Perfil do risco cardiovascular de mulheres adultas triadas para um programa de exercício físico
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Educação Física e Esporte (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/rbefe/article/view/166724 |
Resumo: | O objetivo do estudo foi descrever o perfil de risco cardiovascular (RCV) de mulheres adultas triadas para participação de um programa de exercício físico. Foram avaliadas 409 mulheres, com idade entre 20 e 59 anos. Seguiu-se a recomendação de triagem e estratificação do RCV proposta pelo Colégio Americano de Medicina Esportiva por meio da aplicação de um questionário face a face que identificou o Risco Alto (RA) pela presença de doença cérebro-cardiovascular ou sintomas de instabilidade cardíaca, Risco Moderado pela presença de três ou mais fatores de risco e o Risco Baixo pela presença de até dois fatores de risco para mulheres com idade inferior a 55 anos. Entretanto, para atender ao desfecho primário do estudo (prevalência do alto risco) foram agrupadas as categorias de risco baixo e moderado (RBM). A frequência das mulheres para o RA foi de 35,2%, sendo: 22,9% cardiopatas, 56,9% apresentavam dispneia, 45,1% vertigem e 32,6% dor no peito. A frequência de mulheres classificadas como RBM, foi de 64,8%. O fator de risco mais prevalente foi a obesidade, sendo 47,5% no RBM e 61,8% no RA, seguido da hipertensão para o RA (43,1%). Houve correlação entre RA e hipertensão (r=0,193; p<0,01); diabetes (r=0,108; p<0,05); obesidade (r=0,158; p<0,01) e sintomatologia climatérica (r=0,150; p<0,01). Para o RA, não houve diferença estatisticamente significante na proporção de mulheres que se autodeclaram hipertensas (χ²=0,071; p>0,05) e diabéticas (χ²= 0,500; p>0,05). Entretanto, houve diferença significante em favor de uma maior proporção de mulheres obesas e que foram classificadas na condição cardiovascular de RA (χ²= 6,367; p =0,01). Em conclusão, há grande prevalência de mulheres classificadas como RA, reforçando a importância da triagem pré-participação ao exercício. |
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Perfil do risco cardiovascular de mulheres adultas triadas para um programa de exercício físicoCardiovascular risk profile of adult women screened for a physical exercise programMotor activityWoman’s healthHeart diseasesRisk fatorsAtividade motoraSaúde da mulherCardiopatiasFatores de riscoO objetivo do estudo foi descrever o perfil de risco cardiovascular (RCV) de mulheres adultas triadas para participação de um programa de exercício físico. Foram avaliadas 409 mulheres, com idade entre 20 e 59 anos. Seguiu-se a recomendação de triagem e estratificação do RCV proposta pelo Colégio Americano de Medicina Esportiva por meio da aplicação de um questionário face a face que identificou o Risco Alto (RA) pela presença de doença cérebro-cardiovascular ou sintomas de instabilidade cardíaca, Risco Moderado pela presença de três ou mais fatores de risco e o Risco Baixo pela presença de até dois fatores de risco para mulheres com idade inferior a 55 anos. Entretanto, para atender ao desfecho primário do estudo (prevalência do alto risco) foram agrupadas as categorias de risco baixo e moderado (RBM). A frequência das mulheres para o RA foi de 35,2%, sendo: 22,9% cardiopatas, 56,9% apresentavam dispneia, 45,1% vertigem e 32,6% dor no peito. A frequência de mulheres classificadas como RBM, foi de 64,8%. O fator de risco mais prevalente foi a obesidade, sendo 47,5% no RBM e 61,8% no RA, seguido da hipertensão para o RA (43,1%). Houve correlação entre RA e hipertensão (r=0,193; p<0,01); diabetes (r=0,108; p<0,05); obesidade (r=0,158; p<0,01) e sintomatologia climatérica (r=0,150; p<0,01). Para o RA, não houve diferença estatisticamente significante na proporção de mulheres que se autodeclaram hipertensas (χ²=0,071; p>0,05) e diabéticas (χ²= 0,500; p>0,05). Entretanto, houve diferença significante em favor de uma maior proporção de mulheres obesas e que foram classificadas na condição cardiovascular de RA (χ²= 6,367; p =0,01). Em conclusão, há grande prevalência de mulheres classificadas como RA, reforçando a importância da triagem pré-participação ao exercício.The aim of this study was to describe the cardiovascular risk profile (CRP) of adult women screened for engaged in a physical exercise program. It was evaluated 409 women (aged between 20 and 59 years). The screening for the CRP by the American College of Sports Medicine recommendations was employed in a face to face form that identify the High Risk (HR) by the presence of cerebralcardiovascular disease or cardiac instability, the Moderate Risk by the presence of three or more cardiovascular risk factors and Low Risk by the presence of two risk factors for the women below 55 years old. However, to meet the primary output (prevalence of HR) the moderate and low risk was clustered (LMR). The prevalence of women in HR was 35. 2% (22.9% cardiopathic, 56.9% presented dyspnea, dizziness and 45.1% 32.6% chest pain). The prevalence of women classified in LMR was 64.8%. The most prevalent risk factor was obesity (47. 5% in LMR and 61.8% in HR), followed by hypertension for the HR (43.1%). There was correlation between HR and hypertension (r=0.193; p<0.01); diabetes (r=0.108; p<0.05); obesity (r=0.158; p<0.01) and menopausal symptoms (r=0.150; p<0.01). There was no significant difference in the proportion of women who self-declared as hypertensive (χ²=0.071; p>0.05) and diabetes (χ²=0.500; p>0.05) in the HR. However, there was a significant greater proportion of obese women classified in HR (χ²=6.367; p< 0.01). In conclusion, there is high prevalence of women classified as HR, reinforcing the importance of pre-participation screening for the exercise program.Universidade de São Paulo. Escola de Educação Física e Esporte2018-12-20info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rbefe/article/view/16672410.11606/1807-5509201800020181Revista Brasileira de Educação Física e Esporte; v. 32 n. 2 (2018); 181-188Revista Brasileira de Educação Física e Esporte; Vol. 32 Núm. 2 (2018); 181-188Brazilian journal of physical education and sport; Vol. 32 No. 2 (2018); 181-1881981-46901807-5509reponame:Revista Brasileira de Educação Física e Esporte (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/rbefe/article/view/166724/159393Copyright (c) 2018 Revista Brasileira de Educação Física e Esporteinfo:eu-repo/semantics/openAccessNeri, Fernanda dos SantosGalera, Beatriz SimõesRusso, Camila BossoniEches, Erick Henrique PereiraLaqui, Isabella dos SantosCardoso Júnior, Crivaldo Gomes2020-07-02T23:15:41Zoai:revistas.usp.br:article/166724Revistahttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=1807-5509&lng=pt&nrm=isoPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||reveefe@usp.br1981-46901807-5509opendoar:2020-07-02T23:15:41Revista Brasileira de Educação Física e Esporte (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Revista Brasileira de Educação Física e Esporte; v. 32 n. 2 (2018); 181-188 Revista Brasileira de Educação Física e Esporte; Vol. 32 Núm. 2 (2018); 181-188 Brazilian journal of physical education and sport; Vol. 32 No. 2 (2018); 181-188 1981-4690 1807-5509 reponame:Revista Brasileira de Educação Física e Esporte (Online) instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
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