AIDS in men in the city of São Paulo, 1980–2012: spatial and space-time analysis

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pellini, Alessandra Cristina Guedes
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Chiaravalloti-Neto, Francisco, Zanetta, Dirce Maria Trevisan
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
eng
Título da fonte: Revista de Saúde Pública
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/179918
Resumo: OBJETIVOS: Identificar aglomerados espaciais e espaço-temporais de altas taxas de incidência de aids em homens residentes no município de São Paulo desde o primeiro caso da doença em 1980. MÉTODOS: As notificações de HIV/aids foram obtidas do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (57.440 homens) entre janeiro de 1980 e junho de 2012. Os casos foram geocodificados por endereço de residência; em seguida, análises de varredura puramente espacial, espaçotemporal e de variação espacial nas tendências temporais foram realizadas para três conjuntos de dados: total de casos de aids em homens com 13 anos de idade ou mais, homens com 50 anos ou mais e óbitos por aids. RESULTADOS: Foi possível geocodificar uma expressiva proporção de casos de aids (93,7%). Na análise de varredura puramente espacial, considerando-se todo o período avaliado, a epidemia de aids nos homens apresentou importante concentração espacial no Centro e em áreas contíguas das regiões Norte, Sudeste e Oeste do município, independentemente da faixa etária e da evolução para o óbito (riscos relativos entre 1,22 e 5,90). Levando-se em conta simultaneamente o espaço e o tempo, diversos aglomerados foram encontrados, espalhados por todas as regiões do município (riscos relativos entre 1,44 e 8,61). Na análise da variação espacial nas tendências temporais, os aglomerados nas regiões mais periféricas apresentaram maior incremento percentual anual das taxas da doença (de até 7,58%), denotando a tendência de “periferização” da epidemia nos homens na cidade de São Paulo. CONCLUSÕES: Este estudo permitiu a detecção de aglomerados geográficos de alto risco para a aids nos homens, apontando para áreas prioritárias no município, tanto para ações programáticas como para nortear outros estudos.
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spelling AIDS in men in the city of São Paulo, 1980–2012: spatial and space-time analysisAids em homens no município de São Paulo, 1980–2012: análise espacial e espaço-temporalAcquired Immunodeficiency Syndrome, epidemiologySpace-Time AnalysisSpatial analysisMorbidity and mortality indicatorsEcological studiesSíndrome de Imunodeficiência Adquirida, epidemiologiaAnálise Espaço-TemporalAnálise EspacialIndicadores de MorbimortalidadeEstudos EcológicosOBJETIVOS: Identificar aglomerados espaciais e espaço-temporais de altas taxas de incidência de aids em homens residentes no município de São Paulo desde o primeiro caso da doença em 1980. MÉTODOS: As notificações de HIV/aids foram obtidas do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (57.440 homens) entre janeiro de 1980 e junho de 2012. Os casos foram geocodificados por endereço de residência; em seguida, análises de varredura puramente espacial, espaçotemporal e de variação espacial nas tendências temporais foram realizadas para três conjuntos de dados: total de casos de aids em homens com 13 anos de idade ou mais, homens com 50 anos ou mais e óbitos por aids. RESULTADOS: Foi possível geocodificar uma expressiva proporção de casos de aids (93,7%). Na análise de varredura puramente espacial, considerando-se todo o período avaliado, a epidemia de aids nos homens apresentou importante concentração espacial no Centro e em áreas contíguas das regiões Norte, Sudeste e Oeste do município, independentemente da faixa etária e da evolução para o óbito (riscos relativos entre 1,22 e 5,90). Levando-se em conta simultaneamente o espaço e o tempo, diversos aglomerados foram encontrados, espalhados por todas as regiões do município (riscos relativos entre 1,44 e 8,61). Na análise da variação espacial nas tendências temporais, os aglomerados nas regiões mais periféricas apresentaram maior incremento percentual anual das taxas da doença (de até 7,58%), denotando a tendência de “periferização” da epidemia nos homens na cidade de São Paulo. CONCLUSÕES: Este estudo permitiu a detecção de aglomerados geográficos de alto risco para a aids nos homens, apontando para áreas prioritárias no município, tanto para ações programáticas como para nortear outros estudos.OBJECTIVES: To identify spatial and space-time clusters with high incidence rates of AIDS in men living in the city of São Paulo since the first case of the disease in 1980. METHODS: HIV/AIDS notifications were obtained from the Notifiable Diseases Information System (57,440 men) between January 1980 and June 2012. The cases were geocoded by residence address; then analyses of purely spatial, space-time and spatial variation in temporal trends were performed for three sets of data: total cases of AIDS in men aged 13 years or older, men aged 50 years or older, and deaths from AIDS. RESULTS: It was possible to geocode a significant proportion of AIDS cases (93.7%). In the purely spatial scanning analysis, considering the entire period evaluated, the AIDS epidemic in men presented an important spatial concentration in the Center and in contiguous areas of the North, Southeast and West regions of the municipality, regardless of age group and evolution to death (relative risks between 1.22 and 5.90). Considering space and time simultaneously, several clusters were found, spread throughout all regions of the municipality (relative risks between 1.44 and 8.61). In the analysis of spatial variation in temporal trends, the clusters in the most peripheral regions presented a higher annual percentage increase in disease rates (up to 7.58%), denoting the tendency of “peripherization” of the epidemic in men in the city of São Paulo. CONCLUSIONS: This study allowed the detection of geographic clusters of high risk for AIDS in men, pointing to priority areas in the municipality, both for programmatic actions and to guide other studies.Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2020-12-14info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdftext/xmlhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/17991810.11606/s1518-8787.2020054001815Revista de Saúde Pública; Vol. 54 (2020); 96Revista de Saúde Pública; Vol. 54 (2020); 96Revista de Saúde Pública; v. 54 (2020); 961518-87870034-8910reponame:Revista de Saúde Públicainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporenghttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/179918/166480https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/179918/166481https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/179918/166482Copyright (c) 2020 Revista de Saúde Públicahttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessPellini, Alessandra Cristina GuedesChiaravalloti-Neto, FranciscoZanetta, Dirce Maria Trevisan2020-12-14T23:23:37Zoai:revistas.usp.br:article/179918Revistahttps://www.revistas.usp.br/rsp/indexONGhttps://www.revistas.usp.br/rsp/oairevsp@org.usp.br||revsp1@usp.br1518-87870034-8910opendoar:2020-12-14T23:23:37Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP)false
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