Mortalidade no primeiro ano de vida e a distribuição de renda e de recursos públicos de saúde, São Paulo (Brasil)
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Data de Publicação: | 1980 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista de Saúde Pública |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/23026 |
Resumo: | Foi feito estudo para identificar em torno de 1976 a distribuição da freqüência do óbito infantil, a distribuição da renda e a distribuição da disponibilidade de determinados recursos públicos de saúde nos 55 distritos e sub-distritos do município de São Paulo (Brasil), para analisar as possíveis identificações entre estas distribuições. A freqüência do óbito infantil foi crescente no sentido centro-periferia da cidade, o mesmo ocorrendo com a concentração de famílias de baixa renda. Os recursos públicos de saúde estudados, água do abastecimento público, leitos hospitalares e centros de saúde do Estado, foram decrescentes no mesmo sentido centro-periferia. Tanto a distribuição crescente da baixa renda quanto a distribuição decrescente dos recursos públicos acham-se positiva e significativamente correlacionadas à distribuição crescente da mortalidade infantil. Na área periférica da cidade, correspondente à área de maior mortalidade, encontra-se a mais alta concentração de famílias de baixa renda e, também, as menores disponibilidades de recursos públicos de saúde providos direta ou indiretamente pelo Estado. Conclui-se que renda e recursos públicos operam no mesmo sentido, ou seja, de reforço mútuo às desigualdades registradas ao nível da mortalidade infantil, e não no sentido inverso, como talvez se pudesse crer. Discute-se o duplo processo desigual da distribuição das riquezas na cidade de São Paulo, o que se dá na distribuição direta da renda e o que se dá, posteriormente, quando o Estado participa daquela distribuição provendo serviços públicos. |
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Mortalidade no primeiro ano de vida e a distribuição de renda e de recursos públicos de saúde, São Paulo (Brasil) Mortality within the first year of life in relationship to the distribution of income and of public facilities, S. Paulo (Brasil) Mortalidade infantil^i1^sS. PauloBraRendaRecursos de saúdeInfant mortality^i2^sS. PauloBraIncomeHealth facilities Foi feito estudo para identificar em torno de 1976 a distribuição da freqüência do óbito infantil, a distribuição da renda e a distribuição da disponibilidade de determinados recursos públicos de saúde nos 55 distritos e sub-distritos do município de São Paulo (Brasil), para analisar as possíveis identificações entre estas distribuições. A freqüência do óbito infantil foi crescente no sentido centro-periferia da cidade, o mesmo ocorrendo com a concentração de famílias de baixa renda. Os recursos públicos de saúde estudados, água do abastecimento público, leitos hospitalares e centros de saúde do Estado, foram decrescentes no mesmo sentido centro-periferia. Tanto a distribuição crescente da baixa renda quanto a distribuição decrescente dos recursos públicos acham-se positiva e significativamente correlacionadas à distribuição crescente da mortalidade infantil. Na área periférica da cidade, correspondente à área de maior mortalidade, encontra-se a mais alta concentração de famílias de baixa renda e, também, as menores disponibilidades de recursos públicos de saúde providos direta ou indiretamente pelo Estado. Conclui-se que renda e recursos públicos operam no mesmo sentido, ou seja, de reforço mútuo às desigualdades registradas ao nível da mortalidade infantil, e não no sentido inverso, como talvez se pudesse crer. Discute-se o duplo processo desigual da distribuição das riquezas na cidade de São Paulo, o que se dá na distribuição direta da renda e o que se dá, posteriormente, quando o Estado participa daquela distribuição provendo serviços públicos. It was made a study to identify the distribution of the infant death rates and the distribution of income, and the distribution of certain public health facilities in the 55 districts of the city of S. Paulo (Brazil) and, then, to analyze the similarity among them. The infant death rates and concentration of low income families increased from the center to the periphery of the city. The public health facilities - water supply, maternity beds, and State health centers - also decreased from the center to the periphery of the city. Both the increasing distribution of income and the decreasing distribution of public facilities were positively related to the increasing mortality distribution. The conclusion, therefore, is that, in S. Paulo, income and public facilities are synergic; that is, they mutually reinforce the inequalities observed through the infant mortality. Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública1980-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/2302610.1590/S0034-89101980000400009Revista de Saúde Pública; Vol. 14 No. 4 (1980); 515-539 Revista de Saúde Pública; Vol. 14 Núm. 4 (1980); 515-539 Revista de Saúde Pública; v. 14 n. 4 (1980); 515-539 1518-87870034-8910reponame:Revista de Saúde Públicainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/23026/25051Copyright (c) 2017 Revista de Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessMonteiro, Carlos AugustoBenício, Maria Helena D'AquinoBaldijão, Márcia F. A.2012-05-28T14:39:41Zoai:revistas.usp.br:article/23026Revistahttps://www.revistas.usp.br/rsp/indexONGhttps://www.revistas.usp.br/rsp/oairevsp@org.usp.br||revsp1@usp.br1518-87870034-8910opendoar:2012-05-28T14:39:41Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP)false |
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