Books that women must (not) read: licencious prints in Brazil at the late 1800’s
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Via Atlântica (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/197168 |
Resumo: | Extremamente populares entre os leitores das principais cidades do país, os livros licenciosos eram uma preocupação constante entre a sociedade conservadora. Sem poder contar com a lei para reprimir e exterminar definitivamente o consumo de pornografia, clamava-se às autoridades políticas que agissem em favor do pudor público. A popularidade do gênero é revelada sobretudo pelos anúncios das livrarias e pelas críticas preocupadas quanto ao efeito pernicioso desses livros. Anônimos ou não, os impressos forneciam um arsenal farto de informações sobre sexo que poderiam ser aprendidas por moças e mulheres de família. Era uma literatura perigosamente pedagógica: ensinava como sentir prazer, estando uma mulher só ou acompanhada. Mostrava mulheres vivendo de maneira autônoma, sem punições ou consequências. Neste artigo, vamos conhecer dois desses livros: o anônimo Amar, gozar, morrer (c.1878) e Cocotes e conselheiros (1887), do pseudônimo Rabelais. Percorrendo as fontes primárias e comentando estes e outros livros, buscamos ampliar o nosso conhecimento sobre a literatura – e as leitoras – do período. |
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Books that women must (not) read: licencious prints in Brazil at the late 1800’sLivros que as mulheres (não) devem ler: impressos licenciosos no Brasil no final do Oitocentosséculo XIXliteratura luso-brasileiraliteratura licenciosaAmar gozar morrerCocotes e conselheirosnineteenth centuryLuso-Brazilian literaturelicentious literatureAmar gozar morrerCocotes e conselheirosExtremamente populares entre os leitores das principais cidades do país, os livros licenciosos eram uma preocupação constante entre a sociedade conservadora. Sem poder contar com a lei para reprimir e exterminar definitivamente o consumo de pornografia, clamava-se às autoridades políticas que agissem em favor do pudor público. A popularidade do gênero é revelada sobretudo pelos anúncios das livrarias e pelas críticas preocupadas quanto ao efeito pernicioso desses livros. Anônimos ou não, os impressos forneciam um arsenal farto de informações sobre sexo que poderiam ser aprendidas por moças e mulheres de família. Era uma literatura perigosamente pedagógica: ensinava como sentir prazer, estando uma mulher só ou acompanhada. Mostrava mulheres vivendo de maneira autônoma, sem punições ou consequências. Neste artigo, vamos conhecer dois desses livros: o anônimo Amar, gozar, morrer (c.1878) e Cocotes e conselheiros (1887), do pseudônimo Rabelais. Percorrendo as fontes primárias e comentando estes e outros livros, buscamos ampliar o nosso conhecimento sobre a literatura – e as leitoras – do período.Extremely popular among readers in the main cities of Brazil, licentious books were a constant concern among conservative society. Unable to count on the law to repress and definitively exterminate the consumption of pornography, political authorities were called upon to act in favor of public modesty. Bookstore advertisements in the newspapers reveal the genre's popularity, not to mention the concerned critics about the pernicious effect of these books. Anonymous or not, the publications provided a rich arsenal of information about sex that could be learned by young ladies and married women. It was a dangerously pedagogical literature: it taught a woman how to feel pleasure, by herself or accompanied. It showed women living autonomously, without punishment or consequences. In this article, we will get to know two of these books: the anonymous Amar, gozar, morrer (c.1878) and Cocotes e conselheiros (1887), by the pseudonym Rabelais. By going through the primary sources and commenting on these and other books, we seek to expand our knowledge of the literature – and the women readers – of the period.Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2023-04-28info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontextoinfo:eu-repo/semantics/otherapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/19716810.11606/va.i43.197168Via Atlântica; v. 24 n. 1 (2023): Sexo e sensibilidades eróticas na literatura luso-brasileira de Oitocentos e da Belle Époque; 48-82Via Atlântica; Vol. 24 No. 1 (2023): Sexo e sensibilidades eróticas na literatura luso-brasileira de Oitocentos e da Belle Époque; 48-822317-80861516-5159reponame:Via Atlântica (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/viaatlantica/article/view/197168/192917Copyright (c) 2023 Aline Moreirahttps://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessMoreira, Aline2023-06-26T13:48:21Zoai:revistas.usp.br:article/197168Revistahttp://www.revistas.usp.br/viaatlanticaPUBhttp://www.revistas.usp.br/viaatlantica/oaiviatlan24@gmail.com2317-80861516-5159opendoar:2023-06-26T13:48:21Via Atlântica (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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