Espelhos étnicos. Autorrepresentações em museus galeses e menonitas na Argentina e no Paraguai

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oleaga, Marisa González De
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Bohoslavsky, Ernesto
Tipo de documento: Artigo
Idioma: eng
Título da fonte: Anais do Museu Paulista (Online)
Texto Completo: https://www.revistas.usp.br/anaismp/article/view/5556
Resumo: Alguns filósofos e acadêmicos assinalam que as identidades étnicas são a melhor alternativa política, social, econômica, ética (e mesmo estética) ao centralismo estatal, que é negligente ao lidar com a diversidade cultural. O comunitarismo étnico é definido como uma forma de organização mais autêntica, humana, democrática e inclusiva. As colônias galesas de Chubut (Argentina) e as colônias rurais dos menonitas no Chaco (Paraguay) são dois grupos étnicos cujas vidas comunitárias têm sido muito estudadas desde diversas perspectivas, mas o seu ponto de vista acerca da alteridade ou sua relação com os atores extracomunitários nunca foi levado em conta. A historia comunitária é representada nos museus galeses e menonitas das respectivas regiões e aí são construídas e difundidas não só as autoimagens mas também as representações dos outros. O aspecto relevante dessas histórias não é o que elas dizem, mas o que fazem, a forma como os conteúdos são expressos. Esses museus históricos comunitários falam sobre o passado, mas seu maior impacto recai sobre o presente. Como os museus nacionais ou imperiais, os museus galeses e menonitas tentam naturalizar pontos de vista particulares, auto-centrados, preconceituosos e evolucionistas que geralmente excluem as perspectivas elaboradas pelas comunidades indígenas vizinhas. Em vez disso, pensamos ser necessário criar relações mais horizontais e democráticas entre as comunidades e difundir representações históricas mais polifônicas e responsáveis.
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