Perfil do risco cardiovascular de mulheres adultas triadas para um programa de exercício físico

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Neri, Fernanda dos Santos
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Galera, Beatriz Simões, Russo, Camila Bossoni, Eches, Erick Henrique Pereira, Laqui, Isabella dos Santos, Cardoso Júnior, Crivaldo Gomes
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Educação Física e Esporte (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rbefe/article/view/166724
Resumo: O objetivo do estudo foi descrever o perfil de risco cardiovascular (RCV) de mulheres adultas triadas para participação de um programa de exercício físico. Foram avaliadas 409 mulheres, com idade entre 20 e 59 anos. Seguiu-se a recomendação de triagem e estratificação do RCV proposta pelo Colégio Americano de Medicina Esportiva por meio da aplicação de um questionário face a face que identificou o Risco Alto (RA) pela presença de doença cérebro-cardiovascular ou sintomas de instabilidade cardíaca, Risco Moderado pela presença de três ou mais fatores de risco e o Risco Baixo pela presença de até dois fatores de risco para mulheres com idade inferior a 55 anos. Entretanto, para atender ao desfecho primário do estudo (prevalência do alto risco) foram agrupadas as categorias de risco baixo e moderado (RBM). A frequência das mulheres para o RA foi de 35,2%, sendo: 22,9% cardiopatas, 56,9% apresentavam dispneia, 45,1% vertigem e 32,6% dor no peito. A frequência de mulheres classificadas como RBM, foi de 64,8%. O fator de risco mais prevalente foi a obesidade, sendo 47,5% no RBM e 61,8% no RA, seguido da hipertensão para o RA (43,1%). Houve correlação entre RA e hipertensão (r=0,193; p<0,01); diabetes (r=0,108; p<0,05); obesidade (r=0,158; p<0,01) e sintomatologia climatérica (r=0,150; p<0,01). Para o RA, não houve diferença estatisticamente significante na proporção de mulheres que se autodeclaram hipertensas (χ²=0,071; p>0,05) e diabéticas (χ²= 0,500; p>0,05). Entretanto, houve diferença significante em favor de uma maior proporção de mulheres obesas e que foram classificadas na condição cardiovascular de RA (χ²= 6,367; p =0,01). Em conclusão, há grande prevalência de mulheres classificadas como RA, reforçando a importância da triagem pré-participação ao exercício.
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