Growth and work among elementary and high school students in São Paulo, Brazil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Martins, Ignez Salas
Data de Publicação: 2002
Outros Autores: Fischer, Frida Marina, Oliveira, Denize Cristina de, Teixeira, Liliane Reis, Costa, Luís Augusto Ribeiro da, Marinho, Sheila Pita, Perestrelo, José Paulo Pires, Latorre, Maria do Rosário Dias de Oliveira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista de Saúde Pública
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/25297
Resumo: OBJETIVO: Verificar alguns fatores de risco para a baixa estatura em adolescentes escolares e trabalhadores. MÉTODOS: A amostra foi estratificada, constituída por 50% dos escolares da quinta série ao terceiro colegial das duas maiores escolas dos municípios de Monteiro Lobato e de Santo Antonio do Pinhal, em 1999, uma de zona urbana e outra de zona rural, com um total de 756 indivíduos. A desnutrição foi definida pelo indicador altura/idade, segundo o padrão do National Center for Health Statistics (1977). Foram feitas a distribuição da altura/idade na população amostrada e uma análise multivariada, utilizando o método "stepwise", em que a baixa estatura foi a variável dependente. RESULTADOS: Constatou-se que 12,7% (96) dos adolescentes estavam abaixo do P5 do padrão, 24,4% (184) entre os centis 5 e 15 e 47,1% ( 356) entre 15 e 50. A chance de baixa estatura foi associada à idade: tomando-se como base a faixa etária entre 10 e 13 anos, para os indivíduos entre 14 e 17 anos, encontrou-se mais do que o dobro de chance de baixa altura (ORaj=2,49) e, para aqueles de 17 a 19, o triplo (ORaj=3,37). Estar desempregado aumenta o risco de baixa estatura (ORaj=2,86) em relação aos que trabalham. Também são maiores as chances de baixa estatura entre os que trabalham em tempo parcial (ORaj=1,81). CONCLUSÕES: Constataram-se determinantes econômicos no risco de desnutrição crônica entre os adolescentes, na medida em que o trabalho é parte imprescindível da estratégia de sobrevivência desse grupo. Ressalta-se que a aplicação da legislação referente ao trabalho do menor deve ser acompanhada de políticas públicas compensatórias.
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spelling Growth and work among elementary and high school students in São Paulo, Brazil Crescimento e trabalho de estudantes de ensino fundamental e médio em São Paulo, Brasil AdolescênciaTrabalho de menoresTranstornos nutricionaisEstaturaFatores de riscoAntropometriaCrescimentoFatores socioeconômicosEstudantesAdolescenceChild laborNutrition disordersBody heightRisk factorsAnthopometryGrowthSocioeconomic factorsStudents OBJETIVO: Verificar alguns fatores de risco para a baixa estatura em adolescentes escolares e trabalhadores. MÉTODOS: A amostra foi estratificada, constituída por 50% dos escolares da quinta série ao terceiro colegial das duas maiores escolas dos municípios de Monteiro Lobato e de Santo Antonio do Pinhal, em 1999, uma de zona urbana e outra de zona rural, com um total de 756 indivíduos. A desnutrição foi definida pelo indicador altura/idade, segundo o padrão do National Center for Health Statistics (1977). Foram feitas a distribuição da altura/idade na população amostrada e uma análise multivariada, utilizando o método "stepwise", em que a baixa estatura foi a variável dependente. RESULTADOS: Constatou-se que 12,7% (96) dos adolescentes estavam abaixo do P5 do padrão, 24,4% (184) entre os centis 5 e 15 e 47,1% ( 356) entre 15 e 50. A chance de baixa estatura foi associada à idade: tomando-se como base a faixa etária entre 10 e 13 anos, para os indivíduos entre 14 e 17 anos, encontrou-se mais do que o dobro de chance de baixa altura (ORaj=2,49) e, para aqueles de 17 a 19, o triplo (ORaj=3,37). Estar desempregado aumenta o risco de baixa estatura (ORaj=2,86) em relação aos que trabalham. Também são maiores as chances de baixa estatura entre os que trabalham em tempo parcial (ORaj=1,81). CONCLUSÕES: Constataram-se determinantes econômicos no risco de desnutrição crônica entre os adolescentes, na medida em que o trabalho é parte imprescindível da estratégia de sobrevivência desse grupo. Ressalta-se que a aplicação da legislação referente ao trabalho do menor deve ser acompanhada de políticas públicas compensatórias. OBJECTIVE: To assess risk factors for low height and students and working adolescents in cities of State of São Paulo, Brazil. METHODS: A stratified sample , consisting of 50.0% of students from 5th grade to last year of high school, of State of São Paulo, Brazil, in 1999, was drawn from two largest schools of two different cities (urban and rural). A total of 756 individuals were studied. The height/age indicator, according to the 1977-NCHS (National Center for Health Statistics) standards, defined malnutrition. Height/age distribution and multivariate analyses were carried out using the stepwise method and low-height as the dependent variable. RESULTS: Of the adolescents, 12.7% (96) fell below percentile 5; 24.4% (184) between percentiles 5--15; and 47.1% (356) between percentiles 15--50. Low height was associated with age: taking age-group 10-13 as reference, low-height was twice as likely in students aged 14-17 years (OR adj.=2.49). For those aged 17-19 years, low height was three times as likely (OR adj.=3.37). Being unemployed increases the risk for low-height (OR adj.=2.86) when compared to working adolescents. Also, low height is higher (OR adj.=1.81) among part-time workers. CONCLUSION: Economical determinants contribute to the risks for chronic malnutrition among students, since these adolescents rely on work to live on. It is worth emphasizing that underage labor legislation should be enforced in conjunction with compensation public programs. Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2002-02-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/2529710.1590/S0034-89102002000100004Revista de Saúde Pública; Vol. 36 No. 1 (2002); 19-25 Revista de Saúde Pública; Vol. 36 Núm. 1 (2002); 19-25 Revista de Saúde Pública; v. 36 n. 1 (2002); 19-25 1518-87870034-8910reponame:Revista de Saúde Públicainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/25297/27042Copyright (c) 2017 Revista de Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessMartins, Ignez SalasFischer, Frida MarinaOliveira, Denize Cristina deTeixeira, Liliane ReisCosta, Luís Augusto Ribeiro daMarinho, Sheila PitaPerestrelo, José Paulo PiresLatorre, Maria do Rosário Dias de OliveiraCosta, Luís Augusto Ribeiro da2012-05-29T19:21:10Zoai:revistas.usp.br:article/25297Revistahttps://www.revistas.usp.br/rsp/indexONGhttps://www.revistas.usp.br/rsp/oairevsp@org.usp.br||revsp1@usp.br1518-87870034-8910opendoar:2012-05-29T19:21:10Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP)false
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