Monumentalizando “ruínas precoces”: o Museu Histórico de Belo Horizonte e a imaginação museal de Juscelino Kubitschek
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Anais do Museu Paulista (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/181838 |
Resumo: | Este artigo analisa como o Museu Histórico de Belo Horizonte consistiu em uma das primeiras manifestações da imaginação museal de Juscelino Kubitschek (1902-1976) e as singularidades desse projeto no contexto museológico brasileiro. Embora existam diversos estudos sobre a trajetória do ex-presidente do Brasil, o seu pensamento sobre museus e patrimônios ainda carece de análises aprofundadas. Desse modo, por meio de análise documental e revisão bibliográfica foram reconstruídos momentos decisivos da concepção do museu, inaugurado em 1943, as estratégias de fabricação de legados e algumas articulações do então prefeito da capital mineira em prol de consolidar seu pensamento museológico, a exemplo da relação com o jornalista Abílio Barreto, organizador da Seção de História do Arquivo Municipal de Belo Horizonte, e com o advogado Rodrigo Melo Franco de Andrade, diretor do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Conclui-se que a criação do Museu Histórico de Belo Horizonte traduz a configuração de uma imaginação museal singular. Nesse aspecto, apesar de não romper com os discursos da maioria dos museus brasileiros de sua época, traduz uma opção pela inserção da história recente que reconhece o museu como um dos espaços na disputa por projetos de futuro. |
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Monumentalizando “ruínas precoces”: o Museu Histórico de Belo Horizonte e a imaginação museal de Juscelino KubitschekMonumentalizing “premature ruins”: the Belo Horizonte Historical Museum and Juscelino Kubitschek’s museum imaginationImaginação musealJuscelino KubitschekMuseu Histórico de Belo HorizonteMuseal imaginationJuscelino KubitschekBelo Horizonte Historical MuseumEste artigo analisa como o Museu Histórico de Belo Horizonte consistiu em uma das primeiras manifestações da imaginação museal de Juscelino Kubitschek (1902-1976) e as singularidades desse projeto no contexto museológico brasileiro. Embora existam diversos estudos sobre a trajetória do ex-presidente do Brasil, o seu pensamento sobre museus e patrimônios ainda carece de análises aprofundadas. Desse modo, por meio de análise documental e revisão bibliográfica foram reconstruídos momentos decisivos da concepção do museu, inaugurado em 1943, as estratégias de fabricação de legados e algumas articulações do então prefeito da capital mineira em prol de consolidar seu pensamento museológico, a exemplo da relação com o jornalista Abílio Barreto, organizador da Seção de História do Arquivo Municipal de Belo Horizonte, e com o advogado Rodrigo Melo Franco de Andrade, diretor do Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Conclui-se que a criação do Museu Histórico de Belo Horizonte traduz a configuração de uma imaginação museal singular. Nesse aspecto, apesar de não romper com os discursos da maioria dos museus brasileiros de sua época, traduz uma opção pela inserção da história recente que reconhece o museu como um dos espaços na disputa por projetos de futuro.This article analyzes how the Belo Horizonte Historical Museum is a first manifestations of Juscelino Kubitschek’s museum imagination (1902-1976) and the singularities of this project in the context of the Brazilian museological context. Although there are several studies on the trajectory of the former president of Brazil, his thinking about museums and heritage still needs to be analyzed in depth. In this way, through documental analysis and bibliographic review, analyzes decisive moments of the museum’s conception, inaugurated in 1943, the strategies and some articulations of the then mayor of the capital of Minas Gerais, in order to consolidate his museological thought, were reconstructed, like the relationship with journalist Abílio Barreto, organizer of the History Section of the Municipal Archive of Belo Horizonte, and with lawyer Rodrigo Melo Franco de Andrade, director of the National Historical and Artistic Heritage Service. It concludes that the creation of the Belo Horizonte Historical Museum translates the configuration of a singular museal imagination. In this respect, despite not breaking with the speeches of most Brazilian museums of his time, he opted for the insertion of recent history, recognizing the museum as one of the spaces in the dispute for projects of the future.Universidade de São Paulo. Museu Paulista2022-03-28info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/18183810.1590/1982-02672021v30e4Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material; v. 30 (2022); 1-471982-02670101-4714reponame:Anais do Museu Paulista (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/181838/180697Copyright (c) 2022 Clovis Carvalho Brittohttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessBritto, Clovis Carvalho2022-12-14T14:37:27Zoai:revistas.usp.br:article/181838Revistahttp://anais.mp.usp.br/PUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||anaismp@usp.br1982-02670101-4714opendoar:2022-12-14T14:37:27Anais do Museu Paulista (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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