Mortalidade perinatal no municipio de Salvador, Bahia: evolucao de 2000 a 2009

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jacinto, Elsa
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Aquino, Estela M L, Mota, Eduardo Luiz Andrade
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
eng
Título da fonte: Revista de Saúde Pública
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/76694
Resumo: OBJETIVO Analisar a evolução da mortalidade perinatal quanto à dimensão do problema e sua extensão. MÉTODOS Estudo descritivo de tendência temporal com 10.994 óbitos perinatais, de mães residentes em Salvador, BA, com idade gestacional ≥ 22 semanas, idade do recém-nascido até seis dias e 500 g ou mais de peso ao nascer, registrados de 2000 a 2009. Utilizaram-se dados do Sistema de Informações de Nascidos Vivos e do Sistema de Informações sobre Mortalidade do sitio eletrônico do Datasus/Ministério da Saúde. Calcularam-se taxas de mortalidade perinatal e fetal/1.000 nascimentos e neonatal precoce/1.000 nascidos vivos. Aplicaram-se: teste Qui-quadrado de Pearson para diferenças em proporções, teste de sequências ( runs ), cálculo de médias móveis e coeficiente de determinação linear (R 2 ) para análise de tendência. Utilizou-se a classificação de Wigglesworth para causas de morte. RESULTADOS A taxa de mortalidade perinatal mostrou tendência decrescente, sendo reduzida em 42,0% no período (de 33,1 (2000) para 19,2 (2009)), com maior contribuição da taxa neonatal precoce (-56,3%). A mortalidade fetal representou grande proporção (61,9%) da taxa de mortalidade perinatal em 2009. A classificação dos óbitos apontou como causas mais frequentes de óbito perinatal: asfixia intraparto (8,8/1.000), imaturidade (7,1/1.000) e malformações congênitas (1,3/1.000). CONCLUSÕES Mesmo em declínio, a taxa de mortalidade perinatal continua elevada e o predomínio recente da mortalidade fetal indica mudança no perfil de causas e impacto nas ações de prevenção. A consulta pré-natal de qualidade com controle de riscos e melhoria da assistência ao parto pode reduzir a ocorrência de causas evitáveis.
id USP-23_790dc14e149fd937be8917058b60cdf1
oai_identifier_str oai:revistas.usp.br:article/76694
network_acronym_str USP-23
network_name_str Revista de Saúde Pública
repository_id_str
spelling Mortalidade perinatal no municipio de Salvador, Bahia: evolucao de 2000 a 2009Mortalidad perinatal en el municipio de Salvador, BA, Brasil: evolucion de 2000 a 2009Perinatal mortality in the municipality of Salvador, Northeastern Brazil: evolution from 2000 to 2009OBJETIVO Analisar a evolução da mortalidade perinatal quanto à dimensão do problema e sua extensão. MÉTODOS Estudo descritivo de tendência temporal com 10.994 óbitos perinatais, de mães residentes em Salvador, BA, com idade gestacional ≥ 22 semanas, idade do recém-nascido até seis dias e 500 g ou mais de peso ao nascer, registrados de 2000 a 2009. Utilizaram-se dados do Sistema de Informações de Nascidos Vivos e do Sistema de Informações sobre Mortalidade do sitio eletrônico do Datasus/Ministério da Saúde. Calcularam-se taxas de mortalidade perinatal e fetal/1.000 nascimentos e neonatal precoce/1.000 nascidos vivos. Aplicaram-se: teste Qui-quadrado de Pearson para diferenças em proporções, teste de sequências ( runs ), cálculo de médias móveis e coeficiente de determinação linear (R 2 ) para análise de tendência. Utilizou-se a classificação de Wigglesworth para causas de morte. RESULTADOS A taxa de mortalidade perinatal mostrou tendência decrescente, sendo reduzida em 42,0% no período (de 33,1 (2000) para 19,2 (2009)), com maior contribuição da taxa neonatal precoce (-56,3%). A mortalidade fetal representou grande proporção (61,9%) da taxa de mortalidade perinatal em 2009. A classificação dos óbitos apontou como causas mais frequentes de óbito perinatal: asfixia intraparto (8,8/1.000), imaturidade (7,1/1.000) e malformações congênitas (1,3/1.000). CONCLUSÕES Mesmo em declínio, a taxa de mortalidade perinatal continua elevada e o predomínio recente da mortalidade fetal indica mudança no perfil de causas e impacto nas ações de prevenção. A consulta pré-natal de qualidade com controle de riscos e melhoria da assistência ao parto pode reduzir a ocorrência de causas evitáveis.OBJETIVO Analizar la evolución de la mortalidad perinatal con relación a la dimensión del problema y su extensión. MÉTODOS Estudio descriptivo de tendencia temporal con 10.994 óbitos perinatales, de madres residentes en Salvador, BA, con edad de gestación ≥ 22 semanas, edad del recién nacido de máximo 6 días y más de 500 grs de peso al nacer, registrados de 2000 a 2009. Se utilizaron datos del Sistema de Informaciones de Nacidos Vivos y del Sistema de Informaciones de Mortalidad de la página electrónica del Datasus/Ministerio de la Salud. Se calcularon las tasas de mortalidad perinatal y fetal/1.000 nacimientos y neonatal precoz/1.000 nacidos vivos. Se aplicaron: prueba de Chi-cuadrado de Pearson para diferencias en proporciones, prueba de secuencias (runs), cálculo de promedios móviles y coeficiente de determinación linear (R2) para análisis de tendencia. Se utilizó la clasificación de Wigglesworth para causas de muerte. RESULTADOS La tasa de mortalidad perinatal mostró tendencia decreciente, reduciendo 42,0% en el período (de 33,1 (2000) para 19,2 (2009)), con mayor contribución de tasa neonatal precoz (-56,3%). La mortalidad fetal representó gran proporción (61,9%) de la tasa de mortalidad perinatal en 2009. La clasificación de los óbitos apuntó como causas más frecuentes de óbito perinatal: asfixia durante el parto (8,8/1.000), inmadurez (7,1/1.000) y malformaciones congénitas (1,3/1.000). CONCLUSIONES A pesar de estar disminuyendo, la tasa de mortalidad perinatal continua elevada y el predominio reciente de la mortalidad fetal indica cambio en el perfil de causas e impacto en las acciones de prevención. La consulta pre-natal de calidad con control de riesgos y mejoría de la asistencia en el parto pueden reducir la ocurrencia de causas evitables.OBJECTIVE To describe and analyze the evolution of perinatal mortality with regards the scale and extent of the problem. METHODS A descriptive time trend study with 10,994 perinatal deaths to mothers living in Salvador, Bahia, Northeastern Brazil, with a gestational age of ≥ 22 weeks, newborn age of up to six days and birth weight of 500 grams or more, recorded from 2000 to 2009. Data from the Information Systems on Live Births and Mortality of DATASUS/Ministry of Health available on the website were used. Rates of perinatal and fetal mortality per 1,000 births and early neonatal mortality per 1,000 live births were calculated. The Pearson’s Qui-square test for differences in proportions, sequence (runs) test, the calculation of moving averages and linear coefficient of determination (R 2 ) were used for trend analysis. The Wigglesworth classification of causes of death was used. RESULTS The rates of perinatal mortality showed a decreasing trend, of -42.0% in the period (from 33.1 (2000) to 19.2 (2009)), with a greater share of rates of neonatal mortality (-56.3%). Fetal mortality accounted for a large proportion (61.9%) of rates of perinatal mortality in 2009. The classification of deaths showed the following most frequent causes of perinatal deaths: intrapartum asphyxia (8.8/1,000), immaturity (7.1/1,000) and congenital malformations (1.3/1,000). CONCLUSIONS :Perinatal mortality remains high despite the downward trend, and the predominance of fetal mortality indicates recent changes in the profile of causes of death and impact on prevention activities. The quality of prenatal care with risk control and improving care during the delivery may reduce the occurrence of preventable causes of death.Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2013-10-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/7669410.1590/rsp.v47i5.76694Revista de Saúde Pública; Vol. 47 No. 5 (2013); 846-853Revista de Saúde Pública; Vol. 47 Núm. 5 (2013); 846-853Revista de Saúde Pública; v. 47 n. 5 (2013); 846-8531518-87870034-8910reponame:Revista de Saúde Públicainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporenghttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/76694/80501https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/76694/80502Copyright (c) 2017 Revista de Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessJacinto, ElsaAquino, Estela M LMota, Eduardo Luiz Andrade2014-03-20T20:12:27Zoai:revistas.usp.br:article/76694Revistahttps://www.revistas.usp.br/rsp/indexONGhttps://www.revistas.usp.br/rsp/oairevsp@org.usp.br||revsp1@usp.br1518-87870034-8910opendoar:2014-03-20T20:12:27Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Mortalidade perinatal no municipio de Salvador, Bahia: evolucao de 2000 a 2009
Mortalidad perinatal en el municipio de Salvador, BA, Brasil: evolucion de 2000 a 2009
Perinatal mortality in the municipality of Salvador, Northeastern Brazil: evolution from 2000 to 2009
title Mortalidade perinatal no municipio de Salvador, Bahia: evolucao de 2000 a 2009
spellingShingle Mortalidade perinatal no municipio de Salvador, Bahia: evolucao de 2000 a 2009
Jacinto, Elsa
title_short Mortalidade perinatal no municipio de Salvador, Bahia: evolucao de 2000 a 2009
title_full Mortalidade perinatal no municipio de Salvador, Bahia: evolucao de 2000 a 2009
title_fullStr Mortalidade perinatal no municipio de Salvador, Bahia: evolucao de 2000 a 2009
title_full_unstemmed Mortalidade perinatal no municipio de Salvador, Bahia: evolucao de 2000 a 2009
title_sort Mortalidade perinatal no municipio de Salvador, Bahia: evolucao de 2000 a 2009
author Jacinto, Elsa
author_facet Jacinto, Elsa
Aquino, Estela M L
Mota, Eduardo Luiz Andrade
author_role author
author2 Aquino, Estela M L
Mota, Eduardo Luiz Andrade
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Jacinto, Elsa
Aquino, Estela M L
Mota, Eduardo Luiz Andrade
description OBJETIVO Analisar a evolução da mortalidade perinatal quanto à dimensão do problema e sua extensão. MÉTODOS Estudo descritivo de tendência temporal com 10.994 óbitos perinatais, de mães residentes em Salvador, BA, com idade gestacional ≥ 22 semanas, idade do recém-nascido até seis dias e 500 g ou mais de peso ao nascer, registrados de 2000 a 2009. Utilizaram-se dados do Sistema de Informações de Nascidos Vivos e do Sistema de Informações sobre Mortalidade do sitio eletrônico do Datasus/Ministério da Saúde. Calcularam-se taxas de mortalidade perinatal e fetal/1.000 nascimentos e neonatal precoce/1.000 nascidos vivos. Aplicaram-se: teste Qui-quadrado de Pearson para diferenças em proporções, teste de sequências ( runs ), cálculo de médias móveis e coeficiente de determinação linear (R 2 ) para análise de tendência. Utilizou-se a classificação de Wigglesworth para causas de morte. RESULTADOS A taxa de mortalidade perinatal mostrou tendência decrescente, sendo reduzida em 42,0% no período (de 33,1 (2000) para 19,2 (2009)), com maior contribuição da taxa neonatal precoce (-56,3%). A mortalidade fetal representou grande proporção (61,9%) da taxa de mortalidade perinatal em 2009. A classificação dos óbitos apontou como causas mais frequentes de óbito perinatal: asfixia intraparto (8,8/1.000), imaturidade (7,1/1.000) e malformações congênitas (1,3/1.000). CONCLUSÕES Mesmo em declínio, a taxa de mortalidade perinatal continua elevada e o predomínio recente da mortalidade fetal indica mudança no perfil de causas e impacto nas ações de prevenção. A consulta pré-natal de qualidade com controle de riscos e melhoria da assistência ao parto pode reduzir a ocorrência de causas evitáveis.
publishDate 2013
dc.date.none.fl_str_mv 2013-10-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/76694
10.1590/rsp.v47i5.76694
url https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/76694
identifier_str_mv 10.1590/rsp.v47i5.76694
dc.language.iso.fl_str_mv por
eng
language por
eng
dc.relation.none.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/76694/80501
https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/76694/80502
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2017 Revista de Saúde Pública
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2017 Revista de Saúde Pública
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública
publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública
dc.source.none.fl_str_mv Revista de Saúde Pública; Vol. 47 No. 5 (2013); 846-853
Revista de Saúde Pública; Vol. 47 Núm. 5 (2013); 846-853
Revista de Saúde Pública; v. 47 n. 5 (2013); 846-853
1518-8787
0034-8910
reponame:Revista de Saúde Pública
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Revista de Saúde Pública
collection Revista de Saúde Pública
repository.name.fl_str_mv Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv revsp@org.usp.br||revsp1@usp.br
_version_ 1800221795082567680