A construção e reconstrução de capital social em empresas cooperativas sociais de multi-staheholders: uma abordagem dinâmica do sistema
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | eng |
Título da fonte: | Revista de Administração (São Paulo) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/rausp/article/view/48225 |
Resumo: | Teorias sobre o capital social e o empreendedorismo social têm dado destaque à iniciativa do capital social em gerar e nutrir boas relações entre o Terceiro Setor e o Setor Público. Neste trabalho, considera-se o capital social como um ativo do Terceiro Setor; as cooperativas sociais de multi-stakeholders são vistas como fruto do capital social e, ao mesmo tempo, suas criadoras e propagadoras. Para representar essa dinâmica, emprega-se a abordagem sistêmica do ponto de vista qualitativo, associada à análise das redes sociais como ferramentas para reconstrução e modelagem de processos dentro das empresas sociais da comunidade e dos sistemas de negócios conectados. A cooperação entre voluntários, clientes, líderes da comunidade e os empreendimentos locais do Terceiro Setor é fundamental para o estabelecimento da confiança nas relações entre as autoridades públicas locais e as cooperativas. Essas relações ajudam as cooperativas a manter contratos de longo prazo com as autoridades locais, como fornecedoras de serviços sociais, e possibilitam-lhes trazer inovação aos seus serviços, desenvolvendo experiências, administrando modelos e mantendo um intercâmbio com os servidores públicos. No longo prazo, essas relações unem as empresas cooperativas sociais entre si e ao setor público, ajudando a criar e renovar o capital social. Na sua atividade, as cooperativas acabam convivendo com trabalhadores que permanecem como membros da cooperativa, enquanto outros stakeholders deixam a organização. Mesmo esses que mantem um vínculo mais fraco são fundamentais para fazer de uma cooperativa de traba-lhadores uma autêntica cooperativa social de multi-stakeholders. Para manter a gestão dos multi-stakeholders e as relações com o Terceiro Setor e a sociedade civil, as cooperativas sociais têm que incentivar e fortalecer a participação e o diálogo com a comunidade por meio de um contínuo esforço de inclusão das pessoas. Usando uma abordagem de engenharia reversa, pode-se considerar determinante a criação de capital social e, desse modo, dar apoio à administração que o gera. |
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A construção e reconstrução de capital social em empresas cooperativas sociais de multi-staheholders: uma abordagem dinâmica do sistemaThe generation and re-generation of social capital and enterprises in multi-stakeholders social cooperative enterprises: a system dynamic approachLa generación y reconstrucción del capital social en empresas cooperativas sociales de multistakeholders: un enfoque dinámico del sistemacooperativas socialescapital socialmultistakeholdersistema dinámicoemprendedurismo socialcooperativas sociaiscapital socialmulti-stakeholdersistema dinâmicoempreendedorismo socialsocial cooperativessocial capitalmulti-stakeholdersystem dynamicsocial entrepreneurshipTeorias sobre o capital social e o empreendedorismo social têm dado destaque à iniciativa do capital social em gerar e nutrir boas relações entre o Terceiro Setor e o Setor Público. Neste trabalho, considera-se o capital social como um ativo do Terceiro Setor; as cooperativas sociais de multi-stakeholders são vistas como fruto do capital social e, ao mesmo tempo, suas criadoras e propagadoras. Para representar essa dinâmica, emprega-se a abordagem sistêmica do ponto de vista qualitativo, associada à análise das redes sociais como ferramentas para reconstrução e modelagem de processos dentro das empresas sociais da comunidade e dos sistemas de negócios conectados. A cooperação entre voluntários, clientes, líderes da comunidade e os empreendimentos locais do Terceiro Setor é fundamental para o estabelecimento da confiança nas relações entre as autoridades públicas locais e as cooperativas. Essas relações ajudam as cooperativas a manter contratos de longo prazo com as autoridades locais, como fornecedoras de serviços sociais, e possibilitam-lhes trazer inovação aos seus serviços, desenvolvendo experiências, administrando modelos e mantendo um intercâmbio com os servidores públicos. No longo prazo, essas relações unem as empresas cooperativas sociais entre si e ao setor público, ajudando a criar e renovar o capital social. Na sua atividade, as cooperativas acabam convivendo com trabalhadores que permanecem como membros da cooperativa, enquanto outros stakeholders deixam a organização. Mesmo esses que mantem um vínculo mais fraco são fundamentais para fazer de uma cooperativa de traba-lhadores uma autêntica cooperativa social de multi-stakeholders. Para manter a gestão dos multi-stakeholders e as relações com o Terceiro Setor e a sociedade civil, as cooperativas sociais têm que incentivar e fortalecer a participação e o diálogo com a comunidade por meio de um contínuo esforço de inclusão das pessoas. Usando uma abordagem de engenharia reversa, pode-se considerar determinante a criação de capital social e, desse modo, dar apoio à administração que o gera.Teorías sobre el capital social y el emprendedurismo social ponen de relieve la iniciativa del capital social en generar y nutrir buenas relaciones entre el sector terciario y el sector público. En este trabajo se considera el capital social como un activo del sector terciario; en él, las cooperativas sociales de multistakeholders son vistas como resultado del capital social y, a la vez, como sus creadoras y difusoras. Para representar esta dinámica, se emplea un enfoque sistémico desde el punto de vista cualitativo asociado al análisis de las redes sociales como herramientas para la reconstrucción y modelado de procesos en las empresas sociales de la comunidad y de los sistemas de negocios relacionados. La colaboración de voluntarios, clientes, líderes de la comunidad y los negocios locales del sector terciario son fundamentales para establecer la confianza en las relaciones entre las autoridades públicas locales y las cooperativas. Dichas relaciones ayudan a las cooperativas a mantener contratos a largo plazo con las autoridades locales como proveedoras de servicios sociales y les permite agregar innovación a sus servicios, desarrollando experiencias, administrando modelos y manteniendo un intercambio con los servidores públicos. En el largo plazo esas relaciones unen a las empresas cooperativas sociales entre sí y al sector público, lo que ayuda a crear y renovar el capital social. En su actividad, las cooperativas conviven con trabajadores que permanecen como miembros de la cooperativa, mientras que otros stakeholders dejan la organización. Aun éstos que mantienen un vínculo más débil son fundamentales para convertir una cooperativa de trabajadores en una auténtica cooperativa social de multistakeholders. Para mantener la gestión de los multistakeholders y las relaciones con el sector terciario y la sociedad civil, las cooperativas sociales tienen que estimular y reforzar la participación y el diálogo con la comunidad por medio de un esfuerzo continuo de inclusión social. Con el uso de un enfoque de ingeniería inversa, se puede considerar determinante la creación del capital social y, por consiguiente, apoyar la administración que lo genera.Theories on social capital and on social entrepreneurship have mainly highlighted the attitude of social capital to generate enterprises and to foster good relations between third sector organizations and the public sector. This paper considers the social capital in a specific third sector enterprise; here, multi-stakeholder social cooperatives are seen, at the same time, as social capital results, creators and incubators. In the particular enterprises that identify themselves as community social enterprises, social capital, both as organizational and relational capital, is fundamental: SCEs arise from but also produce and disseminate social capital. This paper aims to improve the building of relational social capital and the refining of helpful relations drawn from other arenas, where they were created and from where they are sometimes transferred to other realities, where their role is carried on further (often working in non-profit, horizontally and vertically arranged groups, where they share resources and relations). To represent this perspective, we use a qualitative system dynamic approach in which social capital is measured using proxies. Cooperation of volunteers, customers, community leaders and third sector local organizations is fundamental to establish trust relations between public local authorities and cooperatives. These relations help the latter to maintain long-term contracts with local authorities as providers of social services and enable them to add innovation to their services, by developing experiences and management models and maintaining an interchange with civil servants regarding these matters. The long-term relations and the organizational relations linking SCEs and public organizations help to create and to renovate social capital. Thus, multi-stakeholder cooperatives originated via social capital developed in third sector organizations produce new social capital within the cooperatives themselves and between different cooperatives (entrepreneurial components of the third sector) and the public sector. In their entrepreneurial life, cooperatives have to contrast the "working drift," as a result of which only workers remain as members of the cooperative, while other stakeholders leave the organization. Those who are not workers in the cooperative are (stake)holders with "weak ties," who are nevertheless fundamental in making a worker's cooperative an authentic social multi-stakeholders cooperative. To maintain multi-stakeholder governance and the relations with third sector and civil society, social cooperatives have to reinforce participation and dialogue with civil society through ongoing efforts to include people that provide social proposals. We try to represent these processes in a system dynamic model applied to local cooperatives, measuring the social capital created by the social cooperative through proxies, such as number of volunteers and strong cooperation with public institutions. Using a reverse-engineering approach, we can individuate the determinants of the creation of social capital and thereby give support to governance that creates social capital.Universidade de São Paulo. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade2012-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado pelos Paresapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rausp/article/view/4822510.1590/S0080-21072012000300008Revista de Administração; v. 47 n. 3 (2012); 436-445Revista de Administração; Vol. 47 No. 3 (2012); 436-445Revista de Administração; Vol. 47 Núm. 3 (2012); 436-4451984-61420080-2107reponame:Revista de Administração (São Paulo)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPenghttps://www.revistas.usp.br/rausp/article/view/48225/52060Copyright (c) 2017 Revista de Administraçãoinfo:eu-repo/semantics/openAccessTravaglini, Claudio2015-09-15T16:52:48Zoai:revistas.usp.br:article/48225Revistahttps://www.revistas.usp.br/rauspPUBhttps://www.revistas.usp.br/rausp/oairausp@usp.br||reinhard@usp.br1984-61420080-2107opendoar:2015-09-15T16:52:48Revista de Administração (São Paulo) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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