O convivio com a dor: um enfoque existencial
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2002 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista da Escola de Enfermagem da USP (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/reeusp/article/view/41319 |
Resumo: | No cotidiano de um hospital, em meu sendo-enfermeira, cuidando de pacientes com dor, essa mostrou-se a mim para além de uma esfera biológica, inserindo-se em uma dimensão existencial. Deste conviver, algo me inquietou e senti necessidade de compreender essas pessoas em situação de dor passando a questionar: como a pessoa compreende a sua dor? Qual o significado de vivenciar situações dolorosas em sua cronicidade? . Na tentativa de encontrar um caminho para tal compreensão, busquei por algumas idéias da fenomenologia. Foram realizadas entrevistas individuais, fundamentada na questão norteadora: "Como vem sendo para o (a) senhor (a) o convívio com a dor? Conte-me sobre isto". Após análise, pude compreender que a dor é uma forma de estreitamento do horizonte de possibilidades, de transformações na existência. Não é somente o corpo físico que se encontra doente, mas a vida em suas várias dimensões ficam afetadas, fundamentalmente no que se refere ao mundo familiar, do trabalho e da auto-relação. |
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O convivio com a dor: um enfoque existencialEl convivio con el dolor: un enfoque existencialLiving with pain: an existential focusDolorFenomenologiaDorFenomenologiaPainPhenomenologyNo cotidiano de um hospital, em meu sendo-enfermeira, cuidando de pacientes com dor, essa mostrou-se a mim para além de uma esfera biológica, inserindo-se em uma dimensão existencial. Deste conviver, algo me inquietou e senti necessidade de compreender essas pessoas em situação de dor passando a questionar: como a pessoa compreende a sua dor? Qual o significado de vivenciar situações dolorosas em sua cronicidade? . Na tentativa de encontrar um caminho para tal compreensão, busquei por algumas idéias da fenomenologia. Foram realizadas entrevistas individuais, fundamentada na questão norteadora: "Como vem sendo para o (a) senhor (a) o convívio com a dor? Conte-me sobre isto". Após análise, pude compreender que a dor é uma forma de estreitamento do horizonte de possibilidades, de transformações na existência. Não é somente o corpo físico que se encontra doente, mas a vida em suas várias dimensões ficam afetadas, fundamentalmente no que se refere ao mundo familiar, do trabalho e da auto-relação.En el cotidiano de un hospital, la actuación de la enfermera cuidando de pacientes con dolor, demuestra más que una esfera biológica, incluyendose en una dimensión existencial. A partir de este convivir, algo despertó a la autora que sentió la necesidad de comprender las personas en situación de dolor, cuestionando: como la persona comprende su dolor? Cuál es el significado de vivir situaciones dolorosas en su cronicidad? En la tentativa de encontrar un camino para esta comprensión, la autora buscó por algunas ideas de la fenomenologia. Fueron realizadas entrevistas individuales, fundamentadas en la cuestión norteadora: "Como es y ha sido su convivio con el dolor? Hable sobre esto. Después del análisis, la autora comprendió que el dolor es una forma de estrechamiento del horizonte de posibilidades, de transformaciones en la existencia. No es solamente el cuerpo físico que se encuentra enfermo, pero la vida en sus várias dimensiones también está afectada, fundamentalmente en lo que se refiere al mundo familiar, del trabajo y de la auto-relación.In the routine of a hospital, during my nursing practice of providing care to patients with pain, it was shown to me as reaching beyond a biological sphere included in an existential dimension. Something in this experience disturbed me and I felt the need to understand these people suffering from pain, asking how they understand their pain and what is the meaning of experiencing painful chronic situations. In the attempt to find a way to obtain such understanding, I searched for some ideas stemming from phenomenology. Then, I interviewed the subjects individually based on the central question: "How is your experience with pain? Tell me about this". After the analysis, I was able to understand that pain is a way to narrow the horizon of possibilities and transformations in existence. It is not only the physical body that is ill, but also life is affected in its various dimensions, fundamentally with regard to the family, work and self-relation world.Universidade de São Paulo. Escola de Enfermagem2002-12-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/reeusp/article/view/4131910.1590/S0080-62342002000400013Revista da Escola de Enfermagem da USP; v. 36 n. 4 (2002); 386-393Revista da Escola de Enfermagem da USP; Vol. 36 No. 4 (2002); 386-393Revista da Escola de Enfermagem da USP; Vol. 36 Núm. 4 (2002); 386-3931980-220X0080-6234reponame:Revista da Escola de Enfermagem da USP (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/reeusp/article/view/41319/44886http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessSanches, Luciane MaximilianoBoemer, Magali Roseira2012-08-31T19:01:35Zoai:revistas.usp.br:article/41319Revistahttps://www.revistas.usp.br/reeuspPUBhttps://www.revistas.usp.br/reeusp/oai||nursingscholar@usp.br1980-220X0080-6234opendoar:2012-08-31T19:01:35Revista da Escola de Enfermagem da USP (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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