Epidemiological characterization of meningococcal disease in a metropolitan area in Southeastern Brazil, 1976-1994

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gama, Silvana Granado N.
Data de Publicação: 1997
Outros Autores: Feldman Marzochi, Keyla B., Borges da Siveira Filho, Getúlio
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de Saúde Pública
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/24277
Resumo: INTRODUÇÃO: A doença meningocócica (DM) continua merecendo avaliações quanto a sua multicausalidade endêmica e epidêmica e seu comportamento evolutivo, nos diferentes locais. MATERIAL E MÉTODOS: Partindo da padronização da investigação epidemiológica da DM no Município do Rio de Janeiro a partir da epidemia da década de 70, foram analisados 4.155 casos notificados de 1976 a 1994, através de estudo retrospectivo, descritivo e analítico, com base nas fichas de investigação epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde. Os testes utilizados para análise estatística foram: o chi², o de Wilcoxon-Mann-Whitney e de Kruskal-Wallis. RESULTADOS: O estudo resultou na definição de três períodos, classificados como pós-epidêmico (1976/79), endêmico (1980/86) e epidêmico (1987/94), diferenciados pelas taxas de incidência e pelo sorogrupo do meningococo predominante. As taxas de incidência médias por período no município foram, respectivamente, de 3,51; 1,67 e 6,53 casos/100.000 habitantes. Os sorogrupos A e C predominaram no período pós-epidêmico, o B e o A no endêmico e o B no epidêmico. A letalidade média praticamente não se modificou no decorrer do tempo, mas variou segundo o hospital de internação, tendo sido sempre menor no hospital estadual de referência em relação aos demais públicos e privados. CONCLUSÃO: As maiores taxas de incidência e letalidade corresponderam aos menores de um ano e o risco de adoecer foi maior no sexo masculino. Os maiores coeficientes de incidência tenderam a ocorrer nas mesmas áreas do município, nos três períodos epidemiológicos, e a população que reside em favelas teve um risco de adoecimento duas vezes maior.
id USP-23_e7b8e077f3470b6c754dab3cb817262a
oai_identifier_str oai:revistas.usp.br:article/24277
network_acronym_str USP-23
network_name_str Revista de Saúde Pública
repository_id_str
spelling Epidemiological characterization of meningococcal disease in a metropolitan area in Southeastern Brazil, 1976-1994 Caracterização epidemiológica da doença meningocócica na área metropolitana do Rio de Janeiro, Brasil, 1976 a 1994 Infecções meningocócicas^i1^sepidemioloMeningococcal infections^i2^sepidemiol INTRODUÇÃO: A doença meningocócica (DM) continua merecendo avaliações quanto a sua multicausalidade endêmica e epidêmica e seu comportamento evolutivo, nos diferentes locais. MATERIAL E MÉTODOS: Partindo da padronização da investigação epidemiológica da DM no Município do Rio de Janeiro a partir da epidemia da década de 70, foram analisados 4.155 casos notificados de 1976 a 1994, através de estudo retrospectivo, descritivo e analítico, com base nas fichas de investigação epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde. Os testes utilizados para análise estatística foram: o chi², o de Wilcoxon-Mann-Whitney e de Kruskal-Wallis. RESULTADOS: O estudo resultou na definição de três períodos, classificados como pós-epidêmico (1976/79), endêmico (1980/86) e epidêmico (1987/94), diferenciados pelas taxas de incidência e pelo sorogrupo do meningococo predominante. As taxas de incidência médias por período no município foram, respectivamente, de 3,51; 1,67 e 6,53 casos/100.000 habitantes. Os sorogrupos A e C predominaram no período pós-epidêmico, o B e o A no endêmico e o B no epidêmico. A letalidade média praticamente não se modificou no decorrer do tempo, mas variou segundo o hospital de internação, tendo sido sempre menor no hospital estadual de referência em relação aos demais públicos e privados. CONCLUSÃO: As maiores taxas de incidência e letalidade corresponderam aos menores de um ano e o risco de adoecer foi maior no sexo masculino. Os maiores coeficientes de incidência tenderam a ocorrer nas mesmas áreas do município, nos três períodos epidemiológicos, e a população que reside em favelas teve um risco de adoecimento duas vezes maior. INTRODUCTION: Meningococcal disease continues to warrant assessment as to its endemic and epidemic multicausality and temporal trends in various locations. MATERIAL AND METHOD: Based on a standardization of epidemiological investigation of meningococcal disease in the municipality of Rio de Janeiro county, Southeastern Brazil, as from epidemic of the 1970s a study to characterized the epidemiological characteristics of the disease, was realized. The total of 4,155 cases reported between 1976 and 1994 were analyzed in a retrospective, descriptive, and analytical study, using the epidemiological investigation forms issued by the Municipal Health Secretariat. Statistical analysis was performed using the chi², Wilcoxon-Mann-Whitney, and Kruskal-Wallis tests. RESULTS: The study resulted in the definition of three periods, classified as post-epidemic (1976-79), endemic (1980-86), and epidemic (1987-94), differentiated by the incidence rates and the predominant meningococcal serogroup. The mean incidence rates per period in the municipality were 3.51, 1.67, and 6.53 cases/100,000 inhabitants, respectively. Serogroups A and C predominated during the post-epidemic period, B and A in the endemic, and B in the epidemic. CONCLUSION: The mean case fatality rate remained virtually unchanged over time, but it varied by hospital, and during all three periods was lower in the State government reference hospital than in the other hospitals, whetter public or private. The highest incidence and case fatality rates were associated with patients under one year of age, and the risk of acquiring the disease was greater among males. The highest incidence coefficients tended to occur in the same areas of the conunty during the three epidemiological periods, and the shanty-town population was at twice the risk of acquiring the disease. Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública1997-06-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/2427710.1590/S0034-89101997000300006Revista de Saúde Pública; Vol. 31 No. 3 (1997); 254-262 Revista de Saúde Pública; Vol. 31 Núm. 3 (1997); 254-262 Revista de Saúde Pública; v. 31 n. 3 (1997); 254-262 1518-87870034-8910reponame:Revista de Saúde Públicainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/24277/26201Copyright (c) 2017 Revista de Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessGama, Silvana Granado N.Feldman Marzochi, Keyla B.Borges da Siveira Filho, Getúlio2012-05-29T16:48:17Zoai:revistas.usp.br:article/24277Revistahttps://www.revistas.usp.br/rsp/indexONGhttps://www.revistas.usp.br/rsp/oairevsp@org.usp.br||revsp1@usp.br1518-87870034-8910opendoar:2012-05-29T16:48:17Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Epidemiological characterization of meningococcal disease in a metropolitan area in Southeastern Brazil, 1976-1994
Caracterização epidemiológica da doença meningocócica na área metropolitana do Rio de Janeiro, Brasil, 1976 a 1994
title Epidemiological characterization of meningococcal disease in a metropolitan area in Southeastern Brazil, 1976-1994
spellingShingle Epidemiological characterization of meningococcal disease in a metropolitan area in Southeastern Brazil, 1976-1994
Gama, Silvana Granado N.
Infecções meningocócicas^i1^sepidemiolo
Meningococcal infections^i2^sepidemiol
title_short Epidemiological characterization of meningococcal disease in a metropolitan area in Southeastern Brazil, 1976-1994
title_full Epidemiological characterization of meningococcal disease in a metropolitan area in Southeastern Brazil, 1976-1994
title_fullStr Epidemiological characterization of meningococcal disease in a metropolitan area in Southeastern Brazil, 1976-1994
title_full_unstemmed Epidemiological characterization of meningococcal disease in a metropolitan area in Southeastern Brazil, 1976-1994
title_sort Epidemiological characterization of meningococcal disease in a metropolitan area in Southeastern Brazil, 1976-1994
author Gama, Silvana Granado N.
author_facet Gama, Silvana Granado N.
Feldman Marzochi, Keyla B.
Borges da Siveira Filho, Getúlio
author_role author
author2 Feldman Marzochi, Keyla B.
Borges da Siveira Filho, Getúlio
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Gama, Silvana Granado N.
Feldman Marzochi, Keyla B.
Borges da Siveira Filho, Getúlio
dc.subject.por.fl_str_mv Infecções meningocócicas^i1^sepidemiolo
Meningococcal infections^i2^sepidemiol
topic Infecções meningocócicas^i1^sepidemiolo
Meningococcal infections^i2^sepidemiol
description INTRODUÇÃO: A doença meningocócica (DM) continua merecendo avaliações quanto a sua multicausalidade endêmica e epidêmica e seu comportamento evolutivo, nos diferentes locais. MATERIAL E MÉTODOS: Partindo da padronização da investigação epidemiológica da DM no Município do Rio de Janeiro a partir da epidemia da década de 70, foram analisados 4.155 casos notificados de 1976 a 1994, através de estudo retrospectivo, descritivo e analítico, com base nas fichas de investigação epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde. Os testes utilizados para análise estatística foram: o chi², o de Wilcoxon-Mann-Whitney e de Kruskal-Wallis. RESULTADOS: O estudo resultou na definição de três períodos, classificados como pós-epidêmico (1976/79), endêmico (1980/86) e epidêmico (1987/94), diferenciados pelas taxas de incidência e pelo sorogrupo do meningococo predominante. As taxas de incidência médias por período no município foram, respectivamente, de 3,51; 1,67 e 6,53 casos/100.000 habitantes. Os sorogrupos A e C predominaram no período pós-epidêmico, o B e o A no endêmico e o B no epidêmico. A letalidade média praticamente não se modificou no decorrer do tempo, mas variou segundo o hospital de internação, tendo sido sempre menor no hospital estadual de referência em relação aos demais públicos e privados. CONCLUSÃO: As maiores taxas de incidência e letalidade corresponderam aos menores de um ano e o risco de adoecer foi maior no sexo masculino. Os maiores coeficientes de incidência tenderam a ocorrer nas mesmas áreas do município, nos três períodos epidemiológicos, e a população que reside em favelas teve um risco de adoecimento duas vezes maior.
publishDate 1997
dc.date.none.fl_str_mv 1997-06-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/24277
10.1590/S0034-89101997000300006
url https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/24277
identifier_str_mv 10.1590/S0034-89101997000300006
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/24277/26201
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2017 Revista de Saúde Pública
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2017 Revista de Saúde Pública
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública
publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública
dc.source.none.fl_str_mv Revista de Saúde Pública; Vol. 31 No. 3 (1997); 254-262
Revista de Saúde Pública; Vol. 31 Núm. 3 (1997); 254-262
Revista de Saúde Pública; v. 31 n. 3 (1997); 254-262
1518-8787
0034-8910
reponame:Revista de Saúde Pública
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Revista de Saúde Pública
collection Revista de Saúde Pública
repository.name.fl_str_mv Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv revsp@org.usp.br||revsp1@usp.br
_version_ 1800221777777917952