Dengue na região sudeste do Brasil: análise histórica e soroepidemiológica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Serufo, José Carlos
Data de Publicação: 1993
Outros Autores: Souza, Andréa Marcia, Tavares, Valéria Aparecida, Jammal, Marcos Cézar, Silva, Josimar Gerônimo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Revista de Saúde Pública
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/23959
Resumo: Objetivou-se fazer análise histórica da atuação dos órgãos de saúde no combate ao Aedes aegypti e realizar estudo soroepidemiológico de pessoas com quadro febril não identificado para avaliar a ocorrência de dengue na população do Estado de Minas Gerais, Brasil. Foram utilizados os testes de Mac-Elisa, Gac-Elisa, inibição da hemaglutinação, isolamento e tipagem. Foram avaliados os níveis de intoxicação de trabalhadores por inseticidas organofosforado, através de dosagem da colinesterase. Foram coletados 1.989 soros de pessoas com quadro febril não identificado em 28 municípios, sendo constatada a ocorrência de dengue em 17 e comprovada autoctonia em 14 municípios. Foi isolado sorotipo 1. A dosagem de colinesterase de 2.391 soros mostrou 53 casos com alterações, sendo comprovados 3 casos de intoxicação. Os resultados mostraram uma epidemia de proporções maiores do que a oficialmente conhecida. A distribuição ampla do vetor traz inquietação quanto à possibilidade de reurbanização da febre amarela silvestre, enquanto a não detecção do A. aegypti em 2 municípios com autoctonia levanta a possibilidade do envolvimento de outros vetores. Como não existe ainda vacina contra o dengue, o combate ao vetor é a medida eficaz na prevenção de surtos. A erradicação do vetor depende de decisão governamental que envolva a organização do sistema de saúde e a participação de todos os meios e formas de repasse de informação, uma vez que o resultado a médio e longo prazo depende especialmente da capacitação popular e sua participação ostensiva.
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