Mortalidade por intoxicacao ocupacional relacionada a agrotoxicos, 2000-2009, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santana, Vilma Sousa
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Moura, Maria Claudia Peres, Nogueira, Flavia Ferreira e
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
eng
Título da fonte: Revista de Saúde Pública
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/76666
Resumo: OBJETIVO: Estimar o coeficiente de mortalidade por intoxicações ocupacionais relacionadas aos agrotóxicos no Brasil. MÉTODOS: Utilizaram-se dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade de 2000 a 2009 referentes aos diagnósticos de intoxicação por agrotóxicos, T60.0-T60.4, T60.8 e T60.9, X48, Y18, e Z578 da CID-10, para a causa básica ou associadas; a natureza ocupacional foi identificada pelo registro no campo ;, ; e se a ; era na agropecuária. Foram excluídos homicídios e suicídios. Para cálculo da mortalidade, o número de trabalhadores da agropecuária foi obtido do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, projeções do Sistema de Contas Nacionais. RESULTADOS: Foram encontrados registros de 2.052 óbitos por intoxicação por agrotóxicos no Brasil, dos quais 36,2% (n = 743) não continham dados sobre a ocupação. Dentre os 1.309 restantes, 679 (51,9%) eram trabalhadores da agropecuária. A mortalidade por intoxicação ocupacional por agrotóxicos caiu de 0,56/100.000 (2000 a 2001) para 0,39/100.000 (2008 a 2009) entre trabalhadores no período, maior queda entre os homens que entre as mulheres. Os homens tiveram maiores estimativas de mortalidade por esse tipo de intoxicação em todos os anos. A maior parte dos óbitos foi causada por agrotóxicos do tipo organofosforados e carbamatos. O número de óbitos por esse tipo de intoxicação declinou em todas as regiões, exceto no Nordeste. CONCLUSÕES: É necessária a melhoria dos registros das declarações de óbito, em especial da ocupação e da relação dos diagnósticos com o trabalho, fundamentais para o controle e prevenção mais adequados para esses acidentes de trabalho. Atenção especial deve ser dirigida à região Nordeste do Brasil.
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spelling Mortalidade por intoxicacao ocupacional relacionada a agrotoxicos, 2000-2009, BrasilMortalidad por intoxicacion ocupacional relacionada con agrotoxicos, 2000-2009, BrasilOccupational pesticide poisoning mortality, 2000-2009, BrazilOBJETIVO: Estimar o coeficiente de mortalidade por intoxicações ocupacionais relacionadas aos agrotóxicos no Brasil. MÉTODOS: Utilizaram-se dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade de 2000 a 2009 referentes aos diagnósticos de intoxicação por agrotóxicos, T60.0-T60.4, T60.8 e T60.9, X48, Y18, e Z578 da CID-10, para a causa básica ou associadas; a natureza ocupacional foi identificada pelo registro no campo ;, ; e se a ; era na agropecuária. Foram excluídos homicídios e suicídios. Para cálculo da mortalidade, o número de trabalhadores da agropecuária foi obtido do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, projeções do Sistema de Contas Nacionais. RESULTADOS: Foram encontrados registros de 2.052 óbitos por intoxicação por agrotóxicos no Brasil, dos quais 36,2% (n = 743) não continham dados sobre a ocupação. Dentre os 1.309 restantes, 679 (51,9%) eram trabalhadores da agropecuária. A mortalidade por intoxicação ocupacional por agrotóxicos caiu de 0,56/100.000 (2000 a 2001) para 0,39/100.000 (2008 a 2009) entre trabalhadores no período, maior queda entre os homens que entre as mulheres. Os homens tiveram maiores estimativas de mortalidade por esse tipo de intoxicação em todos os anos. A maior parte dos óbitos foi causada por agrotóxicos do tipo organofosforados e carbamatos. O número de óbitos por esse tipo de intoxicação declinou em todas as regiões, exceto no Nordeste. CONCLUSÕES: É necessária a melhoria dos registros das declarações de óbito, em especial da ocupação e da relação dos diagnósticos com o trabalho, fundamentais para o controle e prevenção mais adequados para esses acidentes de trabalho. Atenção especial deve ser dirigida à região Nordeste do Brasil.OBJETIVO: Estimar el coeficiente de mortalidad por intoxicaciones ocupacionales relacionadas con agrotóxicos en Brasil MÉTODOS: Se utilizaron datos del Sistema de Informaciones sobre Mortalidad de 2000 a 2009 sobre los diagnósticos de intoxicación por agrotóxicos, T60.0-T60.4, T60.8 y T60.9, X48, Y18, y Z578 de la CID-10, para la causa básica o asociadas; la naturaleza ocupacional fue identificada por el registro en el campo [accidente en el trabajo], [circunstancia de óbito] y si la [ocupación] era en agropecuaria. Se excluyeron homicidios y suicidios. Para el cálculo de mortalidad, el número de trabajadores de la agropecuaria fue obtenido del Instituto Brasileño de Geografía y Estadística, proyecciones del Sistema de Cuentas Nacionales. RESULTADOS: Se encontraron registros de 2.052 óbitos por intoxicación por agrotóxicos en Brasil, de los cuales 36,2% (n=743) de los registros contenían datos sobre ocupación. Entre los 1.309 restantes, 679 (51,9% eran trabajadores de la agropecuaria). La mortalidad por intoxicación ocupacional por agrotóxicos cayó de 0,56/100.000 (2000 a 2001) a 0,39/100.000 (2008 a 2009) entre trabajadores en el período, mayor disminución entre hombres que entre las mujeres. Los hombres tuvieron mayores estimaciones de mortalidad por ese tipo de intoxicación en todos los años. La mayor parte de los óbitos fue causada por agrotóxicos de tipo organofosforados y carbamatos. El número de óbitos por este tipo de intoxicación declinó en todas las regiones, excepto en el Noreste. CONCLUSIONES: Es necesario mejorar los registros de las declaraciones de óbito, en especial, de la ocupación y de la relación de los diagnósticos con el trabajo, fundamentales para el control y prevención más adecuados para estos accidentes de trabajo. Atención especial debe ser dirigida hacia la región Noreste de Brasil.OBJECTIVE: To estimate the mortality rate due to occupational pesticide poisoning in Brazil. METHODS: Data on diagnoses of death from pesticide poisoning between 2000 and 2009 were obtained from the Mortality Information System. ICD-10 codes T60.0-T60.4, T60.8 and T60.9, Y18, X487 and Z578 as the main or secondary cause of death; data on work-related deaths were obtained from the death certificate, from the fields ;, ; and whether cases were agricultural workers. Homicides and suicides were excluded. To calculate mortality, the number of agricultural workers was obtained from the Brazilian Institute of Geography and Statistics, National System of Accounts estimates. RESULTS: There were 2,052 deaths recorded as caused by pesticide poisoning in Brazil, between 2000 and 2009, of which 36.2% (n = 743) had no occupation data. Of the remaining 1,309, 679 (51.9%) were agricultural workers. Mortality from occupational pesticide poisoning declined from 0.56/100.000 (2000-2001) to 0.39/100.000 (2008-2009) workers during the study period, and there was a larger decrease among men compared with women. Males had a higher mortality from this type of poisoning than women in all study years. Most deaths were caused by organophosphates and carbamate pesticides poisoning. During the study period the number of cases declined in all regions, except for the Northeast. CONCLUSIONS: Improvement in the quality of Death Certificate records is needed, particularly for occupation and the assessment of causes of death as work related, crucial for work injuries control and prevention programs. Special attention is required in the Northeast region.Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2013-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/7666610.1590/rsp.v47i3.76666Revista de Saúde Pública; Vol. 47 No. 3 (2013); 598-606Revista de Saúde Pública; Vol. 47 Núm. 3 (2013); 598-606Revista de Saúde Pública; v. 47 n. 3 (2013); 598-6061518-87870034-8910reponame:Revista de Saúde Públicainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporenghttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/76666/80450https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/76666/80451Copyright (c) 2017 Revista de Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessSantana, Vilma SousaMoura, Maria Claudia PeresNogueira, Flavia Ferreira e2014-03-20T18:12:16Zoai:revistas.usp.br:article/76666Revistahttps://www.revistas.usp.br/rsp/indexONGhttps://www.revistas.usp.br/rsp/oairevsp@org.usp.br||revsp1@usp.br1518-87870034-8910opendoar:2014-03-20T18:12:16Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP)false
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