Cada coisa em seu lugar: ensaio de interpretação do discurso de um museu de história

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bittencourt, José
Data de Publicação: 2001
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Anais do Museu Paulista (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/5372
Resumo: O Museu Histórico Nacional, situado no Rio de Janeiro, foi criado em 1922, como parte das comemorações do Centenário da Independência do Brasil. Ao longo dos seguintes 38 anos, foi dirigido por Gustavo Barroso. Este intelectual, figura bastante típica da “república das letras” brasileira, imprimiu no MHN uma forte marca pessoal, cristalizada no discurso conservador expresso pelas exposições. Baseado nas formulações teóricas de Carlo Ginzburg, conforme apresentadas em um artigo intitulado “Sinais - raízes de um paradigma indiciário”, bem como em diversos textos que abordam museus como discursos, o autor analisa a exposição do MHN nos anos 30, 40 e 50. Apoiando-se também na produção científica dos conservadores, publicada em livros e na revista institucional, os “Anais do Museu Histórico Nacional”, procura ver o circuito como representação das posições ocupadas pelos “agentes ativos da história” - aristocracia, funcionários públicos civis e militares, dentre outras categorias - em relação a uma categoria não claramente definida, o “povo”, que foi representada através da ausência.
id USP-37_2319d5385a8527c4a1fd0a8203828f54
oai_identifier_str oai:revistas.usp.br:article/5372
network_acronym_str USP-37
network_name_str Anais do Museu Paulista (Online)
repository_id_str
spelling Cada coisa em seu lugar: ensaio de interpretação do discurso de um museu de história Each thing in its place: essay on the interpretation of a history museum's speech MuseusMuseologiaCultura MaterialHistória de ExposiçõesMuseu Histórico Nacional (Rio de Janeiro)MuseumsMuseologyMaterial CultureHistory of the ExhibitionsNational History Museum (Rio de Janeiro) O Museu Histórico Nacional, situado no Rio de Janeiro, foi criado em 1922, como parte das comemorações do Centenário da Independência do Brasil. Ao longo dos seguintes 38 anos, foi dirigido por Gustavo Barroso. Este intelectual, figura bastante típica da “república das letras” brasileira, imprimiu no MHN uma forte marca pessoal, cristalizada no discurso conservador expresso pelas exposições. Baseado nas formulações teóricas de Carlo Ginzburg, conforme apresentadas em um artigo intitulado “Sinais - raízes de um paradigma indiciário”, bem como em diversos textos que abordam museus como discursos, o autor analisa a exposição do MHN nos anos 30, 40 e 50. Apoiando-se também na produção científica dos conservadores, publicada em livros e na revista institucional, os “Anais do Museu Histórico Nacional”, procura ver o circuito como representação das posições ocupadas pelos “agentes ativos da história” - aristocracia, funcionários públicos civis e militares, dentre outras categorias - em relação a uma categoria não claramente definida, o “povo”, que foi representada através da ausência. The National History Museum (Museu Histórico Nacional), in Rio de Janeiro, was created in 1922, as part of the commemorations of Brazil's Independence Centennial party. Throughout the next 38 years, it has been run by Gustavo Barroso. This intellectual person, a typical character of the Brazilian “ republic of the letters”, left a personal mark in the MHN (the museum), crystallized in the conservative discourse expressed in the exhibitions. Based in Carlos Ginzburg's theoretical formulations, as presented in an article entitles “ Signs - routes of an indicting paradigm”, as well as in various essays about museums as discourse, the author analyses the exhibition in the MHN in the 30's, 40's and 50's. Getting an additional support in the scientific production of the conservatives, published in books and in the institutional magazine, the “ Annals of the National History Museum (“Anais do Museu Histórico Nacional”), tries to see the exhibition circuit as a representation of the positions filled by the “active agents of History” - aristocracy, civil and military public workers, among other categories - in relation to a category which is not clearly defined, the “people”, which was represented by its absence. Universidade de São Paulo. Museu Paulista2001-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/537210.1590/S0101-47142001000100005Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material; v. 8 n. 1 (2001); 151-174 1982-02670101-4714reponame:Anais do Museu Paulista (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/5372/6902Copyright (c) 2018 Anais do Museu Paulista: História e Cultura Materialinfo:eu-repo/semantics/openAccessBittencourt, José2024-04-16T10:47:23Zoai:revistas.usp.br:article/5372Revistahttp://anais.mp.usp.br/PUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||anaismp@usp.br1982-02670101-4714opendoar:2024-04-16T10:47:23Anais do Museu Paulista (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv Cada coisa em seu lugar: ensaio de interpretação do discurso de um museu de história
Each thing in its place: essay on the interpretation of a history museum's speech
title Cada coisa em seu lugar: ensaio de interpretação do discurso de um museu de história
spellingShingle Cada coisa em seu lugar: ensaio de interpretação do discurso de um museu de história
Bittencourt, José
Museus
Museologia
Cultura Material
História de Exposições
Museu Histórico Nacional (Rio de Janeiro)
Museums
Museology
Material Culture
History of the Exhibitions
National History Museum (Rio de Janeiro)
title_short Cada coisa em seu lugar: ensaio de interpretação do discurso de um museu de história
title_full Cada coisa em seu lugar: ensaio de interpretação do discurso de um museu de história
title_fullStr Cada coisa em seu lugar: ensaio de interpretação do discurso de um museu de história
title_full_unstemmed Cada coisa em seu lugar: ensaio de interpretação do discurso de um museu de história
title_sort Cada coisa em seu lugar: ensaio de interpretação do discurso de um museu de história
author Bittencourt, José
author_facet Bittencourt, José
author_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Bittencourt, José
dc.subject.por.fl_str_mv Museus
Museologia
Cultura Material
História de Exposições
Museu Histórico Nacional (Rio de Janeiro)
Museums
Museology
Material Culture
History of the Exhibitions
National History Museum (Rio de Janeiro)
topic Museus
Museologia
Cultura Material
História de Exposições
Museu Histórico Nacional (Rio de Janeiro)
Museums
Museology
Material Culture
History of the Exhibitions
National History Museum (Rio de Janeiro)
description O Museu Histórico Nacional, situado no Rio de Janeiro, foi criado em 1922, como parte das comemorações do Centenário da Independência do Brasil. Ao longo dos seguintes 38 anos, foi dirigido por Gustavo Barroso. Este intelectual, figura bastante típica da “república das letras” brasileira, imprimiu no MHN uma forte marca pessoal, cristalizada no discurso conservador expresso pelas exposições. Baseado nas formulações teóricas de Carlo Ginzburg, conforme apresentadas em um artigo intitulado “Sinais - raízes de um paradigma indiciário”, bem como em diversos textos que abordam museus como discursos, o autor analisa a exposição do MHN nos anos 30, 40 e 50. Apoiando-se também na produção científica dos conservadores, publicada em livros e na revista institucional, os “Anais do Museu Histórico Nacional”, procura ver o circuito como representação das posições ocupadas pelos “agentes ativos da história” - aristocracia, funcionários públicos civis e militares, dentre outras categorias - em relação a uma categoria não claramente definida, o “povo”, que foi representada através da ausência.
publishDate 2001
dc.date.none.fl_str_mv 2001-01-01
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/5372
10.1590/S0101-47142001000100005
url https://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/5372
identifier_str_mv 10.1590/S0101-47142001000100005
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/5372/6902
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2018 Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2018 Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Museu Paulista
publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo. Museu Paulista
dc.source.none.fl_str_mv Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material; v. 8 n. 1 (2001); 151-174
1982-0267
0101-4714
reponame:Anais do Museu Paulista (Online)
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Anais do Museu Paulista (Online)
collection Anais do Museu Paulista (Online)
repository.name.fl_str_mv Anais do Museu Paulista (Online) - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv ||anaismp@usp.br
_version_ 1800222815090114560