Perfeccionismo: um traço adaptativo ou maldaptativo para as necessidades psicológicas básicas de motivação no futsal?

• Autor(a) principal: Nascimento Júnior, José Roberto Andrade do
• Data de Publicação: 2019
• Outros Autores: Moreira, Caio Rosas, Codonhato, Renan, Oliveira, Daniel Vicentini de, Vissoci, João Ricardo Nickenig, Vieira, Lenamar Fiorese
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Revista Brasileira de Educação Física e Esporte (Online)
• Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/rbefe/article/view/170535
• topic: Perfeccionismo; Necessidades Básicas; Esporte; Futsal

Este estudo investigou os traços de perfeccionismo e a satisfação das necessidades psicológicas básicas de atletas de futsal. Todos os atletas (n=301) inscritos na Liga Nacional de Futsal 2013 participaram da pesquisa, sendo categorizados quanto a titularidade (Titulares=156 e Não-titulares=145 atletas) e a classificação para a fase final do campeonato (classificados=134 atletas e não classificados=167 atletas). Os instrumentos foram a Escala Multidimensional de Perfeccionismo para o Esporte-2, possuindo quatro subescalas (padrões pessoais/organização, preocupação com os erros, pressão parental percebida e dúvidas na ação) e a Escala de Necessidades Básicas no Esporte, que possui três subescalas (autonomia, competência e relacionamento). Para análise dos dados utilizou-se a ANOVA de Medidas Repetidas, Mann-Whitney, Correlação de Spearman, e a Análise de Equações Estruturais (p<0,05). Como resultados, “Padrões pessoais/organização” impactou positivamente as necessidades básicas em todos os grupos observados, para os titulares impactou o “Relacionamento”, para os classificados a “Autonomia”, enquanto para os não-titulares e não-classificados a “Competência” (p<0,05). A variável preditora “Dúvidas na ação” apresentou impacto negativo sobre a dimensão de “Autonomia” em todos os grupos (titulares e não-titulares; classificados e não-classificados) e sobre a “Competência” dos atletas não-titulares e não-classificados (p<0,05). Concluiu-se que enquanto os esforços perfeccionistas favorecem a satisfação das necessidades psicológicas básicas de atletas, as preocupações perfeccionistas prejudicam a satisfação destas necessidades.