As guardiãs das tradições religiosas: a representatividade das nochês em Os Tambores de São Luís e na poesia Comando Doce
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Linha D'Água (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/191918 |
Resumo: | Este artigo propõe analisar comparativamente as nochês — mulheres negras, sacerdotisas e líderes — nos terreiros de Mina e Candomblé, respectivamente, na Casa das Minas e na Casa Jitolu de Os tambores de São Luís (MONTELLO, 2005) e a poesia Comando Doce (ILÊ AIYÊ, 2009). Ambas as obras destacam as sacerdotisas como guardiãs das tradições religiosas de matriz africana, sujeitos identitários e políticos que utilizam a religião como meio de resistência e de preservação cultural. Assim, busca-se, através deste estudo bibliográfico, evidenciar também o protagonismo feminino negro nos terreiros jeje-nagôs, oriundo dos povos iorubás, e o matriarcado como sistema de poder estrutural dessas comunidades. Além disso, este estudo mostra como a religião, com seus símbolos e rituais, continua sendo uma forma de resistência à dominação branca. Portanto, percebe-se que as mulheres têm papel fundamental na construção e na manutenção das comunidades religiosas e que os terreiros não são apenas lugares de orações, mas de preservação das tradições, dos costumes, da cultura e identidade negra. |
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As guardiãs das tradições religiosas: a representatividade das nochês em Os Tambores de São Luís e na poesia Comando DoceThe guardians of religious traditions: the representation of the nochês in Os Tambores de São Luís and Comando Doce poetryTerreiro-MinaCandombléWomenMatriarchyLiteratureTerreiro MinaCandombléMulherMatriarcadoLiteraturaEste artigo propõe analisar comparativamente as nochês — mulheres negras, sacerdotisas e líderes — nos terreiros de Mina e Candomblé, respectivamente, na Casa das Minas e na Casa Jitolu de Os tambores de São Luís (MONTELLO, 2005) e a poesia Comando Doce (ILÊ AIYÊ, 2009). Ambas as obras destacam as sacerdotisas como guardiãs das tradições religiosas de matriz africana, sujeitos identitários e políticos que utilizam a religião como meio de resistência e de preservação cultural. Assim, busca-se, através deste estudo bibliográfico, evidenciar também o protagonismo feminino negro nos terreiros jeje-nagôs, oriundo dos povos iorubás, e o matriarcado como sistema de poder estrutural dessas comunidades. Além disso, este estudo mostra como a religião, com seus símbolos e rituais, continua sendo uma forma de resistência à dominação branca. Portanto, percebe-se que as mulheres têm papel fundamental na construção e na manutenção das comunidades religiosas e que os terreiros não são apenas lugares de orações, mas de preservação das tradições, dos costumes, da cultura e identidade negra.This paper proposes a comparative analysis of nochês, who are black women, priestesses and leaders in the terreiros of Mina and Candomblé, namely Casa das Minas and Casa Jitolu, in the works Os tambores de São Luís (MONTELLO, 2005) and the poetry Comando Doce (ILÊ AIYÊ, 2009). Both highlight women priests as guardians of the religious traditions of the African matrix, identity, and political subjects who use religion as a means of resistance and cultural preservation. Through a bibliographic study, we have also attempted to show the black female primary role in the jeje-nagô terreiros (religious centers) of the Yoruba people and matriarchy as a structural system of power in these communities. In addition, the study shows how religion, with its symbols and rituals, continues to be a form of resistance to white supremacy. Therefore, one recognizes that women play an important role in building and maintaining religious communities. Terreiros are not only places for praying, but also for the preservation of traditions, customs, culture, and black identity.Universidade de São Paulo. Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas2022-12-05info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdftext/xmlhttps://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/19191810.11606/issn.2236-4242.v35i3p82-98Linha D'Água; v. 35 n. 3 (2022): Estudos comparativistas – Literatura comparada & estudos interartes; 82-982236-42420103-3638reponame:Linha D'Água (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/191918/188861https://www.revistas.usp.br/linhadagua/article/view/191918/196806Copyright (c) 2022 Rubenil da Silva Oliveira, Welida Maria Gouveia Silvahttps://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessSilva, Welida Maria Gouveia Oliveira, Rubenil da Silva2024-04-03T20:26:34Zoai:revistas.usp.br:article/191918Revistahttp://www.revistas.usp.br/linhadaguaPUBhttp://www.revistas.usp.br/linhadagua/oai||ldagua@usp.br2236-42420103-3638opendoar:2024-04-03T20:26:34Linha D'Água (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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