Quedas em idosos no Sul do Brasil: prevalência e determinantes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vieira, Luna S
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Gomes, Ana Paula, Bierhals, Isabel O, Farías-Antúnez, Simone, Ribeiro, Camila G, Miranda, Vanessa I A, Lutz, Bárbara H, Barbosa-Silva, Thiago G, Lima, Natália P, Bertoldi, Andréa D, Tomasi, Elaine
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
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Título da fonte: Revista de Saúde Pública
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/143831
Resumo: OBJETIVO: Avaliar a prevalência e os fatores associados à ocorrência de quedas em idosos. MÉTODOS: Estudo transversal com amostra representativa de 1.451 idosos residentes na zona urbana de Pelotas, RS, em 2014. Foi realizada análise descritiva dos dados e apresentada a prevalência de quedas no último ano. A análise de fatores demográficos, socioeconômicos, comportamentais e de saúde associados ao desfecho foi realizada por meio de regressão de Poisson com ajuste para variância robusta conforme modelo hierárquico. As variáveis foram ajustadas entre si dentro de cada nível e para as de nível superior. Aquelas com p ≤ 0,20 foram mantidas no modelo para controle de confusão e aquelas com p < 0,05 foram consideradas associadas ao desfecho. RESULTADOS: A prevalência de quedas em idosos no último ano foi de 28,1% (IC95% 25,9–30,5), e a maioria ocorreu na própria residência do idoso. Entre os idosos que sofreram queda, 51,5% (IC95% 46,6–56,4) tiveram uma única queda e 12,1% (IC95% 8,9–15,3) tiveram fratura como consequência, sendo a de membros inferiores a mais relatada. A prevalência de quedas foi maior em mulheres, idosos com idade avançada, de menor renda e escolaridade, com incapacidade funcional para atividades instrumentais e portadores de enfermidades como diabetes, doença cardíaca e artrite. CONCLUSÕES: A ocorrência de quedas atingiu quase um terço dos idosos, e a prevalência foi mais elevada em segmentos específicos da população em questão. Cerca de 12% dos idosos que caíram, fraturaram algum osso. Os fatores associados à ocorrência de quedas identificados neste estudo poderão nortear medidas que visem sua prevenção na população de idosos.
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spelling Quedas em idosos no Sul do Brasil: prevalência e determinantesFalls among older adults in the South of Brazil: prevalence and determinantsAged. Accidental Falls. Prevalence. Risk Factors. Cross-Sectional Studies.Idoso. Acidentes por Quedas. Prevalência. Fatores de Risco. Estudos Transversais.OBJETIVO: Avaliar a prevalência e os fatores associados à ocorrência de quedas em idosos. MÉTODOS: Estudo transversal com amostra representativa de 1.451 idosos residentes na zona urbana de Pelotas, RS, em 2014. Foi realizada análise descritiva dos dados e apresentada a prevalência de quedas no último ano. A análise de fatores demográficos, socioeconômicos, comportamentais e de saúde associados ao desfecho foi realizada por meio de regressão de Poisson com ajuste para variância robusta conforme modelo hierárquico. As variáveis foram ajustadas entre si dentro de cada nível e para as de nível superior. Aquelas com p ≤ 0,20 foram mantidas no modelo para controle de confusão e aquelas com p < 0,05 foram consideradas associadas ao desfecho. RESULTADOS: A prevalência de quedas em idosos no último ano foi de 28,1% (IC95% 25,9–30,5), e a maioria ocorreu na própria residência do idoso. Entre os idosos que sofreram queda, 51,5% (IC95% 46,6–56,4) tiveram uma única queda e 12,1% (IC95% 8,9–15,3) tiveram fratura como consequência, sendo a de membros inferiores a mais relatada. A prevalência de quedas foi maior em mulheres, idosos com idade avançada, de menor renda e escolaridade, com incapacidade funcional para atividades instrumentais e portadores de enfermidades como diabetes, doença cardíaca e artrite. CONCLUSÕES: A ocorrência de quedas atingiu quase um terço dos idosos, e a prevalência foi mais elevada em segmentos específicos da população em questão. Cerca de 12% dos idosos que caíram, fraturaram algum osso. Os fatores associados à ocorrência de quedas identificados neste estudo poderão nortear medidas que visem sua prevenção na população de idosos.OBJECTIVE: Evaluate the prevalence and the factors associated with the occurrence of falls among older adults. METHODS: A cross-sectional study with a representative sample of 1,451 elderly residents in the urban area of Pelotas, RS, in 2014. A descriptive analysis of the data was performed and the prevalence of falls in the last year was presented. The analysis of demographic, socioeconomic, behavioral and health factors associated with the outcome was performed using Poisson regression with adjustment for robust variance according to the hierarchical model. The variables were adjusted to each other within each level and for the higher level. Those with p ≤ 0.20 were maintained in the model for confounding control and those with p < 0.05 were considered to be associated with the outcome. RESULTS: The prevalence of falls among older adults in the last year was 28.1% (95%CI 25.9–30.5), and most occurred in the person’s own residence. Among the older adults who fell, 51.5% (95%CI 46.6–56.4) had a single fall and 12.1% (95%CI 8.9–15.3) had a fracture as a consequence, usually in the lower limbs. The prevalence of falls was higher in women, adults of advanced age, with lower income and schooling level, with functional incapacity for instrumental activities, and patients with diseases such as diabetes, heart disease, and arthritis. CONCLUSIONS: The occurrence of falls reached almost a third of the older adults, and the prevalence was higher in specific segments of the population in question. About 12% of the older adults who fell fractured some bone. The factors associated with the occurrence of falls identified in this study may guide measures aimed at prevention in the older adult population.Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2018-02-26info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfapplication/xmlhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/14383110.11606/S1518-8787.2018052000103Revista de Saúde Pública; Vol. 52 (2018); 22Revista de Saúde Pública; Vol. 52 (2018); 22Revista de Saúde Pública; v. 52 (2018); 221518-87870034-8910reponame:Revista de Saúde Públicainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporenghttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/143831/138460https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/143831/138461https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/143831/148296Copyright (c) 2018 Revista de Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessVieira, Luna SGomes, Ana PaulaBierhals, Isabel OFarías-Antúnez, SimoneRibeiro, Camila GMiranda, Vanessa I ALutz, Bárbara HBarbosa-Silva, Thiago GLima, Natália PBertoldi, Andréa DTomasi, Elaine2018-07-20T11:44:51Zoai:revistas.usp.br:article/143831Revistahttps://www.revistas.usp.br/rsp/indexONGhttps://www.revistas.usp.br/rsp/oairevsp@org.usp.br||revsp1@usp.br1518-87870034-8910opendoar:2018-07-20T11:44:51Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP)false
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