Eu sou um outro: narrativa literária como forma de conhecimento
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2016 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Via Atlântica (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/119439 |
Resumo: | In “O direito à literatura” (“The right to literature”, 1st ed. 1988), the Brazilian essayist Antonio Candido stands that literature “is a form of knowledge, even as a diffuse and unconscious incorporation” and that “[...] the humanizing power of that construction, as a construction, is great” (CANDIDO, 2011, p. 179, author’s italics; originally in Portuguese). Candido’s view, focusing specifically on the literary studies, relates to some of contemporary philosophical keystones concerning the field of hermeneutics as exerting a central role in the process of all human knowledge. Following these assertions and defending that “[e]pisodes of sickness are important milestones in the enacted narratives of patients’ lives” (GREENHALGH & HURWITZ, 1999, p. 48) and that “the formal aspects of the text convey very important information about the [patient’s] narrative world, information that is just not available in the content of what is represented” (CHARON, 2006, p. 98), this paper analyzes two literary narratives about illness (Graciliano Ramos’ “Paulo” and José Cardoso Pires’ De profundis: valsa lenta) in comparison with a short text by the youngster L. F., who died from an osteosarcoma in 2012, at the age of 19, aiming to show in them a pattern related to the narrator’s depersonalization or split in two or more subjectivities, one of them representative of the sick part of his body and/or self. Ultimately, based on philosophical hermeneutics, it postulates the concept of narrative humanization. |
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Eu sou um outro: narrativa literária como forma de conhecimentoThe other who is me: literary narrative as a form of knowledgenarrativa e medicinahumanização narrativaidentidade narrativaGraciliano RamosJosé Cardoso Piresnarrative and medicinenarrative humanizationnarrative identityGraciliano RamosJosé Cardoso PiresIn “O direito à literatura” (“The right to literature”, 1st ed. 1988), the Brazilian essayist Antonio Candido stands that literature “is a form of knowledge, even as a diffuse and unconscious incorporation” and that “[...] the humanizing power of that construction, as a construction, is great” (CANDIDO, 2011, p. 179, author’s italics; originally in Portuguese). Candido’s view, focusing specifically on the literary studies, relates to some of contemporary philosophical keystones concerning the field of hermeneutics as exerting a central role in the process of all human knowledge. Following these assertions and defending that “[e]pisodes of sickness are important milestones in the enacted narratives of patients’ lives” (GREENHALGH & HURWITZ, 1999, p. 48) and that “the formal aspects of the text convey very important information about the [patient’s] narrative world, information that is just not available in the content of what is represented” (CHARON, 2006, p. 98), this paper analyzes two literary narratives about illness (Graciliano Ramos’ “Paulo” and José Cardoso Pires’ De profundis: valsa lenta) in comparison with a short text by the youngster L. F., who died from an osteosarcoma in 2012, at the age of 19, aiming to show in them a pattern related to the narrator’s depersonalization or split in two or more subjectivities, one of them representative of the sick part of his body and/or self. Ultimately, based on philosophical hermeneutics, it postulates the concept of narrative humanization.Em “O direito à literatura” (1a ed. 1988), o crítico literário brasileiro Antonio Candido defende que a literatura “é uma forma de conhecimento, inclusive como incorporação difusa ou inconsciente”, e que “é grande o poder humanizador desta construção, enquanto construção” (CANDIDO, 2011, p. 179, itálicos do autor). A visão do crítico, focando especificamente nos estudos literários, relaciona-se a alguns conceitos-chave da filosofia contemporânea, que privilegiam a hermenêutica como exercendo um papel central no processo de conhecimento humano. A partir dessas afirmações e defendendo, com Greenhalgh e Hurwitz, que “alguns episódios de doenças são marcos importantes nas narrativas de vida dos pacientes” (GREENHALGH, HURWITZ, 1999, p. 48, trad. livre) e que “os aspectos formais do texto carregam informações importantes a respeito do universo narrativo [do paciente], informações estas que não se encontram disponíveis no conteúdo do que é representado” (CHARON, 2006, p. 98, trad. livre), este artigo analisa duas narrativas literárias sobre doença (o conto “Paulo, de Graciliano Ramos, e o livro De profundis: valsa lenta, de José Cardoso Pires), em comparação com uma composição curta, escrita pelo jovem L. F., que morreu de um osteossarcoma aos 19 anos, para apontar um padrão relacionado à despersonalização do narrador ou à sua fragmentação em duas ou mais subjetividades, uma delas representativa da parte doente do corpo e/ou do eu. No limite, postula-se, com base na hermenêutica filosófica, o conceito de humanização narrativa.Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2016-09-27info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdftext/xmlhttps://www.revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/11943910.11606/va.v0i29.119439Via Atlântica; v. 17 n. 1 (2016): Tecidos do humano - literatura e medicina; 17-49Via Atlântica; Vol. 17 No. 1 (2016): Tecidos do humano - literatura e medicina; 17-492317-80861516-5159reponame:Via Atlântica (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/119439/118174https://www.revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/119439/196235Copyright (c) 2016 Fabiana Buitor Carellihttps://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessCarelli, Fabiana Buitor2023-06-26T13:41:29Zoai:revistas.usp.br:article/119439Revistahttp://www.revistas.usp.br/viaatlanticaPUBhttp://www.revistas.usp.br/viaatlantica/oaiviatlan24@gmail.com2317-80861516-5159opendoar:2023-06-26T13:41:29Via Atlântica (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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