Suplementação com glutamina melhora as reservas de glicogênio de músculos de ratos tratados com dexametasona
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2004 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Brasileira de Educação Física e Esporte (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/rbefe/article/view/16569 |
Resumo: | Dentre os glicocorticóides sintéticos, a dexametasona é amplamente utilizada devido sua especificidade de ação anti-inflamatória, no entanto, tem sido relatado inúmeros efeitos metabólicos como lipólise e proteólise concomitante ao tratamento desencadeando resistência á insulina, a partir do quinto dia de administração seguido de miopatia (SAAD et al., 1993). A proposta deste estudo é avaliar o efeito da suplementação com glutamina sobre as reservas de glicogênio (RG) dos músculos sóleo (S) e gastrocnêmio (G) de ratos tratados com dexametasona. Ratos .Wistar. adultos machos foram distribuídos em grupos (n = 6): Controle, Tratado com glutamina (GLU), Tratado com dexametasona (DEXA) e Tratado com GLU e DEXA. Os grupos receberam os seguintes tratamentos: GLU (1 g/kg) e/ou DEXA (1 mg/kg, ip) durante cinco dias. A seguir, amostras dos músculos foram retiradas para avaliar as RG pelo método do fenol sulfúrico. Imediatamente, amostras do sangue foram coletadas para avaliação bioquímica da concentração plasmática de glicose, lactato e da enzima aspartato aminotransferase (AST). Os resultados mostraram que DEXA promoveu elevação nas RG (100% no S e 64% no G, p < 0,05) e redução no peso muscular, mostrando a ação glicogênica e proteolítica. GLU promoveu elevação nas RG (135% no S, 48% no G, p < 0,05) sem promover modificação no peso. Músculos tratados com GLU + DEXA apresentaram as maiores RG (221% no S, 116% no G, p < 0,05) sem apresentar modificação no peso. O tratamento não induziu alterações na glicemia, lactatemia ou na concentra ção plasmática da enzima AST. Conclusão: a suplementação com glutamina interferiu na ação da dexametasona, melhorando tanto o perfil energético quanto a perda de peso e pode ser um importante coadjuvante no tratamento de atletas submetidos a tratamento com glicocorticóides |
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Suplementação com glutamina melhora as reservas de glicogênio de músculos de ratos tratados com dexametasona Glutamine suplementation changes metabolic profile of rat skeletal muscle treated with dexamethasone GlicogênioGlutaminaDexametasonaMúsculo esqueléticoGlycogenGlutamineDexamethasoneSkeletal muscle Dentre os glicocorticóides sintéticos, a dexametasona é amplamente utilizada devido sua especificidade de ação anti-inflamatória, no entanto, tem sido relatado inúmeros efeitos metabólicos como lipólise e proteólise concomitante ao tratamento desencadeando resistência á insulina, a partir do quinto dia de administração seguido de miopatia (SAAD et al., 1993). A proposta deste estudo é avaliar o efeito da suplementação com glutamina sobre as reservas de glicogênio (RG) dos músculos sóleo (S) e gastrocnêmio (G) de ratos tratados com dexametasona. Ratos .Wistar. adultos machos foram distribuídos em grupos (n = 6): Controle, Tratado com glutamina (GLU), Tratado com dexametasona (DEXA) e Tratado com GLU e DEXA. Os grupos receberam os seguintes tratamentos: GLU (1 g/kg) e/ou DEXA (1 mg/kg, ip) durante cinco dias. A seguir, amostras dos músculos foram retiradas para avaliar as RG pelo método do fenol sulfúrico. Imediatamente, amostras do sangue foram coletadas para avaliação bioquímica da concentração plasmática de glicose, lactato e da enzima aspartato aminotransferase (AST). Os resultados mostraram que DEXA promoveu elevação nas RG (100% no S e 64% no G, p < 0,05) e redução no peso muscular, mostrando a ação glicogênica e proteolítica. GLU promoveu elevação nas RG (135% no S, 48% no G, p < 0,05) sem promover modificação no peso. Músculos tratados com GLU + DEXA apresentaram as maiores RG (221% no S, 116% no G, p < 0,05) sem apresentar modificação no peso. O tratamento não induziu alterações na glicemia, lactatemia ou na concentra ção plasmática da enzima AST. Conclusão: a suplementação com glutamina interferiu na ação da dexametasona, melhorando tanto o perfil energético quanto a perda de peso e pode ser um importante coadjuvante no tratamento de atletas submetidos a tratamento com glicocorticóides Glutamine suplementation changes metabolic profile of rat skeletal muscle treated with dexamethasone The use of synthetic glucocorticoid dexamethasone is due to its anti-inflammatory action. Many metabolic effects like lipolisys, proteolysis and insulin resistance are observed during treatment (SAAD et al.,1993). The purpose of this study was to evaluate the effect of glutamine supplementation in glycogen content of soleus (S) and gastrocnemius (G) muscles of rats treated with dexamethasone, Adult male Wistar rats, were divided in four groups (n = 6): Control, Treated with glutamine (GLU), Treated with dexamethasone (DEXA) and Treated with GLU plus DEXA. The treated groups received GLU (1 g/kg) and/or DEXA (1 mg/kg, IP) for five days. Afterwards, muscle samples were taken to evaluate the glycogen reserves (GR) by phenol sulfuric method. Immediately, blood samples were taken for biochemistry evaluation of plasmatic concentration of glucose, lactate, and aspartate aminotransferase (AST). The results showed that DEXA increased GR (100% in S and 64% in G, p < 0,05), but induced a reduction in muscle weight that shows a glycogenic and proteolitic action of corticosteroid. GLU increased GR (135% in S, 48% in G, p < 0,05) without changing muscle weigth. Muscle treated with GLU + DEXA showed GR increments (221% in S, 116% in G, p < 0,05) without changing muscle weigth. This treatment didn't promote glycaemic, lactate or AST plasmatic alterations. This study shows that supplementation with glutamine promotes changes in muscle metabolic profile and could interfere in dexamethasone action, and could be an important coadjuvant in the treatment of athletes submitted to glucocorticoid therapy Universidade de São Paulo. Escola de Educação Física e Esporte2004-09-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/rbefe/article/view/1656910.1590/S1807-55092004000300007Revista Brasileira de Educação Física e Esporte; v. 18 n. 3 (2004); 283-291 Revista Brasileira de Educação Física e Esporte; Vol. 18 Núm. 3 (2004); 283-291 Brazilian journal of physical education and sport; Vol. 18 No. 3 (2004); 283-291 1981-46901807-5509reponame:Revista Brasileira de Educação Física e Esporte (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/rbefe/article/view/16569/18282Copyright (c) 2017 Revista Brasileira de Educação Física e Esporteinfo:eu-repo/semantics/openAccessWanderley Albino, Junior Silva, Carlos Alberto daTaliari, Keyla Regina SilvaCancelliero, Karina Maria2012-05-22T12:19:14Zoai:revistas.usp.br:article/16569Revistahttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=1807-5509&lng=pt&nrm=isoPUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||reveefe@usp.br1981-46901807-5509opendoar:2012-05-22T12:19:14Revista Brasileira de Educação Física e Esporte (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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