Estudo de base populacional na zona rural: metodologia e desafios
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , , , , , , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng por |
Título da fonte: | Revista de Saúde Pública |
DOI: | 10.11606/S1518-8787.2018052000270 |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/150144 |
Resumo: | OBJETIVO: Descrever o planejamento, a amostragem, os aspectos operacionais do campo e a amostra obtida durante pesquisa realizada na zona rural, especificando e discutindo as principais dificuldades logísticas peculiares a esses locais e as soluções adotadas. MÉTODOS: Entre janeiro e junho de 2016, foi realizado inquérito transversal de base populacional, com amostra representativa da população com 18 anos de idade ou mais residente na zona rural de Pelotas (cerca de 22 mil), RS, Brasil. Foram coletadas informações demográficas, socioeconômicas e relacionadas à saúde, como consumo de bebidas alcoólicas, consumo de cigarros, sintomas depressivos, qualidade da alimentação, qualidade de vida, atividade física, satisfação com a unidade de saúde, excesso de peso ou obesidade e problemas do sono. RESULTADOS: Em 720 domicílios amostrados, 1.697 indivíduos foram identificados e 1.519 foram entrevistados (89,5%). O estudo, inicialmente, sorteou 24 setores e propôs-se a visitar 42 domicílios/setor, mas foram necessárias adequações metodológicas, especialmente a redução do número de domicílios por setor (de 42 para 30) e a identificação de núcleos habitacionais nos setores. As principais razões para as adequações foram dificuldade de acesso aos locais, grandes distâncias entre residências, equívocos nos dados geográficos disponíveis via satélite (não condiziam com a realidade) e alto custo. CONCLUSÕES: O prévio reconhecimento detalhado do ambiente de pesquisa foi fundamental para a tomada de decisão perante às inconsistências geográficas entre mapas e território. As estratégias e técnicas dos estudos na zona urbana não são aplicáveis à zona rural no que tange ao contexto observado em Pelotas. As medidas adotadas, mantendo o rigor metodológico, foram fundamentais para garantir a execução do estudo no tempo planejado e com os recursos financeiros disponíveis. |
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Estudo de base populacional na zona rural: metodologia e desafiosPopulation-based study in a rural area: methodology and challengesHealth Surveys, methods. Data Collection, methods. Rural Population. CrossSectional Studies.Inquéritos Epidemiológicos, métodos. Coleta de Dados, métodos. População Rural. Estudos Transversais.OBJETIVO: Descrever o planejamento, a amostragem, os aspectos operacionais do campo e a amostra obtida durante pesquisa realizada na zona rural, especificando e discutindo as principais dificuldades logísticas peculiares a esses locais e as soluções adotadas. MÉTODOS: Entre janeiro e junho de 2016, foi realizado inquérito transversal de base populacional, com amostra representativa da população com 18 anos de idade ou mais residente na zona rural de Pelotas (cerca de 22 mil), RS, Brasil. Foram coletadas informações demográficas, socioeconômicas e relacionadas à saúde, como consumo de bebidas alcoólicas, consumo de cigarros, sintomas depressivos, qualidade da alimentação, qualidade de vida, atividade física, satisfação com a unidade de saúde, excesso de peso ou obesidade e problemas do sono. RESULTADOS: Em 720 domicílios amostrados, 1.697 indivíduos foram identificados e 1.519 foram entrevistados (89,5%). O estudo, inicialmente, sorteou 24 setores e propôs-se a visitar 42 domicílios/setor, mas foram necessárias adequações metodológicas, especialmente a redução do número de domicílios por setor (de 42 para 30) e a identificação de núcleos habitacionais nos setores. As principais razões para as adequações foram dificuldade de acesso aos locais, grandes distâncias entre residências, equívocos nos dados geográficos disponíveis via satélite (não condiziam com a realidade) e alto custo. CONCLUSÕES: O prévio reconhecimento detalhado do ambiente de pesquisa foi fundamental para a tomada de decisão perante às inconsistências geográficas entre mapas e território. As estratégias e técnicas dos estudos na zona urbana não são aplicáveis à zona rural no que tange ao contexto observado em Pelotas. As medidas adotadas, mantendo o rigor metodológico, foram fundamentais para garantir a execução do estudo no tempo planejado e com os recursos financeiros disponíveis.OBJECTIVE: To describe the planning, sampling, operational aspects of the field, and the sample obtained during a research conducted in a rural area, specifying and discussing the main logistical difficulties unique to these places and the solutions adopted. METHODS: We carried out a population-based, cross-sectional survey between January and June 2016, with a representative sample of the population aged 18 years or over living in the rural area of Pelotas (approximately 22,000 individuals), State of Rio Grande do Sul, Brazil. We collected demographic, socioeconomic, and health-related information, such as alcohol consumption, cigarette consumption, depressive symptoms, quality of diet, quality of life, physical activity, satisfaction with the health unit, overweight or obesity, and sleep problems. RESULTS: In the 720 domiciles sampled, 1,697 individuals were identified and 1,519 were interviewed (89.5%). The study initially drew 24 census tracts and proposed the visit to 42 households per tract; however, we need to adjust the method, such as decreasing the number of households per census tract (from 42 to 30) and identifying housing centers in each tract. The main reasons for these changes were difficulty accessing the area, large distances between households, misconceptions in the satellite data available (which did not fit the reality), and high cost of the field work. CONCLUSIONS: The previous detailed recognition of the research environment was crucial for decision making as the maps and territory had geographical inconsistencies. The strategies and techniques used in studies for the urban area are not applicable to the rural area given the outcomes observed in Pelotas. The decisions taken, keeping the methodological rigor, were essential to ensure the timely execution of the study with the financial resources available.Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2018-09-06info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfapplication/xmlhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/15014410.11606/S1518-8787.2018052000270Revista de Saúde Pública; Vol. 52 (2018): Supl. 1 - Rural Health Supplement; 3sRevista de Saúde Pública; Vol. 52 (2018): Supl. 1 - Rural Health Supplement; 3sRevista de Saúde Pública; v. 52 (2018): Supl. 1 - Suplemento Saúde Rural; 3s1518-87870034-8910reponame:Revista de Saúde Públicainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPengporhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/150144/147211https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/150144/147212https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/150144/147213Copyright (c) 2018 Revista de Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessGonçalves, HelenTomasi, ElaineTovo-Rodrigues, LucianaBielemann, Renata MoraesMachado, Adriana Kramer FialaRuivo, Ana Carolina OliveiraBortolotto, Caroline CardozoJaeger, Gustavo PêgasXavier, Mariana OteroFernandes, Mayra PachecoMartins, Rafaela CostaHirschmann, RobertaSilva, Thais Martins daAssunção, Maria Cecília Formoso2019-04-25T16:03:44Zoai:revistas.usp.br:article/150144Revistahttps://www.revistas.usp.br/rsp/indexONGhttps://www.revistas.usp.br/rsp/oairevsp@org.usp.br||revsp1@usp.br1518-87870034-8910opendoar:2019-04-25T16:03:44Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP)false |
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