Riegl faz história: o Denkmalkultus visto à luz da historiografia de Alois Riegl
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Anais do Museu Paulista (Online) |
Texto Completo: | https://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/186908 |
Resumo: | O livro Der moderne Denkmalkultus, sein Wesen und seine Entsehung (O culto moderno dos monumentos: sua essência e sua gênese), do historiador da arte Alois Riegl (1858-1905), é hoje considerado uma das obras capitais do diálogo que chamamos de Teorias da Conservação e Restauro, e no Brasil estudado cada vez mais, com concepções inéditas e mesmo pioneiras em 1903, quando foi publicado. A leitura mais atenta do conjunto da obra de Riegl revela uma construção muito mais sofisticada do que aparece à leitura isolada do Denkmalkultus, como usual na área do Patrimônio. Em seus livros, Riegl explora e estabelece uma concepção particular de história e do ofício do historiador. Nela, diacronicamente, estão presentes a ênfase crescente da História como um devir contínuo, onde eram reconhecíveis linhas de sentido de longo prazo – como os vetores progressivos e reativos coexistentes em cada obra de arte –, e a possibilidade de épocas diferentes se tangenciarem, a partir do olhar para o passado, inclusive do historiador contemporâneo. Também se encontram, sincronicamente, as contribuições da História Cultural e o estudo das cosmovisões. Revela-se assim que o Denkmalkultus, como outros textos de Riegl, não era apenas uma descrição dos processos globais que acreditava existir desde o Paleolítico até a Era Moderna, como um exemplo concreto da progressão teleológica, essencial para interpretar sua obra. |
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Riegl faz história: o Denkmalkultus visto à luz da historiografia de Alois RieglRiegl makes history: the Denkmalkultus seen in light of Alois Riegl’s historiographyTeoriaConservaçãoRestauroHistóriaArteO livro Der moderne Denkmalkultus, sein Wesen und seine Entsehung (O culto moderno dos monumentos: sua essência e sua gênese), do historiador da arte Alois Riegl (1858-1905), é hoje considerado uma das obras capitais do diálogo que chamamos de Teorias da Conservação e Restauro, e no Brasil estudado cada vez mais, com concepções inéditas e mesmo pioneiras em 1903, quando foi publicado. A leitura mais atenta do conjunto da obra de Riegl revela uma construção muito mais sofisticada do que aparece à leitura isolada do Denkmalkultus, como usual na área do Patrimônio. Em seus livros, Riegl explora e estabelece uma concepção particular de história e do ofício do historiador. Nela, diacronicamente, estão presentes a ênfase crescente da História como um devir contínuo, onde eram reconhecíveis linhas de sentido de longo prazo – como os vetores progressivos e reativos coexistentes em cada obra de arte –, e a possibilidade de épocas diferentes se tangenciarem, a partir do olhar para o passado, inclusive do historiador contemporâneo. Também se encontram, sincronicamente, as contribuições da História Cultural e o estudo das cosmovisões. Revela-se assim que o Denkmalkultus, como outros textos de Riegl, não era apenas uma descrição dos processos globais que acreditava existir desde o Paleolítico até a Era Moderna, como um exemplo concreto da progressão teleológica, essencial para interpretar sua obra.The book Der moderne Denkmalkultus, sein Wesen und seine Entsehung (Themodern cult of monuments: its character and origin), by art historian Alois Riegl (1858-1905), is today considered a seminal work of the dialogue we call Conservation and Restoration Theories and in Brazil increasingly studied, with new and even pioneering conceptions in1903, when it was originally published. A closer reading of Riegl’s oeuvre reveals a much more sophisticated framework than the isolated reading of Denkmalkultus, as is usual inHeritage Studies. Throughout his books, Riegl explores and discusses a particular conception of History and the Historian’s craft. In it, diachronically, is present a growing emphasis on History as a continuous becoming, in which long-term lines of meaning are recognizable – suchas the progressive and reactive vectors coexisting in each work of art –, and the possibility of different epochs intersecting each other, from the look at the past, including the contemporaryhistorian. Contributions from Cultural History and the study of worldviews are also synchronously integrated in this conception. Thus, it is revealed that Denkmalkultus, like other texts by Riegl, was not merely provide a description of the global processes that the author believed existedfrom the Paleolithic to the Modern Era as a concrete example of this teleological progression, a notion that is essential for intepreting Riegl’s work.Universidade de São Paulo. Museu Paulista2022-05-02info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/18690810.1590/1982-02672022v30e10Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material; v. 30 (2022); 1-271982-02670101-4714reponame:Anais do Museu Paulista (Online)instname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPporhttps://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/186908/181414Copyright (c) 2022 Daniel Juracy Mellado Pazhttp://creativecommons.org/licenses/by/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessPaz, Daniel Juracy Mellado2022-12-14T14:53:02Zoai:revistas.usp.br:article/186908Revistahttp://anais.mp.usp.br/PUBhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||anaismp@usp.br1982-02670101-4714opendoar:2022-12-14T14:53:02Anais do Museu Paulista (Online) - Universidade de São Paulo (USP)false |
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