Opinião de mulheres e médicos brasileiros sobre a preferência pela via de parto
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2004 |
Outros Autores: | , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Saúde Pública |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102004000400002 |
Resumo: | OBJETIVO: Conhecer a preferência de mulheres quanto às vias e formas de parto, e a opinião de médicos a respeito dessa preferência. MÉTODOS: Foram entrevistadas 656 mulheres atendidas no Sistema Único de Saúde, em hospitais de São Paulo e Pernambuco incluídos no Estudo Latino-Americano de Cesárea (ELAC): 230 em três hospitais de intervenção, em que a estratégia da segunda opinião diante da decisão de realizar uma cesárea foi adotada como rotina, e 426 mulheres em quatro hospitais de controle, onde não houve intervenção. Os médicos responderam a um auto-questionário, sendo 77 dos hospitais de intervenção e 70 dos de controle. Para análise dos dados foram utilizados o qui-quadrado de Mantel-Haenszel, o teste Yates ou o Exacto de Fischer. RESULTADOS: Nos dois tipos de hospital, a grande maioria das mulheres declarou preferir o parto vaginal à cesárea. Essa preferência foi significativamente maior entre as entrevistadas que já haviam experimentado as duas formas de parto (cerca de 90% nos dois tipos de hospital), comparadas às que haviam tido só cesáreas (72,8% nos hospitais de intervenção e 77,8% nos de controle). Na opinião de 45% dos médicos dos hospitais de intervenção e de 55% dos de hospitais de controle, a maioria das mulheres submetidas a uma cesárea sentia-se satisfeita; 81 e 85% dos médicos, respectivamente, consideraram que as mulheres solicitam cesariana, porque têm medo do parto vaginal. CONCLUSÕES: O conceito de que a principal causa do aumento na taxa de cesárea é o respeito dos desejos das mulheres por parte dos médicos não tem sustentação na opinião declarada pelas mulheres. Uma melhor comunicação entre médicos e mulheres grávidas talvez possa contribuir para melhoria da situação atual. |
id |
USP-23_254ac5023dbf7fe183ba8c1a7e2bb200 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0034-89102004000400002 |
network_acronym_str |
USP-23 |
network_name_str |
Revista de Saúde Pública |
repository_id_str |
|
spelling |
Opinião de mulheres e médicos brasileiros sobre a preferência pela via de partoCesáreaParto normalMulheresMédicosConhecimentos, atitudes e práticaEntrevistasOBJETIVO: Conhecer a preferência de mulheres quanto às vias e formas de parto, e a opinião de médicos a respeito dessa preferência. MÉTODOS: Foram entrevistadas 656 mulheres atendidas no Sistema Único de Saúde, em hospitais de São Paulo e Pernambuco incluídos no Estudo Latino-Americano de Cesárea (ELAC): 230 em três hospitais de intervenção, em que a estratégia da segunda opinião diante da decisão de realizar uma cesárea foi adotada como rotina, e 426 mulheres em quatro hospitais de controle, onde não houve intervenção. Os médicos responderam a um auto-questionário, sendo 77 dos hospitais de intervenção e 70 dos de controle. Para análise dos dados foram utilizados o qui-quadrado de Mantel-Haenszel, o teste Yates ou o Exacto de Fischer. RESULTADOS: Nos dois tipos de hospital, a grande maioria das mulheres declarou preferir o parto vaginal à cesárea. Essa preferência foi significativamente maior entre as entrevistadas que já haviam experimentado as duas formas de parto (cerca de 90% nos dois tipos de hospital), comparadas às que haviam tido só cesáreas (72,8% nos hospitais de intervenção e 77,8% nos de controle). Na opinião de 45% dos médicos dos hospitais de intervenção e de 55% dos de hospitais de controle, a maioria das mulheres submetidas a uma cesárea sentia-se satisfeita; 81 e 85% dos médicos, respectivamente, consideraram que as mulheres solicitam cesariana, porque têm medo do parto vaginal. CONCLUSÕES: O conceito de que a principal causa do aumento na taxa de cesárea é o respeito dos desejos das mulheres por parte dos médicos não tem sustentação na opinião declarada pelas mulheres. Uma melhor comunicação entre médicos e mulheres grávidas talvez possa contribuir para melhoria da situação atual.Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo2004-08-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102004000400002Revista de Saúde Pública v.38 n.4 2004reponame:Revista de Saúde Públicainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP10.1590/S0034-89102004000400002info:eu-repo/semantics/openAccessFaúndes,AníbalPádua,Karla Simônia deOsis,Maria José DuarteCecatti,José GuilhermeSousa,Maria Helena depor2004-08-09T00:00:00Zoai:scielo:S0034-89102004000400002Revistahttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0034-8910&lng=pt&nrm=isoONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.phprevsp@org.usp.br||revsp1@usp.br1518-87870034-8910opendoar:2004-08-09T00:00Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Opinião de mulheres e médicos brasileiros sobre a preferência pela via de parto |
title |
Opinião de mulheres e médicos brasileiros sobre a preferência pela via de parto |
spellingShingle |
Opinião de mulheres e médicos brasileiros sobre a preferência pela via de parto Faúndes,Aníbal Cesárea Parto normal Mulheres Médicos Conhecimentos, atitudes e prática Entrevistas |
title_short |
Opinião de mulheres e médicos brasileiros sobre a preferência pela via de parto |
title_full |
Opinião de mulheres e médicos brasileiros sobre a preferência pela via de parto |
title_fullStr |
Opinião de mulheres e médicos brasileiros sobre a preferência pela via de parto |
title_full_unstemmed |
Opinião de mulheres e médicos brasileiros sobre a preferência pela via de parto |
title_sort |
Opinião de mulheres e médicos brasileiros sobre a preferência pela via de parto |
author |
Faúndes,Aníbal |
author_facet |
Faúndes,Aníbal Pádua,Karla Simônia de Osis,Maria José Duarte Cecatti,José Guilherme Sousa,Maria Helena de |
author_role |
author |
author2 |
Pádua,Karla Simônia de Osis,Maria José Duarte Cecatti,José Guilherme Sousa,Maria Helena de |
author2_role |
author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Faúndes,Aníbal Pádua,Karla Simônia de Osis,Maria José Duarte Cecatti,José Guilherme Sousa,Maria Helena de |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Cesárea Parto normal Mulheres Médicos Conhecimentos, atitudes e prática Entrevistas |
topic |
Cesárea Parto normal Mulheres Médicos Conhecimentos, atitudes e prática Entrevistas |
description |
OBJETIVO: Conhecer a preferência de mulheres quanto às vias e formas de parto, e a opinião de médicos a respeito dessa preferência. MÉTODOS: Foram entrevistadas 656 mulheres atendidas no Sistema Único de Saúde, em hospitais de São Paulo e Pernambuco incluídos no Estudo Latino-Americano de Cesárea (ELAC): 230 em três hospitais de intervenção, em que a estratégia da segunda opinião diante da decisão de realizar uma cesárea foi adotada como rotina, e 426 mulheres em quatro hospitais de controle, onde não houve intervenção. Os médicos responderam a um auto-questionário, sendo 77 dos hospitais de intervenção e 70 dos de controle. Para análise dos dados foram utilizados o qui-quadrado de Mantel-Haenszel, o teste Yates ou o Exacto de Fischer. RESULTADOS: Nos dois tipos de hospital, a grande maioria das mulheres declarou preferir o parto vaginal à cesárea. Essa preferência foi significativamente maior entre as entrevistadas que já haviam experimentado as duas formas de parto (cerca de 90% nos dois tipos de hospital), comparadas às que haviam tido só cesáreas (72,8% nos hospitais de intervenção e 77,8% nos de controle). Na opinião de 45% dos médicos dos hospitais de intervenção e de 55% dos de hospitais de controle, a maioria das mulheres submetidas a uma cesárea sentia-se satisfeita; 81 e 85% dos médicos, respectivamente, consideraram que as mulheres solicitam cesariana, porque têm medo do parto vaginal. CONCLUSÕES: O conceito de que a principal causa do aumento na taxa de cesárea é o respeito dos desejos das mulheres por parte dos médicos não tem sustentação na opinião declarada pelas mulheres. Uma melhor comunicação entre médicos e mulheres grávidas talvez possa contribuir para melhoria da situação atual. |
publishDate |
2004 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2004-08-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102004000400002 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102004000400002 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.1590/S0034-89102004000400002 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo |
publisher.none.fl_str_mv |
Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista de Saúde Pública v.38 n.4 2004 reponame:Revista de Saúde Pública instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
instname_str |
Universidade de São Paulo (USP) |
instacron_str |
USP |
institution |
USP |
reponame_str |
Revista de Saúde Pública |
collection |
Revista de Saúde Pública |
repository.name.fl_str_mv |
Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP) |
repository.mail.fl_str_mv |
revsp@org.usp.br||revsp1@usp.br |
_version_ |
1748936494176796672 |