Multimorbidity: The Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil)
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Data de Publicação: | 2019 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng por |
Título da fonte: | Revista de Saúde Pública |
DOI: | 10.11606/s1518-8787.2018052000637 |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/153952 |
Resumo: | OBJETIVO: Avaliar a ocorrência e os fatores associados à multimorbidade entre brasileiros com 50 anos ou mais de idade. MÉTODOS: Estudo transversal em uma coorte de base nacional da população brasileira não institucionalizada. Os dados foram coletados entre 2015 e 2016. A multimorbidade foi avaliada a partir de uma lista de 19 morbidades, sendo categorizada em ≥ 2 e ≥ 3 doenças. A análise incluiu cálculo de frequências e 10 pares e trios mais frequentes de combinações de doenças, além das análises bruta e ajustada dos fatores associados por meio de regressão de Poisson, incluindo variáveis demográficas, socioeconômicas, comportamentais e contextuais (zona de residência, região geopolítica e cobertura da Estratégia Saúde da Família). RESULTADOS: Do total de 9.412 indivíduos, 67,8% (IC95% 65,6–69,9) e 47,1% (IC95% 44,8–49,4) tinham ≥ 2 e ≥ 3 doenças, respectivamente. Na análise ajustada, mulheres, pessoas mais velhas e aqueles que não consumiam bebidas alcoólicas tiveram mais multimorbidade. Não foram observadas associações com cor da pele, zona de residência, região geopolítica e cobertura da Estratégia Saúde da Família. Os 10 pares (frequências observadas entre 11,6% e 23,2%) e os 10 trios (frequências observadas entre 4,9% e 9,5%) de doenças mais frequentes incluíram, em sua maioria, problema de coluna (15 vezes) e hipertensão arterial sistêmica (11 vezes). Todas as combinações apresentaram frequência estatisticamente maior do que seria esperado ao acaso. CONCLUSÕES: A ocorrência de multimorbidade foi elevada mesmo entre os indivíduos mais jovens (50 a 59 anos). Cerca de dois em cada três (≥ 2 doenças) e um em cada dois (≥ 3 doenças) indivíduos com 50 anos ou mais apresentaram multimorbidade, representando 26 e 18 milhões de pessoas no Brasil, respectivamente. Frequências elevadas de combinações de morbidades foram observadas. |
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Multimorbidity: The Brazilian Longitudinal Study of Aging (ELSI-Brazil)Multimorbidade em indivíduos com 50 anos ou mais de idade: ELSI-BrazilAgedMultimorbidityComorbidityHealth SurveysIdosoMultimorbidadeComorbidadeInquéritos EpidemiológicosOBJETIVO: Avaliar a ocorrência e os fatores associados à multimorbidade entre brasileiros com 50 anos ou mais de idade. MÉTODOS: Estudo transversal em uma coorte de base nacional da população brasileira não institucionalizada. Os dados foram coletados entre 2015 e 2016. A multimorbidade foi avaliada a partir de uma lista de 19 morbidades, sendo categorizada em ≥ 2 e ≥ 3 doenças. A análise incluiu cálculo de frequências e 10 pares e trios mais frequentes de combinações de doenças, além das análises bruta e ajustada dos fatores associados por meio de regressão de Poisson, incluindo variáveis demográficas, socioeconômicas, comportamentais e contextuais (zona de residência, região geopolítica e cobertura da Estratégia Saúde da Família). RESULTADOS: Do total de 9.412 indivíduos, 67,8% (IC95% 65,6–69,9) e 47,1% (IC95% 44,8–49,4) tinham ≥ 2 e ≥ 3 doenças, respectivamente. Na análise ajustada, mulheres, pessoas mais velhas e aqueles que não consumiam bebidas alcoólicas tiveram mais multimorbidade. Não foram observadas associações com cor da pele, zona de residência, região geopolítica e cobertura da Estratégia Saúde da Família. Os 10 pares (frequências observadas entre 11,6% e 23,2%) e os 10 trios (frequências observadas entre 4,9% e 9,5%) de doenças mais frequentes incluíram, em sua maioria, problema de coluna (15 vezes) e hipertensão arterial sistêmica (11 vezes). Todas as combinações apresentaram frequência estatisticamente maior do que seria esperado ao acaso. CONCLUSÕES: A ocorrência de multimorbidade foi elevada mesmo entre os indivíduos mais jovens (50 a 59 anos). Cerca de dois em cada três (≥ 2 doenças) e um em cada dois (≥ 3 doenças) indivíduos com 50 anos ou mais apresentaram multimorbidade, representando 26 e 18 milhões de pessoas no Brasil, respectivamente. Frequências elevadas de combinações de morbidades foram observadas.OBJECTIVE: To evaluate the occurrence and factors associated with multimorbidity among Brazilians aged 50 years and over. METHODS: This is a cross-sectional study in a nation-based cohort of the non-institutionalized population in Brazil. Data were collected between 2015 and 2016. Multimorbidity was assessed from a list of 19 morbidities, which were categorized into ≥ 2 and ≥ 3 diseases. The analysis included the calculation of frequencies and the most frequent 10 pairs and triplets of combinations of diseases. The crude and adjusted analyses evaluated the demographic, socioeconomic, behavioral, and contextual variables (area of residence, geopolitical region, and coverage of the Family Health Strategy) using Poisson regression. RESULTS: From the total of 9,412 individuals, 67.8% (95%CI 65.6–69.9) and 47.1% (95%CI 44.8–49.4) showed ≥ 2 and ≥ 3 diseases, respectively. In the adjusted analysis, women, older persons, and those who did not consume alcohol had increased multimorbidity. There were no associations with race, area of residence, geopolitical region, and coverage of the Family Health Strategy. The 10 pairs (frequencies observed between 11.6% and 23.2%) and the 10 triplets (frequencies observed between 4.9% and 9.5%) of the most frequent diseases mostly included back problems (15 times) and systemic arterial hypertension (11 times). All combinations were statistically higher than expected by chance. CONCLUSIONS: The occurrence of multimorbidity was high even among younger individuals (50 to 59 years). Approximately two in three (≥ 2 diseases) and one in two (≥ 3 diseases) individuals aged 50 years and over presented multimorbidity, which represents 26 and 18 million persons in Brazil, respectively. We observed high frequencies of combinations of morbidities.Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública2019-01-24info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfapplication/pdfapplication/xmlhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/15395210.11606/s1518-8787.2018052000637Revista de Saúde Pública; Vol. 52 No. Suppl 2 (2018): Supplement ELSI-Brazil; 10sRevista de Saúde Pública; Vol. 52 Núm. Suppl 2 (2018): Supplement ELSI-Brazil; 10sRevista de Saúde Pública; v. 52 n. Suppl 2 (2018): Supplement ELSI-Brazil; 10s1518-87870034-8910reponame:Revista de Saúde Públicainstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPengporhttps://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/153952/150283https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/153952/150284https://www.revistas.usp.br/rsp/article/view/153952/150285Copyright (c) 2019 Revista de Saúde Públicainfo:eu-repo/semantics/openAccessNunes, Bruno PereiraBatista, Sandro Rogério RodriguesAndrade, Fabíola Bof deSouza Junior, Paulo Roberto Borges deLima-Costa, Maria FernandaFacchini, Luiz Augusto2019-04-25T16:08:07Zoai:revistas.usp.br:article/153952Revistahttps://www.revistas.usp.br/rsp/indexONGhttps://www.revistas.usp.br/rsp/oairevsp@org.usp.br||revsp1@usp.br1518-87870034-8910opendoar:2019-04-25T16:08:07Revista de Saúde Pública - Universidade de São Paulo (USP)false |
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