, em 26 unidades de saúde do município de Vitória, ES, no período de março a setembro de 2014. A amostra foi constituída por 706 usuárias do serviço de atenção primária, com idade entre 30 e 59 anos. Foram coletados dados sobre o rastreamento do câncer de colo do útero, além da caracterização sociodemográfica, comportamental, obstétrica e ginecológica das mulheres por meio de entrevista e aplicado o instrumento recomendado pela Organização Mundial da Saúde para identificar a experiência de violência. A análise foi realizada por teste de associação do qui-quadrado, tendência linear para variáveis ordinais e análise de regressão de Poisson com variância robusta. RESULTADOS: Entre as participantes, 14% (IC95% 12,0–17,2) estavam com o exame de Papanicolaou em atraso. A maior prevalência de não realização do exame foi entre mulheres de menor escolaridade, em união consensual, menor renda, fumantes e com histórico de uso de drogas, coitarca antes dos 15 anos, três ou mais gestações e dois ou mais parceiros nos últimos 12 meses. Mulheres em situação de violência sexual e física cometida pelo parceiro íntimo apresentaram, respectivamente, 1,64 (IC95% 1,03–2,62) e 1,94 (IC95% 1,28–2,93) vezes mais prevalência de atraso no exame de Papanicolaou quando comparadas às não vítimas. CONCLUSÕES: A violência apresenta-se como um agravo importante e com impacto negativo na saúde da mulher. Mulheres vitimizadas, física ou sexualmente, por seus companheiros, estão mais vulneráveis a não realização do exame de Papanicolaou e, consequentemente, têm menos oportunidades de detecção precoce do câncer de colo do útero.OBJECTIVE: To analyze the association between intimate partner violence and not performing the cytopathologic test in the last three years. METHODS: It is a transversal study, performed in 26 health units in the city of Vitória, state Espírito Santo, from march to September 2014. The sample was constituted by 106 primary care female users, aging from 30 to 59 years-old. Data on cervical cancer screening were collected, besides the women’s sociodemographic, behavior, obstetric, and gynecological characteristics by an interview, and the World Health Organization recommended tool for identifying violence experiences was applied. The analysis was performed through the chi-square test for association, linear trend for ordinal variables, and the Poisson regression analysis with robust variance. RESULTS: Among the participating women, 14% (95%CI 12.0–17.2) had overdue Pap tests. Most women who did not perform the test had lower schooling levels, lower income, were smokers, in an unmarried union, having had their sexual debut before 15 years-old, three or more pregnancies, and two or more partners in the last 12 months. Women who suffered intimate partner sexual and physical violence were, respectively, 1.64 (95%CI -1.03–2.62) and 1.94 (95%CI 1.28–2.93) times more delayed in the Pap tests than non-victims. CONCLUSIONS: Violence is a significant exacerbating factor and affects women’s health negatively. Women who are physically or sexually victimized by their partners are more vulnerable to not performing Pap tests and, consequently, have fewer chances of early diagnosing cervical cancer.Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2018-11-14info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfapplication/xmlhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/15181610.11606/S1518-8787.2018052000496Revista de Saúde Pública; Vol. 52 (2018); 89Revista de Saúde Pública; Vol. 52 (2018); 89Revista de Saúde Pública; v. 52 (2018); 891518-87870034-8910reponame:Revista de Saúde Públicainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPengporhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/151816/148748https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/151816/148749https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/151816/148750Copyright (c) 2018 Revista de Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessLeite, Franciele Marabotti CostaAmorim, Maria Helena CostaGigante, Denise Petrucci2018-12-05T12:42:34Zoai:revistas.usp.br:article/151816Revistahttps://www.revistas.usp.br/rsp/indexONGhttps://www.revistas.usp.br/rsp/oairevsp@org.usp.br||revsp1@usp.br1518-87870034-8910opendoar:2018-12-05T12:42:34Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP)false |
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