Institucionalizacao da saude publica paulista nos anos 1930-1940
Main Author: | |
---|---|
Publication Date: | 2013 |
Other Authors: | |
Format: | Article |
Language: | por eng |
Source: | Revista de Saúde Pública |
Download full: | https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/76693 |
Summary: | O objetivo do estudo foi interpretar e compreender a institucionalização da saúde pública paulista nos anos 1930-1940, com base na história das especialidades médicas. Foram analisadas novas fontes documentais em diálogo com a literatura existente, levando à identificação de novos indícios relativamente à questão eugênica e à presença de crenças religiosas de médicos como um movimento social. Os médicos, à medida que se especializavam como sanitaristas, propunham um projeto para elevar a raça brasileira, mesclando discursos higienistas com ações sanitárias. São Paulo buscou a primazia nesse projeto, por se acreditar um Estado detentor de uma raça já constituída de “homens historicamente saudáveis”. Crenças religiosas influenciaram o debate e as decisões de época para a ordem sanitária. Historicamente, o discurso sanitário compõe questões técnico-científicas com as político-ideológicas e as culturais, produzindo uma mescla dos diferentes interesses e perspectivas de ordem corporativa da profissão. |
id |
USP-23_3493dee3d29743079935298df7a29270 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:revistas.usp.br:article/76693 |
network_acronym_str |
USP-23 |
network_name_str |
Revista de Saúde Pública |
repository_id_str |
|
spelling |
Institucionalizacao da saude publica paulista nos anos 1930-1940Institucionalizacion de la salud publica paulista en los anos 1930-1940Institutionalization of Public Health Care in Sao Paulo between 1930 and 1940O objetivo do estudo foi interpretar e compreender a institucionalização da saúde pública paulista nos anos 1930-1940, com base na história das especialidades médicas. Foram analisadas novas fontes documentais em diálogo com a literatura existente, levando à identificação de novos indícios relativamente à questão eugênica e à presença de crenças religiosas de médicos como um movimento social. Os médicos, à medida que se especializavam como sanitaristas, propunham um projeto para elevar a raça brasileira, mesclando discursos higienistas com ações sanitárias. São Paulo buscou a primazia nesse projeto, por se acreditar um Estado detentor de uma raça já constituída de “homens historicamente saudáveis”. Crenças religiosas influenciaram o debate e as decisões de época para a ordem sanitária. Historicamente, o discurso sanitário compõe questões técnico-científicas com as político-ideológicas e as culturais, produzindo uma mescla dos diferentes interesses e perspectivas de ordem corporativa da profissão.El objetivo del estudio fue interpretar y comprender la institucionalización de la salud pública paulista en los años 1930-1940, basándose en la historia de las especialidades médicas. Se analizaron nuevas fuentes documentales cónsonas con la literatura existente, llevando a la identificación de nuevos indicios relativos al aspecto eugenesia y a la presencia de creencias religiosas de médicos como un movimiento social. Los médicos, en la medida que se especializaban como sanitaristas, proponían un proyecto para elevar la raza brasileña, mezclando discursos higienistas con acciones sanitarias. Sao Paulo buscó la primacía en este proyecto, por considerarse un Estado detentor de una raza ya constituida “hombres históricamente saludables”. Las creencias religiosas influenciaron el debate y las decisiones de época para la orden sanitaria. Históricamente, el discurso sanitario compone aspectos técnico-científicos con las político-ideológicas y las culturales, produciendo una mezcla de los diferentes intereses y perspectivas de orden corporativa de la profesión.The aim of the study was to interpret and understand the institutionalization of public health care in the state of Sao Paulo over the years 1930-1940, based on the history of medical specialties. The methodology involved analysis of new sources of documents, which were compared with the existing literature, thereby leading to identification of new indices relating to the issue of eugenics and the presence of physicians’ religious beliefs as a social movement. As physicians became public health experts, they proposed a project to elevate the Brazilian race, by merging the hygienist discourse with sanitary actions. Sao Paulo sought primacy in this project, believing that this was a State already constituted by a race of “historically healthy men”. Religious beliefs influenced the debate and the decisions of that time with regard to the established order within public health. In this manner, it could be shown that, historically, public health discourse was constituted by merging technical-scientific issues with political-ideological and cultural issues, producing a mixture of different interests and corporative perspectives of the profession.Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2013-10-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/7669310.1590/rsp.v47i5.76693Revista de Saúde Pública; Vol. 47 No. 5 (2013); 839-845Revista de Saúde Pública; Vol. 47 Núm. 5 (2013); 839-845Revista de Saúde Pública; v. 47 n. 5 (2013); 839-8451518-87870034-8910reponame:Revista de Saúde Públicainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporenghttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/76693/80499https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/76693/80500Copyright (c) 2017 Revista de Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessMota, AndreSchraiber, Lilia Blima2014-03-20T20:12:27Zoai:revistas.usp.br:article/76693Revistahttps://www.revistas.usp.br/rsp/indexONGhttps://www.revistas.usp.br/rsp/oairevsp@org.usp.br||revsp1@usp.br1518-87870034-8910opendoar:2014-03-20T20:12:27Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Institucionalizacao da saude publica paulista nos anos 1930-1940 Institucionalizacion de la salud publica paulista en los anos 1930-1940 Institutionalization of Public Health Care in Sao Paulo between 1930 and 1940 |
title |
Institucionalizacao da saude publica paulista nos anos 1930-1940 |
spellingShingle |
Institucionalizacao da saude publica paulista nos anos 1930-1940 Mota, Andre |
title_short |
Institucionalizacao da saude publica paulista nos anos 1930-1940 |
title_full |
Institucionalizacao da saude publica paulista nos anos 1930-1940 |
title_fullStr |
Institucionalizacao da saude publica paulista nos anos 1930-1940 |
title_full_unstemmed |
Institucionalizacao da saude publica paulista nos anos 1930-1940 |
title_sort |
Institucionalizacao da saude publica paulista nos anos 1930-1940 |
author |
Mota, Andre |
author_facet |
Mota, Andre Schraiber, Lilia Blima |
author_role |
author |
author2 |
Schraiber, Lilia Blima |
author2_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Mota, Andre Schraiber, Lilia Blima |
description |
O objetivo do estudo foi interpretar e compreender a institucionalização da saúde pública paulista nos anos 1930-1940, com base na história das especialidades médicas. Foram analisadas novas fontes documentais em diálogo com a literatura existente, levando à identificação de novos indícios relativamente à questão eugênica e à presença de crenças religiosas de médicos como um movimento social. Os médicos, à medida que se especializavam como sanitaristas, propunham um projeto para elevar a raça brasileira, mesclando discursos higienistas com ações sanitárias. São Paulo buscou a primazia nesse projeto, por se acreditar um Estado detentor de uma raça já constituída de “homens historicamente saudáveis”. Crenças religiosas influenciaram o debate e as decisões de época para a ordem sanitária. Historicamente, o discurso sanitário compõe questões técnico-científicas com as político-ideológicas e as culturais, produzindo uma mescla dos diferentes interesses e perspectivas de ordem corporativa da profissão. |
publishDate |
2013 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2013-10-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/76693 10.1590/rsp.v47i5.76693 |
url |
https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/76693 |
identifier_str_mv |
10.1590/rsp.v47i5.76693 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por eng |
language |
por eng |
dc.relation.none.fl_str_mv |
https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/76693/80499 https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/76693/80500 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Copyright (c) 2017 Revista de Saúde Pública info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Copyright (c) 2017 Revista de Saúde Pública |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública |
dc.source.none.fl_str_mv |
Revista de Saúde Pública; Vol. 47 No. 5 (2013); 839-845 Revista de Saúde Pública; Vol. 47 Núm. 5 (2013); 839-845 Revista de Saúde Pública; v. 47 n. 5 (2013); 839-845 1518-8787 0034-8910 reponame:Revista de Saúde Pública instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
instname_str |
Universidade de São Paulo (USP) |
instacron_str |
USP |
institution |
USP |
reponame_str |
Revista de Saúde Pública |
collection |
Revista de Saúde Pública |
repository.name.fl_str_mv |
Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP) |
repository.mail.fl_str_mv |
revsp@org.usp.br||revsp1@usp.br |
_version_ |
1787713234884624384 |