Desenvolvimento moral, afetividade e complexidade: esgotamento das teorias morais racionalistas a partir de Carol Gilligan
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2024 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Psicologia USP (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/psicousp/article/view/224395 |
Resumo: | As teorias morais de Jean Piaget e Lawrence Kohlberg são acusadas de esgotamento. Esse esgotamento seria devido, principalmente, a suas limitações em contemplar a complexidade envolvida no desenvolvimento moral, como o papel da afetividade nesse processo. A partir do trabalho pioneiro de Carol Gilligan que se ateve a essa relação entre cognição e afetividade, diversas teorias surgiram com proposições próprias visando sanar as limitações de suas predecessoras, e que por isso poderiam se dizer pós-kohlberguianas. Este artigo tem o objetivo de discutir a questão da complexidade no desenvolvimento moral, sobretudo quanto à influência da afetividade nesse processo, desvelada inicialmente a partir de Gilligan. Conclui-se que, caso haja, de fato, tal esgotamento, as teorias pós-kohlberguianas que consideram a complexidade, em débito com o trabalho pioneiro de Gilligan que lhes serviu de referência, parecem ter renovado o campo de investigação para mais um ciclo de décadas de estudo sobre o desenvolvimento moral. |
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Desenvolvimento moral, afetividade e complexidade: esgotamento das teorias morais racionalistas a partir de Carol GilliganMoral development, affectivity and complexity: depletion of rationalist moral theories as of Carol GilliganDéveloppement moral, affectivité et complexité: l’épuisement des théories morales rationalistes à partir de Carol GilliganDesarrollo moral, afectividad y complejidad: agotamiento de las teorías morales racionalistas desde Carol Gilliganmoral developmentcomplexityaffectivityrationalismCarol Gilligandesarrollo moralcomplejidadafectividadracionalismoCarol Gilligandéveloppement moralcomplexitéaffectivitérationalismeCarol Gilligandesenvolvimento moralcomplexidadeafetividaderacionalismoCarol GilliganAs teorias morais de Jean Piaget e Lawrence Kohlberg são acusadas de esgotamento. Esse esgotamento seria devido, principalmente, a suas limitações em contemplar a complexidade envolvida no desenvolvimento moral, como o papel da afetividade nesse processo. A partir do trabalho pioneiro de Carol Gilligan que se ateve a essa relação entre cognição e afetividade, diversas teorias surgiram com proposições próprias visando sanar as limitações de suas predecessoras, e que por isso poderiam se dizer pós-kohlberguianas. Este artigo tem o objetivo de discutir a questão da complexidade no desenvolvimento moral, sobretudo quanto à influência da afetividade nesse processo, desvelada inicialmente a partir de Gilligan. Conclui-se que, caso haja, de fato, tal esgotamento, as teorias pós-kohlberguianas que consideram a complexidade, em débito com o trabalho pioneiro de Gilligan que lhes serviu de referência, parecem ter renovado o campo de investigação para mais um ciclo de décadas de estudo sobre o desenvolvimento moral.Las teorías morales de Jean Piaget y Lawrence Kohlberg están acusadas de agotamiento. Este agotamiento se debería a sus limitaciones para contemplar la complejidad del desarrollo moral, como el papel de la afectividad en este proceso. A partir del trabajo pionero de Carol Gilligan que se apegó a esta relación entre cognición y afectividad, surgieron varias teorías con propuestas propias destinadas a remediar las limitaciones de sus predecesoras, que podría decirse post-Kohlberguianas. Este artículo tiene como objetivo discutir el tema de la complejidad en el desarrollo moral, especialmente en lo que respecta a la influencia de la afectividad en este proceso, inicialmente desvelado por Gilligan. Se concluye que si existe tal agotamiento, las teorías post-Kohlberguianas que consideran la complejidad, en deuda con el trabajo pionero de Gilligan que sirvió de referencia, parecen haber renovado el campo de investigación para otro ciclo de décadas de estudio sobre el desarrollo moral.Les théories morales de Jean Piaget et Lawrence Kohlberg sont accusées d’épuisement. Cet épuisement serait dû à ses limites à envisager la complexité impliquée dans le développement moral, comme le rôle de l’affectivité dans ce processus. Sur la base des travaux pionniers de Carol Gilligan qui s’en tenaient à cette relation entre cognition et affectivité, plusieurs théories ont émergé avec leurs propres propositions visant à remédier aux limites de leurs prédécesseurs, alors appelé post-kohlberguiennes. L’objectif est discuter de la question de la complexité dans le développement moral, notamment en ce qui concerne l’influence de l’affectivité dans ce processus, initialement dévoilée de Gilligan. On en conclut que s’il y a, en fait, un tel épuisement, les théories post-kohlberguiennes qui considèrent la complexité, redevable au travail pionnier de Gilligan qui a servi de référence, semblent avoir renouvelé le champ d’investigation pour un autre cycle de décennies d’étude sur le développement moral.The moral theories of Jean Piaget and Lawrence Kohlberg are accused of depletion. This depletion would be mainly due to its limitations in contemplating the complexity involved in moral development, such as the role of affectivity in this process. Based on the pioneering work of Carol Gilligan that stuck to this relationship between cognition and affectivity, several theories emerged with their own propositions aimed at remedying the limitations of their predecessors, which could therefore be said to be post-Kohlberguian. This article aims to discuss the issue of complexity in moral development, especially regarding the influence of affectivity in this process, initially unveiled from Gilligan. It is concluded that if there is, in fact, such depletion, the post-Kohlberguian theories that consider complexity, indebted to Gilligan’s pioneering work that served as a reference, seem to have renewed the field of investigation for another cycle of decades of study on moral development.Universidade de São Paulo. Instituto de Psicologia2024-04-05info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/psicousp/article/view/22439510.1590/0103-6564e210021Psicologia USP; v. 35 (2024); e210021Psicologia USP; Vol. 35 (2024); e210021Psicologia USP; Vol. 35 (2024); e2100211678-51770103-6564reponame:Psicologia USP (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/psicousp/article/view/224395/203976Copyright (c) 2024 Psicologia USPhttps://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessSilva, Matheus Estevão Ferreira da2024-04-30T19:44:00Zoai:revistas.usp.br:article/224395Revistahttps://www.revistas.usp.br/psicouspPUBhttps://www.revistas.usp.br/psicousp/oairevpsico@usp.br1678-51770103-6564opendoar:2024-04-30T19:44Psicologia USP (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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